Não vou pensar nisso, é o primeiro de muitos dias, talvés isso mude.

Aprecio o meu prato que por sinal está delocioso e bebo o meu suco de maracujá com hortelã. As vezes até sinto seu olhar sobre mim mas não o olho de volta, apenas terminamos de comer e não peço sobremesa, apenas quero ir para casa.

Assim que o garçom chega ele paga a conta e depois se levanta quando o celular toca.

Em que estava pensando quando aceitei esse acordo? Era só ter ignorado tudo o que a Vanessa disse mas não consegui, foi mais forte que eu.

O que vou fazer quando tudo acabar?

São tantas questõesa que eu vou acabar enlouquecendo, céus. Respiro fundo, vai correr tudo bem, é só... não pensar muito nisso agora.

O vejo regressar um pouco apressado parece que a ligação não foi muito boa já que sua feição está diferente, Nathaniel parece muito irritado, ele faz um gesto com a cabeça e eu eu entendo que é para irmos embora, por isso me levanto e pego a minh bolsa o seguindo assim que ele começa a caminhar.

Tão apaixondo e cavalheiro, reviro os olhos, assim que estavamos perto da porta tentei tocar em suas mãos mas desviou do meu toque, o vi respirar fundo e então ele simplesmente passou seus braços em minha cintura e me conduziu até a saída.

O que deu nele?

Chegamos perto do carro e entramos no mesmo e ele dá partida, o mesmo silêncio do inicio se instalou e meu me remexi um pouco, sei que ele percebeu pois senti seu olhar em mim, curzo os braços e me encosto no banco olhando para a janela.

Dia maluco, tal como esse acordo.

Um tempo depois chegamos a minha casa, retiro o cinto e assim que estava perto para abrir a porta e saltar para fora desse carro ele segura firme o meu pulso de uma maneira firme mas sem me machucar, olho para ele sem entender.

- Não se esqueça que te quero na empresa amanhã. - apenas aceno - Não chegue tarde, vá antes do horário de almoço.

- Tudo bem. - digo me soltando.

- Princesa. - respira fundo, céus, ele poderia parar de me chamar assim, no princípio me irritava mas agora aquece o meu coração.

Não estou gostando disso, ignora sensação.

E então espero, espero que ele me diga algo mas nada vem, essa é a minha deixa, saio do carro e me dirijo a porta de casa sem olhar para trás, apenas ouço o barulho do motor do carro sendo ligado e se afasta...

Entro em casa que está completamente silenciosa, entranho, será que a Fê saiu?

Subo as escadas em direção ao meu quarto e assim que giro a maçaneta encontro as duas malucas na minha cama, conversando sabe‐se lá o quê, então seus olhares se viram para mim e elas sorriem.

Pronto, já sei o que querem, Lizzie faz um gesto com a mão para que eu me aproxime e Fê me dá espaço para que eu me sente e mais uma vez me olham com aquela cara do tipo "pode começar contando tudo", apenas sorri de ladinho e acabei mordendo o canto interno da boca.

O que iria dizer?
Não teve nada de especial nesse tal almoço.
Mal conversamos.

- Vamos fale logo. - Lizzie me cutuca e eu quase mato na sua mão.

- Foram a um restaurante muito chique? - concordo e Fernanda bate palmas - No final se beijam?

- Não.

- Não? - perguntam ao mesmo tempo se entre olharndo e suspiro - Vai nos dizer que não teve o primeiro beijo ainda? - Lizzie se levanta.

E nem terá.

- Não teve ainda. - digo

- Como você consegue ficar perto dele sem querer beijá-lo? - Fê me encara chocada.

Tudo isso por causa de um beijo? Imagina se soubessem que o namoro é falso, teriam um infarto.

- Bem... não teve ainda mas nós temos muito tempo pela frente por isso... - tento buscar algo para fugir do assunto mas sei que não vão parar de perguntar.

Por isso nos sentamos e eu conto como foi o encontro, omitindo algumas coisas e trocando a versão de como as coisas realmente acontecerem mas pelo menos deu certo já que ficaram felizes e saíram pulando daqui como se fossem bolas de ping pong.

Suspiro mais uma vez pensando no que aconteceu hoje.

Ele estava estranho, muito estranho, será que aconteceu algo?

O maior desafio vai ser ter que conviver com a Vanessa, dentro de uma empresa que ela também é sócia.

Deus me ajude.
Vou ter que lidar outra vez com aquela mulher.

Vou até ao closet procurando por terninhos ou algo que preste para usar amanhã, ainda bem que sempre que saio com as meninas para fazer compras eu sempre trago roupas formais por pensar que algum dia trabalharei numa grande empresa de arquitetura.

Maravilha, tenho aqui sugestões ótimas mas agora vou tomar um banho para me livrar do estresse.

Agora é só esperar o que segunda me reserva.

××××

O que acharam desse capítulo?Nathaniel está frio, quem pode aquecer ele minha gente?

Adiciona o livro na sua biblioteca para não perder os próximos capítulos.

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Partiu 16.

Nathaniel Salvarote Where stories live. Discover now