50 Ouvindo os corações

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Antônio

Eu achei que estava sonhando quando senti Amanda fazendo carinho nos meus cabelos, fiquei sem reação, mas falei tudo que estava entalado na minha garganta.

Que alívio ver ela acordada e poder saber que ela está bem, meu coração ficou mais tranquilo. Levo ela no colo até o banheiro e escuto tudo que ela tem pra me falar, quando me pergunta pela mãe falo a verdade, percebo que ela está se recordando de tudo.

Amanda fica desesperada achando que nunca vai ter paz por causa daquele filha da puta, mas conto logo que ele morreu, mas ver ela chorando deixa meu coração em pedacinhos.

Falo a todo momento do meu amor e carinho, no momento que ela me fala que ela se casaria comigo, aproveito e conto sobre nossos filhos.

Ela estava tão certa que não poderia ter, que custou a acreditar que nossos bebês já estavam a caminho. Fizemos alguns planos e afirmarmos um pro outro o quão grande nosso amor está se tornando.

Realizar os meus sonhos é maravilhoso, mas realizar os sonhos dela me faz o homem mais feliz do mundo. Quero cuidar de tudo para que ela seja cada dia mais feliz.

-E meu pai?- Ela me pergunta enquanto faz um lanche.

-Seu pai foi ao hotel, tomar um banho e comer algo.- Respondo sincero.

-Você está com a mesma roupa do restaurante.- Ela fala me olhando.

-Eu queria estar por perto quando você acordasse.- Falo sério.

-Mas agora já acordei e você pode tomar um banho e comer, eu preciso de você inteiro.- Ela fala segurando e beijando minha mão.

-Eu sei e eu estou aqui pra isso.- Falo com o meu coração.

-Por isso precisa se cuidar, tomar banho e comer.- Ela fala olhando no meus olhos.

-Pode deixar, quando chegar alguém eu vou até o hotel.- Eu falo beijando os cabelos dela.

-Mas você pode ir meu amor, o máximo que vou fazer é dormir, estou amarrada aqui por esse acesso venoso.- Ela me fala fazendo carinho.

-Não quero deixar você sozinha.- Eu falo e a beijo.

-Mas não vou ficar sozinha, toda hora vem enfermeiras aqui.-Ela fala e nesse momento entra uma enfermeira.

-Boa noite Amanda.- A enfermeira fala sorrindo.- Você dormiu por muitas horas, quer uma água ou comer alguma coisa?

-Eu quero sim uma água, por favor.-Ela pede sorrindo.

-Posso pedir uma comida também.- A enfermeira fala trocando o soro dela.

-Pode ser.- Ela fala e sorri.

-Tudo bem, vou avisar ao médico que você acordou.-Ela fala sorrindo e sai pela porta.

-Esta vendo meu amor, não vou ficar sozinha. Quero que se alimente e se cuide, afinal eu preciso de você.- Ela fala me olhando nos olhos.

-Eu não vou deixar você sozinha, quando você for comer eu desço e como algo, mas sair daqui só sairei quando tiver alguém com você.- Falo olhando nos olhos dela.

-Está bem.- Ela fala me fazendo carinho.

A enfermeira vem e me traz água e avisa que meu jantar já vai ser servido, eu agradeço. Antônio fica ao meu lado o tempo todo, acho que ele vai ser mais cuidadoso que já era, a preocupação está estampada em seu olhar.

Minha comida chega e ele prontamente já fica do meu lado me ajudando, a sopa está deliciosa, mas estou sem fome e me obrigo comer um pouco. Apos perceber que Antônio não desceria começo a fazer aviãozinho pra sua boca, e vejo que ele não recusa, está com fome e não vai pra lanchonete comer pra não me deixar sozinha. Ele termina a sopa, come a gelatina e toma o suco.

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