Capítulo 11

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Lena encarava o teto na escuridão da noite sem conseguir dormir, ela estava se achando uma pervertida graças ao sonho com Kara, além de não conseguir entender o do porque ter sonhado aquilo com ela, tinha até mesmo ido pesquisar no google os significados dos sonhos e isso foi algo que a deixou ainda mais inquieta. Não conseguia parar de pensar no porquê ter sonhado aquilo, raramente tinha sonhos eróticos e quando vem a ter é com sua amiga?

E assim dos dias passaram até o sábado em que ela tinha marcado de sair com o pessoal do seu trabalho para ir ao tal bar. Ela terminava de ajeitar o vestido com um decote em “x” no corpo e se olhava no espelho, não estava muito animada, mas Jessy queria muito que ela fosse, e como a mulher era sua amiga ela faria esse esforço.

   – Rafa, como eu estou? - Se vira para a filha que estava deitada na enorme cama mexendo no celular.

   – Linda.

   – Rafaela, você nem me olhou! - A garota desliga a tela do celular, senta na cama e encara a mãe.

   – Dona Leninha, você é a mulher mais linda dessa Terra e não precisava nem olhar para ter certeza. - Elogia a mais velha que sorri.

   – Obrigada. Eu já estou indo. - Avisa sem deixar o sorriso morrer, pegando a bolsa de couro onde já tinha seus documentos e o celular.

Acompanhando Lena para fora do quarto, Rafaela para na sala olhando sua mãe parar perto de Kara esperando que ela a olhe.

   – Ui, vai matar quem? - Pergunta bem humorada ao percorrer o olhar pelo corpo da mulher.

   – Nem precisei perguntar, viu, Rafaela? Você deveria ser assim. - Brinca olhando para sua filha que levanta a sobrancelha. - Eu já estou indo, sem fast food ou dormir muito tarde. Não tenho hora para voltar. - Avisa intercalando o olhar para as duas.

   – Pipoca pode? - Kara questiona.

   – A vontade. - Sorri sabendo que Kara obedecia suas regras impostas sobre Rafaela à risca, nunca tinha passado por cima de um não seu.

A mais velha se despede de Kara e Rafaela antes de sair do apartamento deixando sua fragrância no ar. Em passos apressados, ela chamava um carro por saber que iria beber, minutos depois já estava indo em direção ao bar. Lena estava nervosa e curiosa, nunca tinha ido em um bar daquele tipo, queria saber como era e se a única coisa que o diferenciava de outros bares era que tinha gente LGBT.

Poucos minutos depois ela já desembarcava do carro, andava para dentro olhando tudo com calma vendo alguns grupos mistos espalhados por ali, todos pareciam ter a sua faixa de idade. Procurando Jessy, ela a encontra junto com o pessoal do seu trabalho caminhando em direção a amiga, a mulher sorri e se levanta para receber Lena.

   – Mulher, eu pensei que você não viria. - Jéssica comenta a abraçando deixando um beijo em sua bochecha.

   – Eu disse que viria, não disse? - Sorri divertida cumprimentando todos que estavam na mesa encontrando um ou outro que trabalhava com ela, o resto eram de outras equipes.

Sentada ao lado de Jessy, ela pede um chopp e olha em volta ouvindo a música ao vivo, um bar com uma bancada extensa no centro com um barman e uma decoração rústica. Era um ambiente gostoso.

Na mesa estavam Júlia, Gabriel, Heloísa, Bruno, Jessy e Lena. Ela conhecia todos, menos Júlia que parecia ser de outro setor, talvez do RH e a mulher parecia bem à vontade naquele ambiente, o que faz Lena se perguntar se ela frequentava muito ali.

   – Vocês já vieram aqui? - Lena pergunta.

   – Acho que a única que vem muito aqui é a Júlia. - Bruno brinca dando um empurrão no ombro da mulher que sorri revirando os olhos, ela leva a cerveja até os lábios e balança a cabeça afirmando com a cabeça.

Singular (Supercorp's Version)Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon