Capítulo 30

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Duas semanas depois…

Estava sentada no escritório do meu pai, aproveitando a tranquilidade da manhã para finalizar algumas tarefas da faculdade. A luz suave do nascer do sol banhava a sala, criando uma atmosfera serena enquanto eu digitava no computador. Era um daqueles momentos raros em que eu podia me concentrar totalmente.

Com o café ao meu lado, eu estava concentrada nas últimas revisões do meu trabalho quando a porta se abriu repentinamente. O barulho me fez pular na cadeira, e meus olhos se arregalaram de surpresa.

De repente, a porta do escritório se abriu com um ímpeto que me fez pular na cadeira. Meu coração disparou, e eu estava prestes a repreender meu pai por sua entrada abrupta quando meus olhos se encontraram com os de Marília. Ela estava parada à porta, a expressão inicial de surpresa transformando-se em um sorriso brilhante.

Marília tinha um jeito único de entrar nas salas sem fazer barulho, e ela estava claramente surpresa por me ver ali. Seus olhos se arregalaram momentaneamente, e então seu rosto se iluminou com um sorriso travesso.

— Uau, Maiara, você me assustou. Pensei que fosse o seu pai.

Deixando meu trabalho de lado, me levantei da cadeira e sorri para Marília.

— Você sabe como ele é. Sempre muito pontual. O que faz aqui tão cedo?

Marília não conseguiu conter a animação e exclamou:

— Você não vai acreditar, Maiara! A empresa saiu no jornal da semana! - Ela segurava uma cópia do jornal em suas mãos, e seus olhos brilhavam com entusiasmo.

Meu coração deu um salto de felicidade. Era um grande feito para a empresa de meu pai, e eu compartilhava seu orgulho. Marília se aproximou de mim com o jornal em mãos, e antes que eu pudesse reagir, ela me envolveu em um abraço caloroso e apertado. Seu abraço transmitia toda a alegria e cumplicidade que sentíamos naquele momento de comemoração.

E então, algo inesperado aconteceu. Enquanto ainda me abraçava, Marília começou a rodar pelo escritório comigo no colo. Me agarrei a ela enquanto girávamos juntas, o mundo ao nosso redor se transformando em um borrão de cores e risos. Era um gesto de pura felicidade, uma dança espontânea de celebração.

— Meu Deus! - exclamei, rindo alegremente, em seus braços.

À medida que a dança diminuía, finalmente Marília me colocou suavemente no chão, e nós duas ríamos, nossos sorrisos brilhando em sintonia com a luz da manhã que continuava a banhar o escritório. Era um daqueles momentos mágicos que se transformam em memórias preciosas.

— Este feito é nosso! - disse, olhando para o jornal onde continha o trecho. — Leia, leia em voz alta, Marília! Preciso ouvir!

Marília pigarreou, e então leu.

— "Stilus: Um Exemplo de Resiliência e Sucesso na Cidade - A ressurgência impressionante da renomada empresa Stilus tem sido um marco notável que reverberou por toda a cidade. Sob a liderança visionária de seu fundador, César, e com a colaboração essencial de Marília, uma figura crucial na empresa, a Stilus demonstrou uma resiliência inigualável, ressurgindo com força e determinação após desafios recentes. A dedicação, inovação e paixão dessa equipe resultaram em uma transformação notável, inspirando outros empreendedores locais e elevando o espírito empresarial desta comunidade." - conclui Marília ao ler. A loira sorriu, incrédula e empolgada.

Me aproximei de Marília gentilme e, sem esperar, beijei-a rapidamente. Durou cerca de alguns segundos o nosso beijo. Me afastei dela e sorri, sorri porque tudo isso aconteceu por sua causa também. Sorri porque ela é um verdadeiro marco em minha vida.

Na ponta do Salto - MAILILAWhere stories live. Discover now