14.TRÊS CERTEZAS.

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14.TRÊS CERTEZAS.

Um entorpecimento envolvendo minha mente, eu me preparava para sair da cama sem prestar a mínima atenção ao que fazia. Somente quando estava debaixo do chuveiro, a água escaldante queimando minha pele, percebi que estava congelando.

Por alguns minutos, tremi violentamente até que os jatos de água finalmente afrouxaram meus músculos tensos. Permaneci debaixo do chuveiro, exausta demais para me mover, até que a água quente começou a escassear. Ao sair, envolvi-me cuidadosamente em uma toalha, tentando preservar o calor da água para evitar que os tremores retornassem.

Vesti-me apressadamente, minha mente ainda girando, repleta de imagens que eu não conseguia compreender e algumas que batalhei para suprimir. O que ele estava fazendo comigo? O que o perturbado Edward estava provocando em minha mente?

Sobre três certezas eu mantinha absoluto entendimento.

Primeira - Edward era um vampiro.

Segunda - existia uma parte de mim, ainda não discernida, que sussurrava que tudo parecia destinado a terminar com um simples estalar de dedos.

E terceira, eu estava incondicional e irrevogavelmente apaixonada por ele.

Foi desafiador naquela manhã confrontar a parte de mim que insistia que o dia anterior tinha sido um mero devaneio. A lógica e o senso comum não estavam do meu lado; eu me agarrava a detalhes inimagináveis, como o distintivo aroma dele.

Eu estava ciente de que não poderia ter concebido toda aquela experiência por conta própria.

Lá fora, o ambiente estava enevoado e sombrio, uma atmosfera absolutamente perfeita. Não havia razão para ele faltar à escola hoje.

Ao descer, percebi que minha mãe já tinha saído, e por um breve momento, uma pontada de culpa me atingiu. Ela trabalhava demais! Contudo, não podia deixar escapar a oportunidade de passar tempo com ela. Estava mais atrasada do que imaginava para ir à escola. Com pressa, devorei uma barra de granola em três mordidas, tomei um gole de leite direto da garrafa e me apressei em direção à porta. Com sorte, a chuva não começaria antes que eu encontrasse Sarah no estacionamento.

A atmosfera estava mais enevoada do que o habitual; uma espécie de névoa parecia pairar no ar. Ao entrar em contato com as partes descobertas do meu rosto e pescoço, a névoa gelada provocava uma sensação peculiar. Já estava prestes a fechar o portão da garagem quando percebi a presença de outro carro lá:

Um carro prateado.

Meu coração deu um salto, uma espécie de tremor, antes de acelerar seu ritmo duas vezes mais rápido. Não havia percebido de onde ele surgira, mas de repente estava ali, com a porta aberta, aguardando minha entrada.

PERDIDA NO CREPÚSCULO - 𝐄𝐝𝐰𝐚𝐫𝐝 𝐂𝐮𝐥𝐥𝐞𝐧Where stories live. Discover now