Vez ou outra eu via os olhares que Nathaniel e Vanessa trocavam, era nítido que ele estava com certa raiva e ela parecia adorar isso.

Parece que está a ser difícil ver a mulher que ama se tornar noiva de outro e então coloco minha outra mão por cima da sua e ele me olha sem entender mas apenas lhe ofereço um mísero sorriso fazendo certo carinho na sua mão.

Depois de tudo chegaram os aplausos, teve dança, comida, bebida e tudo o que todos os convidados tinham direito, ouço toque de um celular vejo o meu mas na verdade era o do Nathaniel, ele se levanta para ir atendê-lo se afastando um pouco de onde estávamos.

Fico um tempo obsevando tudo e me prendo nas rosas que estão em cima da mesa, essas são brancas e combinavam perfeitamente com o local e a decoração escolhida.

- Sozinha? - me viro e vejo um homem alto do meu lado mas ele dá a volta e senta onde Nathaniel estava - Como uma mulher tão linda pode estar aqui sozinha numa festa como esta?

- Não estou sozinha. - ele me encara erguendo uma sombracelha olhando em volta - Estou com o meu namorado mas ele foi atender uma ligação. - ele acena concordando.

- Meu nome é Gabriel Moreli, muito pazer. - estende a mão e eu aceito mostrando ser educada.

- Emily Mendes. - sorri pequeno soltando nossas mãos e pego na minha taça de suco bebendo um pouco.

- Então Emily me diga, como seu namorado teve coragem de deixá-la sozinha com um monte de abutres por aqui? - diz divertido o que me fez rir.

- Bem, eu acho que...

- Confio muito nela e sei que homem nenhum seria louco de roubar a minha namorada, Moreli. - Nathaniel responde passando a mão na minha cintura se posicionando atrás de mim, o homem olhou para ele e sorriu.

- Claro Nathaniel, me desculpe mas deveria tomar cuidado, não é bom deixar uma mulher tão linda sozinha principalmente quando se trata de uma festa. - sinto um aperto na minha cintura sinal de que ele está a ficar irritado - Eu já vou, cuide bem dela e Emily. - o encaro - Foi um pazer conhecer você. - aceno e ele vai nos deixando sozinhos, Nathaniel me solta e volta no seu acento ficando bem próximo a mim.

- O que ele queria?

- Apenas me cumprimentou. - ele semi cerra os olhos e suspira olhando no fundo dos meus olhos tentando ver se estou mentindo ou não.

- Não volte a falar com ele. - isso não foi um pedido - Vamos cumprimentar os noivos, temos que ir embora, não tarda nada vai começar a chover.

Essa não.
Só espero que seja uma chuva silenciosa e não cheia de trovões.

Caminhamos até ao casal que não estava tão longe e sorri assim que estávamos perto, Nathaniel não soltou a minha mão e Vanessa parecia prestar muita atenção nisso.

- Muitos parabéns. - digo com um pequeno sorriso nos lábios, eles acenam em agradecimento.

- Muitos parabéns. - Nathaniel diz mais sério mantendo uma feição neutra.

- Obrigada. - Vanessa diz tocando no braço do seu noivo que deposita um beijo em sua testa - Estão gostando da festa? - dessa vez ela olha para mim e sustento o seu olhar.

- Sim, mas nós já estamos de saída. - digo vendo-a dar um sorriso forçado - Não é, meu amor? - olho para Nathaniel que acena concordando.

- Bem, nos vemos na segunda. - Nathaniel diz por fim e nos afastamos saíndo daquele local entrando no bendito carro.

Ele começa a dirigir e noto que as pequenas gotas de chuva que antes caiam estão cada vez mais fortes, droga. Ele acelera um pouco e segue um caminho totalmente diferente, olho para ele sem entender.

- Vamos para minha casa fica mais perto, não quero acabar tendo um acidente por causa da chuva.

Não respondo voltando a olhar para frente e realmente parece que a chuva vai ficar forte, eu só vou passar a noite na casa dele.

O que pode correr mal?

(...)

Sabe quando você está dentro de uma casa assustadora e pensa que as coisas não podem piorar? Acreditem podem piorar mesmo.

Chegamos a um tempo no casa do Nathaniel que fiva num condomímio muito luxuoso por sinal, tomei um banho e agora estou vestida com suas roupas que ele mesmo emprestou e estão impregnadas com o seu cheio.

Já estou na cama coberta até a cabeça pelo endredom, com os batimentos cardíacos acelerados porque estou com medo dos trovões que estão cada vez mais fortes.

Quando chove normalmente eu tomo um remédio para ansiedade, um para dormir e as vezes as meninas dormem comigo ou até mesmo ouço música mas descarto essa opção porque o celular está sem bateria e não estou com os meus remédios visto que não sabia que choveria desse jeito.

Me encolho na cama mais uma vez e tampo os meus ouvidos para abafar o barulho mas não consigo, meus olhos se enchem de lágrimas a medida que o barulho aumenta.

Comecei a ter medo no dia da morte da minha mãe ela não voltava para casa estava chovendo muito e os trovões estavam intensos quando me deram a notícia e acabei tendo uma crise na hora mas a chuva foi um dos motivos de ter acontecido o maldito acidente.

Saio daquele quarto e bato na porta do quarto ao lado, do homem que provavelmente pode me ajudar com a minha aflição não tenho muitas opções agora.

Quando estava pretes a bater outra vez as portas se abrem e ele me olha com o cenho franzido mas depois seu rosto demostra certa preocupação ele se aproxima de mim tocando no meu rosto.

- Por que está chorando? - mais uma vez aquele barulho e instantaneamente o abraço, ele fica surpreso e estático mas depois envolve seus braços no meu corpo.

- Eu... eu posso ficar aqui com você? - pergunto baixinho mas não tenho resposta - Por favor. - sussurro.

Então se afasta me dando passagem para que entre no quarto dele fechando a porta e caminha em direção a cama, ele aponta para o lugar vago ao seu lado na cama e me aproximo no local, me aconchego na sua cama e me cubro com o seu endredom, o sinto se aproximar mas não me importo muito com isso no momento.

- Não vou perguntar ainda mas vamos conversar amanhã, tudo bem? - aceno e ele suspira se afastando, me encolho mais uma vez com o barulho e peço algo que provavelmente me ajudaria a ficar calma.

- Vo... você pode me abraçar? - minha voz soou baixa mas sei que ele ouviu perfeitamente o meu pedido mas não obtive uma resposta - Tudo bem, não preci...

Me calei quando senti seus braços no meu corpo, ficamos mais ou menos de conchinha e me senti incrivelmente bem com isso, muito bem mesmo, me sento protegida e o medo e a aflição que estava sentindo se esvai rapidamente.

Ele me aperta contra si e eu deixo todas as preocupações e medos de lado pois por mais que pareça estranho me sinto como se estivesse no lugar certo com a pessoa certa.

Depois de algum tempo senti sua respiração ficar mais calma, denunciando que provavelmente já estava dormindo e com isso deixei o sono me vencer por completo pois sei que terei muito o que explicar amanhã.

××××

Mais um para vocês com muito amor por isso dá uma ajudinha deixando seu voto e comentário de milhões.

Também quero dormir de conchinha, será que tem Nathaniel para mim também?

Nos vemos no próximo capítulo babys que será narrado pelo nosso querido italiano.🍒🌹

Partiu 20.

Nathaniel Salvarote Where stories live. Discover now