A fotógrafa

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Nunca tinha visto a Clarice tão desesperada.

- Gente, oque vamos fazer? Tenho de enviar essas fotos hoje.

Então Maria, me surpreendendo, falou:

- Clarice...essas fotos tem de ser com máquina profissional? Não pode ser de celular não?
- Até que poderia, mas tem de ser uma pessoa que saiba fotografar muito bem. Por isso que contratamos a Mônica.
- Eu posso tentar? - perguntou Maria meio tímida.
- Você sabe fotografar? - quis saber a Clarice incrédula.
- Mais ou menos...
- Bem, não temos nada a perder mesmo.

Maria me chamou e disse:

- Vou precisar da ajuda de vocês duas.
- Você sabe oque está fazendo, Maria ?
- Uai...vamos tentar né.

Fomos até
onde estavam as roupas nas manequins e cabides.

Maria começou tirando fotos simples. Depois foi incrementando. Pegou uma revista e pediu pra mim segurar ela fazendo um canudo e tirou a foto dentro do canudo. Depois picou vários papeizinhos e soltou na frente da câmera do celular na hora da foto. E foi fazendo vários efeitos. Até que concluiu.

Quando fomos ver o resultado ficamos de boca aberta. As fotos ficaram simplesmente maravilhosas. Era cada efeito mais interessante que o outro. Na hora que estávamos fotografando, nunca pensamos que ficaria daquele jeito.

Fomos correndo mostrar a Clarice. Ela ficou boquiaberta.

- Nossaaaaaaaaa !!! Que qué isso gente ?
- Tivemos a mesma reação que você - disse a ela.
- E foi com celular...imagina oque essa menina não ia fazer com uma máquina profissional.
- Da pra mandar essas fotos? - perguntei.
- Claro que dá ...tá de brincadeira? Vamos mandar todas. - Clarice parou, olhou pra nós e ordenou - Cadê a Maria? Chama essa garota aqui.

Minutos depois Maria entra com toda simplicidade que só ela tinha.

- Puxa vida heim menina... além de linda você fotografa com ninguém. Onde aprendeu isso?
- Sozinha...ficava brincando de tirar fotos diferentes lá na roça.
- Brincando?
- Sim...eu aproveitava quando ventava e ia caindo várias folhas das árvores e ficava legal, as folhas na frente de um fundo mais afastado.
- Que tal brincar com uma máquina profissional?
- Sério? - então Maria para e pensa - espera aí . Não quero tomar o lugar da Mônica.
- Não se preocupe...a Mônica está de mudança. Essa seria a última sessão de fotos dela. Ela vai trabalhar particular.
- Se for assim eu quero.
- Mas tem um porém. Se for fotógrafa não tem como ser modelo. Tem de escolher. Apesar que como fotógrafa o salário é melhor.
- Quero ser fotógrafa - disse Maria quase que imediato.
- Fico triste de perder uma modelo tão linda mas ganhei uma fotógrafa como nunca tive em toda minha vida profissional.
- Também prefiro os bastidores - disse Maria.
- Amanhã mesmo vamos comprar uma Canon pra você e vou pagar um curso pra você aprender a utilizar todos os recursos da máquina.
- Uau...que demais. Sempre fui apaixonada por fotografia. Mas nunca tive nada a mais doque um celular.
- Arrasou heim garota - disse Sabrina.
- Uma caixinha de surpresa - disse eu.
- A gente ficou tão pouco tempo juntas lá na roça que não tivemos oportunidade de conversar sobre tudo.
- Por falar em tempo, eu achei um loft um pouquinho depois do meu apê. Quer dar uma olhada? - perguntei.
- Quero sim... quero ter o meu cantinho.
- Vou ligar pra corretora e marcar uma visita pra amanhã.
- Boa. Depois vou precisar de vocês pra me ajudar a comprar o essencial pra uma casa. Tipo, as melhores lojas, oque comprar e oque vou precisar mais.
- Vai ser um prazer - disse Sabrina.

Na hora do almoço fomos colocar o papo em dia.

