𝐈𝐦𝐩é𝐫𝐢𝐨 𝐒𝐚𝐧𝐠𝐫𝐞𝐧𝐭𝐨

𝟎𝟐𝟔

Nesta viagem estou mais próxima de Cris e seus amigos. Ontem a noite tinha sido desastrosa, um pouco de água entrou dentro do meu quarto, mesmo eu deixando as janelas fechadas. Decidi que seria mais prático manter meus cabelos em uma trança longa.

Hoje é o meu penúltimo dia aqui e sinceramente o tempo está passando muito rápido. Me direcionei para fora do quarto, dando de cara com Aiden. Ele não parecia estar bem.

Ele olhou para o meu rosto com desgosto, logo se afastou com sua postura de sempre, não entendi essa reação inesperada. Desde que eu deixei de lado os pensamentos que envolviam Aiden, me sinto um pouco mais livre.

Caminhei pelo corredor até encontrar o quarto que Dylan está hospedado, a porta estava aberta, então entrei.

— Você chegou bem cedo — Ele disse, retirando o óculos do rosto. Dylan estava com um copo de bebida na mão.

— Eu achei que você não gostasse tanto de álcool — Murmurei desentendida. Ele colocou o copo sobre a mesa e se levantou, indo até o seu criado-mudo.

— Eu trouxe poucas bolsas de sangue, então tenho que beber para aliviar — Informou, pegando a caixinha pequena — Mas sinceramente eu não sou muito fã de álcool.

Dylan se aproximou e o cheiro de álcool veio junto. Não era um odor ruim, na verdade era até gostoso.

— Toma — Ele entregou o colar na minha mão e eu peguei — Você sente algo quando o toca?

— Bom, na verdade sim, mas não consigo identificar qual é o sentimento — Esfreguei o dedo na pedra, instantaneamente meus pêlos ficaram arrepiados.

— Apesar de isso ser uma ótima notícia, eu não consigo transferir esse poder para você, é necessário que uma bruxa te ajude.

— Tem bruxas nesse barco?

— Ah?! Óbvio que não — Uma risada prazerosa veio de seus lábios — Nenhuma bruxa gostaria de estar em um barco cheio de lobos e Homines nocturnae.

— Dylan você está embriagado? — Perguntei e o homem coçou sua pequena barba branca.

— Desculpe, eu não me dou bem com bebidas. Acho que preciso descansar — Ele pegou o colar com cuidado e enfiou na caixa novamente — Acho melhor você ir tomar café, se precisar de algo me chame.

— Certo — Assenti, então antes que pudesse falar mais alguma coisa, suas mãos foram até minhas costas, me empurrando para fora do quarto.

— Na verdade, evite me procurar, não acho que seja uma boa ideia ficarmos juntos — Dylan fechou a porta, fazendo uma brisa ir até o meu rosto.

Que estranho, não entendo essa reação inesperada.

Quando eu adentrei a sala de jantar, fui calorosamente recebida por sorrisos radiantes. Sentando-me ao lado de Cris, deparei-me com ele concentrado em examinar um mapa.