Capítulo 15

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Miguel

Uma semana depois - Dia de los Muertos

Observo Lupe de costas para mim distraída enquanto varre a cozinha. O rádio está ligado e como sempre, ela dança animadamente. Tento fazer o mínimo de barulho para que não perceba que estou aqui. Quando estou próximo o suficiente, seguro sua cintura enquanto grito alto.

- Ay, hijo de puta! - Guadalupe grita e xinga ao mesmo tempo que dá um pulinho de susto. Gargalho até sentir minha barriga doer. Seco as lágrimas que saíram dos meus olhos de tanto eu rir e encontro o olhar bravo de Lupe. - Pra quê isso, Miguel? Sou velha e tenho coração fraco.

- Que nada, Lupe. Está na flor da idade. - Ela dá um sorriso e aperta minhas bochechas. - Tenho algo para você.

Estendo a sacola que carrego desde que entrei no cômodo. Um dos meninos que está iniciando no Los Santos a entregou para mim mais cedo. Guadalupe me olha confusa, mas pega assim mesmo.

- Não acredito. - Ela diz com os olhos cheios de lágrimas assim que vê o conteúdo da sacola. - Você não precisava ter feito isso, mi niño.

- É claro que precisava, Lupe. Sou grato por tudo que faz por mim e o mínimo que eu poderia ter feito é comprar os remédios para seu neto. - Guadalupe me abraça com força enquanto chora de emoção. Fico um pouco sem graça, porque não gosto muito de toques, mas faço um esforço por ela. - Sua filha me mandou as receitas e pedi para os chicos comprarem os melhores disponíveis na farmácia.

- Você tem um bom coração, Miguel. Muito obrigada.

Fico sem graça com o elogio, mas logo Lupe se distrai e começa a preparar meu prato para eu comer antes de sair. E assim ela não percebe meu desconforto.

Não demorei muito para comer, pois Juancho me mandou uma mensagem dizendo que eu precisava ir urgente para a boate. Aproveitei essa oportunidade também para não ter que encontrar Violet. Depois do que aconteceu semana passada, do meu descontrole, eu tenho a evitado.

Se eu ficar sozinho com ela de novo, não vou conseguir controlar meus instintos e não vou parar até que estejamos pelados numa cama, fodendo a noite inteira.

Se eu ficar sozinho com ela de novo, não vou conseguir controlar meus instintos e não vou parar até que estejamos pelados numa cama, fodendo a noite inteira

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- Então quer dizer que os homens de Terence estavam investigando a fronteira? - Questiono irritado pra caralho.

Estamos em uma sala privada na boate enquanto conversamos sobre essa situação. Marisol nos trouxe bebidas e cigarros, e depois foi embora nos deixando sozinhos no local. Como hoje é feriado, as prostitutas e outros funcionários não vieram trabalhar.

- Eles estavam por aqui, mas não se aproximaram da barreira. Vi pelas câmeras. - Pedro comenta enquanto limpa sua arma.

- O cabrón deve estar começando a desconfiar que a filhinha veio pra essa região. - Juancho supõe. - Não acha melhor entregar logo a patricinha pro papai e nos deixar livres desse problema? Não tô afim de ser babá de adolescente.

A Mulher do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora