Devil is Woman. - Billie Eilish | G!P

twenty-eight

Avistei de longe Billie fora do carro, estranhei por não ver Drew ali junto.

- Onde está Drew? - Perguntei me aproximando, mas não foi preciso Billie responder.
Batidas de dentro do carro podiam ser escutadas junto com gritos.

- LARGA DE SER IDIOTA, BILLIE! ABRA ESSA MERDA. - A voz de Drew vinha de dentro do carro, mas não conseguia enxergar dentro do carro pelo vidro fumê. - AMÉLIA, PEDE PARA ESSA ESTÚPIDA ABRIR ESSA PORRA. - Drew gritava indignada.

- O que aconteceu? Eu sai por alguns minutos e você trancou Drew dentro do carro? Abra essa merda, Billie. - Falei sério com Billie que tentou argumentar.

- Mas, Amélia, o ar-condicionado está ligado, ela nem se quer passou calor. - Billie disse tentando se defender.

- Abra o carro, Billie. Vamos para casa. - Falei rígida e uma expressão de indignação se formou em seu rosto.

- Mas, Amélia- Eu a cortei.

- Chega, Billie! - Ela suspirou destrancando o carro, e eu apenas entrei.

- Ela é louca! Pelo amor de Deus, Amélia. Ela- Minha cabeça latejava de dor e elas estavam prestes a brigar novamente, então eu cortei Drew.

- Chega! Vocês parecem duas crianças. Caramba! - Falei chateada e ambas se calaram parecendo ter entendido o quão exausta eu estava.

- Desculpa. - Falaram em coro.
Eu apenas suspirei cansada.

- Certo. - Levantei o envelope. - Quem lê? - Eu me recusava a ler o resultado.

- EU! - Ambas gritaram juntas. - Não. Eu! - Eu sabia que elas iram discutir de novo. Dei um leve tapa em minha testa negando com a cabeça.

- Quer saber? Eu mesma leio. - Embora eu não quisesse, eu queria menos ainda outra discussão.

Abri o envelope respirando fundo antes de tirar os papéis de lá.
Comecei a ler quando finalmente criei coragem. Passei os olhos por cada linha lendo tudo atentamente.

B-HCG

Pesquisa

Material: sangue (soro)
Sensibilidade: 25 mIU/ml
Metodo; quimioluminescencia
Precisao: 99.4 %

Resultado.....: Positivo.

Meus olhos se arregalaram.
Eu não podia acreditar. Eu não queria acreditar.

Billie tirou o papel da minha mão e assim que leu seus olhos se iluminaram de felicidade.
Assim como os de Drew, que leu logo em seguida.
Como elas conseguiam estar tão felizes?

- EU VOU SER MÃE! EU VOU TER UM FILHO, DREW! - Billie comemorava sorrindo junto a Drew.

- PARABÉNS, BILLIE! MEU DEUS, EU VOU SER MADRINHA. - Elas comemoravam como se eu não estivesse ali, e particularmente, agradeci mentalmente por isso.

- Amélia? Amélia, não está feliz? - Billie me olhava preocupada. Toda sua empolgação já não era mais tão visível.

- O que? Sim! Muito. - Sorri para as meninas que claramente não acreditaram em mim. - Vamos pra casa contar para todos! - Usei um falso tom de empolgação em minha voz, mas dessa vez pareceu mais convincente, pelo menos para Billie, que ligou o carro e dirigiu feito louca para casa.
Drew me conhecia bem o suficiente para saber como eu me sentia, quando nem eu mesma sabia.

Ao chegarmos em casa Billie parou o carro de qualquer forma na garagem e correu para abrir minha porta. Drew e eu saímos.
Billie segurou em minha mão assim que sai do carro e nós três caminhamos para dentro de casa.