Capítulo 24

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Violet

Depois que saímos da sala, percebo que todos nos olham. Me sinto intimidada, porque sei que estão nos julgando, principalmente a mim. A mulher sempre vai ser a mais julgada, ainda mais por eu estar me relacionando com alguém tão poderoso e influente como ele.

Quando vejo algumas mulheres me olhando de cara feia, me encolho mais no abraço de Miguel. Seu aperto na minha cintura aumenta e eu acabo olhando para seu rosto.

- Não abaixa a cabeça pra eles, Violet. Não deixe ninguém te intimidar. - Sua fala me dá confiança.

Levanto meu olhar e caminho até o bar ao lado de Miguel me sentindo um pouco mais confiante.

Percebo que Gabriela e Pedro nos encaram sorridentes, como se estivessem muito felizes por estarmos juntos e que já esperavam por isso. Quando chegamos próximos a eles, minha amiga vem em nossa direção nos abraçar.

- Eu esperei tanto por esse momento. - Ela nos aperta em seus braços. - Finalmente desencalhou hein, primito?

- Não enche, Gabriela. - Miguel responde de forma grosseira, mas isso não abala sua prima que continua sorridente e feliz por nós.

- Não deixa esse macho ser um ogro com você. Se quiser te ensino a colocá-lo no lugar dele. - Dou risada.

- Eu vou adorar. - Pisco para minha amiga como resposta.

- Essa dupla vai nos deixar com cabelos brancos antes do cinquenta, mi amigo. - Pedro bate no ombro do Miguel rindo enquanto ele olha para o amigo preocupado.

Aproveitamos a noite entre nós mesmos. Conversamos, bebemos e agora eu e Gabriela estamos na pista de dança aproveitando, enquanto Pedro e Miguel subiram para o camarote para fazer companhia aos aliados. Mas dessa vez não há prostitutas perto deles, nada que um olhar sério não resolva.

Um reggaeton bem gostoso começa a tocar e minha amiga vai me ensinando a como dançar. Rebolo meus quadris jogando meus cabelos para o lado por conta do calor e me deixo guiar pelo ritmo. Esqueço completamente quem está ao meu redor, apenas curto o momento.

Nunca me senti tão bem, tão livre. Estou onde quero estar e com quem quero estar, não há nada melhor que isso.

Vou até o chão e subo novamente jogando o cabelo para trás, voltando a dançar. Estou tão aérea que me surpreendo com um toque no meu quadril, mas quando sinto o cheiro de cigarro me tranquilizo, porque sei que é meu homem.

Ele me encoxa me segurando pela cintura enquanto eu rebolo contra sua pélvis. Suas mão vão passando pela minha cintura até meus quadris, deixando meu vestido subir um pouco. Sorrio e me viro de frente para Miguel, colocando meus braços envolta dos seus ombros.

Dançamos juntos sem desviar os olhos. Decido ousar um pouco e aproximo meu rosto do seu, mordendo seu lábio inferior em seguida, ao mesmo tempo em que o encaro profundamente. Ele dá um sorriso que eu tenho certeza que deixou minha calcinha molhada e depois, leva sua mão para minha nuca puxando meus cabelos para trás. Solto um gemido baixo.

- Para de me provocar, gostosa. Se você não parar agora, vou ter que te levar até a sala privada de novo e chupar sua boceta até deixar suas pernas tremendo. - Engulo em seco e por segundo penso em aceitar, mas fico insegura também.

Não tive muitas experiências na minha vida, e as que tive foram apenas com garotos que não sabiam o que estavam fazendo. Nunca estive com um homem como Miguel que sabe exatamente o que fazer. Será que sou o suficiente para ele?

- Ei, olha pra mim. - Miguel pede segurando meu queixo. - Não fique insegura por ser inexperiente. Eu vou esperar o seu tempo, nem que demore anos. Quero que fique completamente relaxada e segura quando for pra rolar. Então, não fique sofrendo por antecipação, vamos curtir o momento.

Ele acaricia meu rosto enquanto me olha. Enquanto encaro seu rosto, percebo o quando ele é bonito. Seu maxilar quadrado, sua barba que está começando a crescer, seus lábios carnudos e seu cabelo raspado, tudo isso o deixa extremamente sexy.

Umedeço meus lábios e Miguel entende como um convite silencioso para tomar meus lábios. No começo é apenas um beijo lento e profundo, onde nossas línguas se entrelaçavam urgentes e necessitadas. No entanto, quando intensifica deixando minha intimidade novamente dolorida e precisando de um alívio, eu decido que é melhor parar.

- Todo mundo está olhando pra nós. - Digo envergonhada.

- Eles estão é com inveja. - Ele brinca para descontrair. - Quer sentar um pouco? Seus pés devem estar doloridos por conta do salto.

Eu confirmo com a cabeça e assim Miguel me leva em seu camarote. Quando chegamos, ele faz um sinal com a cabeça, expulsando as prostitutas que saem rapidamente. Ele se senta no sofá que está vago e me puxa para sentar em seu colo. Pedro e Gabriela continuam na pista de dança se agarrando.

Todos os presentes nos encaram. Vejo que Juancho também nos olha de forma estranha.

- Não vai apresentar a moça para nós? - Um jovem de vinte e poucos anos pergunta.

- Eu sou a Violet. - Me apresento, porque eu tenho boca e posso falar.

- Depois que o chefe terminar com você, posso ter minha vez?

Olho para o jovem completamente ultrajada. Ele está achando que sou prostituta?

Miguel me tira do seu colo e se levanta arrancando a arma dourada da cintura, apontando na direção do garoto. Todos ficam tensos de repente, ouço até um copo quebrar.

- Tá chamando minha mulher de puta, cabrón? - Miguel assume uma postura sombria.

- Miguel, eu não sabia...

Ele chega perto do moleque e deixa a arma apontada na cabeça dele. Juancho se levanta rapidamente entrando na frente da mira.

- Primo, olha pra mim. Alejandro não falou por mal. Eles são nossos aliados, não precisa fazer isso. - Miguel não escuta, apenas continua na mesma posição acionando o gatilho. Todos se desesperam. - Cara, porra, não faz isso... Violet me ajuda.

Juancho me suplica. Eu me aproximo de Miguel e acaricio seus ombros.

- Miguel, para, ele já entendeu. Não precisa disso. - Vejo que ele relaxa um pouco, mas continua com arma apontada. - Vamos embora, por favor.

Ele finalmente abaixa a arma e guarda na cintura.

- Você tem sorte que ela está aqui, porque se não estivesse, você era um homem morto, Alejandro. - Miguel segura minha mão e me leva para a saída.

A Mulher do ChefeDonde viven las historias. Descúbrelo ahora