Home sweet home

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Felizmente estávamos de regresso.  Viajar é muito bom, mas as saudades de casa são muito fortes.  Ainda mais  para quem tem crianças.

Como chegámos na parte da tarde, as crianças só viriam para casa no dia seguinte.  Logo cedo íamos buscá-las a casa dos avós.

Desfizemos as nossas malas, arrumámos as roupas, tomámos um banho bem relaxante e demorado.
Fizemos uma refeição ligeira e fomos dormir cedo.

Estávamos completamente esgotados mas felizes.

Na manhã seguinte acordámos cedo.  Tomámos café rápido e seguimos para casa dos meus sogros.

A alegria de Violeta quando nos viu, não tem como descrever.  Saltou para o colo do pai.  Eu segurei o Gabriel e demos um abraço em conjunto.

Os meus bebés são lindos demais.   O Gabriel estava enorme.  Quanta diferença em apenas 10 dias.

Cumprimentámos os vovós que aproveitaram para nos convidar para almoçar com eles.

Aceitámos e ficámos os 4 em amena cavaqueira.   Entreguei algumas lembranças que trouxemos de Itália.

Violeta olhava para nós com os olhos nos presentes dos avós e da tia.  Não dizia nada.  Estava na expectativa.

O Gabriel prestes a completar um ano mas ainda não tinha a noção do que se passava.

Entregámos tudo e continuámos a conversa até à hora do almoço.

Sentados à mesa reparámos numa Violeta amuada.

- A mamãe serve-te filha.

- Não quero comer, diz ela emburrada.

- Oh gente!  Que novidadde é essa dona Violeta?  Pergunta o pai.

- Quando a menina não quer comer algo de muito grave se passa.  Ela parece um saco roto, sempre pronta a encher o bucho.

- Vem cá ao papai.  Conta o que foi.  Sentei-a no meu colo e ela encostou a cabeça no meu peito sem dizer nada.

- Vá lá,  conta.  É um segredo nosso.

Ela chegou no meu ouvido e sussurrou:

- A Violeta e o Gabriel não ganharam presente.

Gargalhei alto e ela ainda ficou mais amuada.  Olhei para Ju e pisquei-lhe o olho.

- Juliette!  Tu esqueceste de comprar presentes para as crianças?
Perguntei com voz autoritária.

Ela olhou para mim e depois para a mãe, aguardando a resposta.

- E foi?  Eu acho que esqueci mesmo.  Só lembrei dos avós. 

Ela continuou emburrada após esta minha afirmação.

- Vem ao colo da mamãe, pedi.

- Não quero.  Mamãe não gosta da Violeta.

- Está bom!  Eu deixei lá em casa muitos presentes e vou dar para os outros meninos.   Fica só para o Gabriel  que ele gosta de mim.

- Eu também gosto, diz ela, desenvencilhando-se do colo do pai e pedindo o meu.

- Agora gostas né?  Interesseira.

- Verdade?  Tem muitos presentes lá em casa?

- Sim.  Eram muitos.  A mamãe é o papai nunca se esquecem de vocês.

- Amo-te diz a minha filha.

- Eu também, digo,  enchendo-a de beijos.

-E eu? Pergunta o ciumento do pai.

- Também papai.  Muito, muito, muito.

- Vamos para casa?  Diz Violeta.

- Primeiro vamos almoçar todos.   Depois vamos.

O almoço estava uma delícia.   Saudades dos sabores de casa.

Provar outras culturas é muito bom mas o melhor é regressar à nossa.

Terminado o almoço,  beijo nos vovós e tia e seguimos para casa.

Violeta falou o caminho todo.  Contou o dia a dia na casa da avó.
A quantidade de doces e sorvete que comeu.  Mas era segredo,  a avó falou.

Entrámos em casa.  Já Clara e Eva estavam na cozinha. Cumprimentámos e entregámos as lembranças delas.

- Papai!  Os meus presentes? 

- Estão lá no teu quarto mas sem bagunça senhorita.

Fomos ajudar a desembrulhar todos os pacotes inclusivé os do Gabriel.

A cada pacote aberto, Violeta batia palmas.

- Oba!  É lindo.  Eu gosto.

Tudo desembrulhado,  papeis colocados num saco para o lixo e pensem numa criança feliz.

Deixámos Violeta no seu mundinho.
Durante as próximas horas ninguém a faria sair do quarto.  Gabriel já dormia.

Fomos para a varanda do nosso quarto,  para o nosso sofá.   Rodolffo deitou-se e eu fiquei por cima dele.

Ficámos por ali, os dois, curtindo um final de tarde, fazendo carinho um no outro.

A minha cunhada tinha-nos chamado para irmos a um bar tomar uma bebida e ouvir música.

Estava de namorado novo mas não lhe apetecia ir só.   Telefonámos ao Miguel.  Então iremos os 3 casais.

Falta uma semana para a retoma dos shows.   Vamos aproveitar.

A Eva estava em casa e de olho na filhota, então,  demos uma cochilada , ali mesmo na varanda e agarradinhos.

Já que íamos sair, liguei para a minha irmã e Miguel para irmos jantar os 6.  Depois seguiremos para o bar.  Hoje vai ser assim,  mas o resto das férias o programa seja qual for vai ser só  a dois.  Quero aproveitar o meu bem 100%.

Eu estava totalmente feliz.  Havia umas quantas coisas que vinham tomando conta dos meus pensamentos.  Coisa boa e possível de concretizar.

Estava à espera do melhor momento para trocar ideias com o Rodolffo mas muitas vezes quando tentava iniciar a conversa,  surgia algo que a inviabilizava.

Mas eu estava numa boa fase da minha vida.  Feliz e  realizada, então o que tiver que ser será.

Hoje ia assinar um contrato de publicidade com uma nova marca de roupa e jóias.  Pensem numa colecção maravilhosa.  Vou ficar com uma peça de cada já que são tão lindas.

As roupas eram todas de cerimónia.   Já tinha feito uma publi desta mesma marca mas de roupa desportiva e casual.

Estas estavam esplêndidas e então combinadas com as jóias ficou uma campanha perfeita.

As duas marcas não tinham interacção mas eu propus a campanha em conjunto e foi aceite de imediato.

Roupas chiques e jóias são o par perfeito.

E o mais perfeito é que eu fazia tudo em casa no mini estúdio evitando deixar as crianças.

Que Deus continue a guiar os nossos passos na direcção  certa.

ClausuraWhere stories live. Discover now