fifty-nine

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– Espera, você é a filha de Billie e Amélia? - A mãe de Lara perguntou incrédula e eu engoli a seco, apenas concordando com a cabeça. – Você é a...? - Ela perguntou. Como sabia que eu tinha irmãs? Minhas mães eram cuidadosas e superprotetoras para que ninguém soubesse de que Trixye e eu éramos gêmeas.

– Trinity! A gêmea mais nova. - Eu disse em rendição. A mulher já sabia que eu não era a única.

– Onde está Trixye? Meu Deus! Você está enorme, pequena Triny. - A mulher disse e eu sorri.
Assim que dei espaço para ela entrar, minha mãe apareceu. – Eilish? Billie fucking Eilish? Você ainda está tão bem! Envelhece como vinho. - A mulher disse como se conhecesse todos a anos. Eu estava extremamente confusa.

– 'Ta de sacanagem! - O tom de minha mãe não foi nada amigável, mas minha outra mãe chegou em seguida.

– O que? Audrey? - Ela sorriu, mas a confusão era presente tanto em meu rosto quanto no de Lara.
Minha mãe que estava quieta no canto pareceu notar. Aproximou-se de mim e cochichou em meu ouvido.

– A vagabunda da sua sogra já tentou roubar sua mãe de mim. - Ela sorriu forçado quando olharam para ela. – Quando você e Trixye ainda estavam na barriga. - Ela continuou quando ninguém mais tinha o olhar sobre ela.
Eu ri. Ela estava mesmo com ciúmes de um ex-amor?

– Eu com certeza adoro ver a senhora Eilish machuda com ciúmes. - Eu cochichei de volta e ela me lançou um olhar rígido, o que fez com que eu me arrependesse imediatamente. – Sorry. - Eu disse inaudível, e minha mãe apenas voltou seu olhar para Audrey.

– Que tal irmos todos jantar? - Minha mãe sugeriu encerrando a conversa que já estava bem estendida. Ela era péssima em disfarçar ciúmes.
Todos concordaram e passaram na frente, seguindo até a cozinha.

– Lara? É.. são para você. - Eu estendi minhas mãos com as flores. Senti minhas bochechas queimarem quando a garota pegou as flores de minhas mãos.

– São lindas, Triny! Assim como você. - Ela disse sorrindo. Eu nem ao menos conseguia piscar. Eu poderia admirar aquele sorriso por um milhão de anos sem me cansar.

– Antes de irmos jantar, vem cá. Eu quero te mostrar um lugar. - Lara sorriu. Eu sabia que ela não queria sentar-se sobre a mesa e passa horas falando baboseiras.

Lara segurou em minha mão, eu tive a sensação de que uma corrente elétrica percorria por todo meu corpo. Eu sorri para a menina e a guiei para fora da casa.

Levei a garota até uma pequena espécie de casa, afastada da enorme casa principal.

– Eu costumava brincar aqui com minhas irmãs. Mas nós crescemos, então eu venho sozinha agora. - Eu disse entrando na casinha, sendo seguida pela menina.

– Então agora você brinca sozinha? - Ela perguntou em um tom irônico e nós rimos.

– Eu costumo vim aqui para compôr, ou apenas 'pra fugir de Trixye e Adelaide gritando o dia inteiro. - Eu disse e a menina assentiu em concordância.
Um violão estava no canto. A luz fraca por serem apenas por pequenas luzes, semelhantes as de natal, mas não coloridas.
Almofadas estavam pelo chão, ao lado de Lara estavam as flores.
Nas paredes alguns posts de bandas como The Beatles, Nirvana, AC/DC, guns n' roses.
Lara admirava tudo. Seus olhos passavam por todo interior da pequena casa.

– Então você compõe e toca? - Ela perguntou agora com seus olhos fixados nos meus. Eu sorri concordando com a cabeça. Eu não conseguia formar ao menos uma palavra. – Então toque uma para mim. - Ela disse apontando para o violão.
(la ele, larinha

Devil is Woman. - Billie Eilish | G!Pحيث تعيش القصص. اكتشف الآن