42 A casa que eu cresci

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Antônio

Me senti tranquilo passando pra ela meu relógio, afinal eu estava pendido pra ela enfrentar um medo dela, algo que no fundo só ela sabia como a atingia de verdade. Sei que ela está confiando completamente a mim sua segurança, então vou garantir que ela se sinta completamente protegida.

Eu percebi que ela estava receosa, mais calada que o normal e tentava parecer bem. Ao embarcamos Amanda sentou com Bruna e começou a conectar o relógio no celular, parece que deu certo pois logo após, ela caiu no sono. Manoel estava feliz porque enfim iríamos conhecer sua empresa, Regiane ficava calada e apenas sorria.

A viagem estava tranquila, eu a Buchecha já estávamos combinando com Manoel de ir direto pra empresa dele. Na hora que pousamos fui até Amanda acorda-lá.

-Pousamos agora meu amor.- Falei fazendo um carinho no rosto dela.

-Nossa eu apaguei.- Ela falou com a voz rouca.

-Eu vi.- Falei beijando sua testa.

Desembarcamos e Manoel me disse que seu carro estava no aeroporto, mas estávamos em seis, então peguei um carro pra ficarmos confortável por aqui. Amanda estava calada, mas nós sempre tentávamos trazer ela para a conversa.

Fomos para casa do Manoel, ele fez questão que ficássemos todos lá. Ele morava em uma mansão, eu tive uma noção de como ele trabalhava. A casa era enorme ele disse a Amanda para nos instalar.

Ela estava um pouco em choque, parecia se recordar de momentos e depois sorriu. Nos chamou e subimos as escadas com ela, seguimos um corredor e na segunda porta ela abriu e disse que era pra Bruna e Buchecha ficar ali, eles deixaram suas coisas e saíram.

Na primeira porta era o quarto dela, que estava como ela deixou. Colocamos nossas malas e ela respirou fundo.

-Linda, vamos sair com seu pai, você quer ir ou quer ficar?- Perguntei olhando nos olhos dela.

-Não sei, Bru você vai ir?- Ela perguntou.

-Não amiga, quero comer e quero deitar.- Bruna falou com preguiça.

-Vou ficar com ela então.-Ela me disse sorrindo, um sorriso que não chegava aos olhos.

-Tudo bem amor, mais tarde voltamos.- Falei beijando ela.

Descemos juntos e encontramos Manoel na sala nos esperando, então fomos pra empresa dele.

Amanda

Sei que devia ter preparado eles para saberem que sempre fui rica, a casa do meu pai iria dizer isso e muito mais, mas estava um pouco em choque de estar aqui.

Eu desci e olhei ao redor, tive tantas lembranças, momentos bons e felizes que tive aqui, minha mente virou um turbilhão, ao entrar em casa ate minhas memórias infantis vinham a minha cabeça.

-Minha filha, acomode seus amigos do lado do seu quarto.- Meu pai disse me tirando da minhas lembranças.

-Está bem.- Respondi sorrindo.- Vamos.- Chamei sorrindo e olhando pra eles.

Subimos as escadas e minhas memórias iam e voltavam, lembrei até das vezes que chorei sentada aqui. Essa casa me trazia lembranças, eu cresci e vivi aqui, tive que sair por causa das circunstâncias.

Levei eles pro quarto olhando cada detalhe, passei pela porta do meu quarto já imaginando como eu iria me sentir. Apresentei eles o quarto e vi que muitas coisas nele tinham sido renovadas, o que me deixou com um pouco de espanto, será que meu quarto também?

-Bru meu quarto é aqui ao lado.- Falei sorrindo.

-Que casa Linda Amandex.- Bruna fala chocada.- Você morou aqui também?

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