𝐈𝐦𝐩é𝐫𝐢𝐨 𝐒𝐚𝐧𝐠𝐫𝐞𝐧𝐭𝐨

𝟎𝟏𝟖. Toque prazeroso

Por favor não seja um leitor fantasma, tenta interagir com o livro, mesmo que seja apenas dando uma ★

O homem circulava pela sala, reformulando a frase que eu havia dito. Todos naquela sala estavam sentados, exceto o Pai de Delilah. Eu podia sentir o olhar curioso de Dylan em meus lábios e braço, provavelmente era por conta das marcas causadas pelo meu treinamento.

- Você acha que eles já tem um exército? - Gill, perguntou para Dylan, que estava com as pernas cruzadas.

- Não sei, acredito que seja óbvio a existência de um Aurelius, ultimamente tem acontecido catástrofes, dando a indicação de que a criança está perto de receber seu poder - Dylan concluiu.

Criança? Eu poderia corrigir Dylan e dizer que já estou na fase adulta, porém não seria adequado neste momento tenso.

Gill pai de Malvolia, suspirou fundo e olhou em meus olhos.

- Temos que manter você em segurança - Disse, então se sentou na sua cadeira - A Partir de agora, você terá regras para seguir.

- O que? Eu sei me cuidar sozinha - Retruquei e todos que estavam naquela sala, me olharam - Desculpe, senhor Gill, mas eu não acho que seja necessário isso.

- A sua sobrevivência é importante para o mundo, Nora - Ele limpou a garganta e então olhou para Malvolia- Filha, faça-me um favor - A garota se aproximou - Encontre guardas elites, para tomar conta dela.

Me levantei do sofá, sentindo meu sangue ferver. Eu tinha saído de uma prisão, para estar em outra? Quanta idiotice. Antes que eu começasse a falar bobeiras, fiz questão de sair daquela sala.

Eu odeio a sensação de ser perseguida, me sinto uma prisioneira. Meu pés se chocam contra o chão, fazendo um barulho estridente, não me importo se isso está incomodando alguém.

- Espera, Nora - Uma voz feminina surgiu no meio da noite, chamando meu nome. Era Delilah - Eu preciso te acompanhar!

- Então você vai ser minha guarda costas? - Perguntei irritada.

- De jeito nenhum, eu tenho coisas mais importantes para fazer.

Olhei para ela, que tinha um sorriso tímido no rosto. Delilah se vestia como uma camponesa, seus vestidos eram encantadores. Ela enroscou os braços dela, nos meus e começou a caminhar, me levando junto.

- Se você quiser, eu posso te ensinar receitas, assim seu dia será menos tedioso - Seus lábios se curvaram mais ainda.

Fiquei calada pensando um pouco, Delilah parecia ser boa com esses negócios de ervas, me dando uma ideia.

- Tem ervas para afastar sonhos ruins? - Perguntei, sentindo minha raiva se esvaziar - Tipo, como se alguém estivesse entrando nos meus sonhos.

Sua sobrancelha se ergueu e um semblante curioso surgiu em seu rosto.

- Quem está invadindo seus sonhos? - Pelo visto ela já tinha entendido a minha pergunta - Não me diga que é o Aiden?

- Talvez...

- Aquele cara é um pé no saco - Delilah revirou os olhos - Venha comigo.