- Maria, posso te fazer uma pergunta - disse eu colocando os cotovelos na mesa e cruzando os dedos.
- Claro, pode sim.
- Na sua escolha entre ser fotógrafa e modelo, as fraldas pesaram nessa escolha?
- É o seguinte. Tudo oque eu disse é verdade. Amo fotografar e gosto de trabalhar mais escondida. Mas não vou negar que as fraldas me deram a certeza de ter tomado a decisão certa. Na hora pensei: uau, vou poder usar fralda direto igual as meninas.
- Nós também pensamos isso na hora - falei.
- Não tem jeito de ficar melhor viu. Tô tão feliz.

Depois do almoço fomos ao banheiro. Como estávamos só nós lá, eu levantei a barra do vestido da Maria revelando uma calcinha preta tamanho médio. Mas tava bonita. Não tinha jeito de alguma coisa ficar feia naquele corpo. Enfiei a mão na bolsa e lhe estendi uma fralda e disse.

- Quer começar a ser 24/7 agora ?

Ela me olhou com um sorriso no rosto e me deu um abraço e um beijo no rosto.

- Nunca vou esquecer esse momento. Vai ser o início do meu sonho se realizando.

Pegou a fralda e entrou pra uma cabine. Eu e a Sabrina fizemos o mesmo pra trocar nossas fraldas molhadas. Quando saímos fiz a mesma coisa de antes, levantando seu vestidinho, mas agora revelando uma linda fralda naquele corpão maravilhoso. Ela colocou certinha. Aprendeu rápido.

De volta ao serviço, estava concentrada em um desenho quando sinto a barriga dando sinal. Continuei desenhando. Fiz a arte final. Quando fui colorir com aquarela eu apenas soltei um tufão na minha fralda. Senti aquele monte de cocô se aglomerando entre a fralda e meu bumbum. Muito mesmo. Sabrina percebeu e me mandou um coraçãozinho coreano. Depois sussurrou: eu te amo bebê. Confesso que foi muito gostoso. Era umas três horas e descidi que só ia trocar em casa. Queria curtir aquilo por mais tempo. Continuei aquarelando meu desenho como se nada tivesse acontecido. Passei o resto da tarde sentindo meu bumbum amassando um totozão na fralda.

No final do dia saímos feliz da vida por Maria . E eu com a blusa da Sabrina na cintura. Fomos despedir da Maria e ela estava inquieta:

- Oque foi menina? - perguntei.
- Tô com a barriga doendo...já vou pro hotel viu.
- Tá com cólica ou dor de barriga normal?
- Normal.
- Faz na fralda uai.
- Tenho medo de vazar o cheiro.
- Não vasa não...vai por mim...tá sentindo algum cheiro?
- Não...porque?
- Porque eu tô com a fralda lotada de cocô desde as três da tarde.
- Nooossaaa!!!
- Pode fazer...

Imediatamente ela ficou quietinha e sabíamos oque ela estava fazendo. Depois de alguns segundos ela deu um suspiro de alívio. Olhou pra nós acanhada.

- Ti fofa você é, fazendo totô - disse Sabrina
- Tá sentindo algum cheirinho diferente? - perguntei eu.
- Não - respondeu ela com um sorriso no rosto.
- Viu ? Quando tiver vontade pode se aliviar sem preocupação.
- Ainda bem que surgiu essa oportunidade de fotógrafa. Vou viver minha tão sonhada vida. Uma vida de fraldas.
- Foi a melhor decisão da sua vida - disse triunfante.
- Bem meninas, deixa eu chegar, que quero organizar minhas coisas. Deixei meio bagunçado.

Vimos Maria, a fotógrafa, se afastar feliz da vida com sua fraldinha suja.

- Vamos, minha lindinha. Vou passar no meu apê antes. Não vou pra sua casa cagada. Tenho de me trocar.
- Eu passo lá e te espero. Até te ajudo nessa troca de fralda aí.
- Oba...vou aceitar - falei entrando no carro.
- Estou tão feliz que sua irmã vai lá em casa hoje. Ela é muito fofa.
- A minha maninha é sem comentários. É a melhor irmã do mundo.
- Ela é muito carinhosa com você. A gente vê o cuidado dela pra te proteger.
- Ontem ela estava na frente do guarda roupa me pedindo opinião de qual roupa seria melhor pra usar hoje.
- Gente, não é nada especial. É só um passeio na casa da namorada da irmã.
- Você não conhece a Sofia. É muito vaidosa.
- E muito bonita também.
- Concordo com você.
- Então vamos - olhou pra mim mandando um beijinho e ligando o carro.

A história de Alice Onde as histórias ganham vida. Descobre agora