𝐈𝐦𝐩é𝐫𝐢𝐨 𝐒𝐚𝐧𝐠𝐫𝐞𝐧𝐭𝐨

𝟎𝟏𝟏

→ Antes de começar o capítulo, eu gostaria de pedir a colaboração de vocês. Por favor, votem.

Não tive coragem de procurá-lo; já faz dias que não o vejo. Dylan me contou que ele saiu para buscar informações. Estávamos sentados do lado de fora, tomando uma xícara de chá.

— Pode fazer suas perguntas, prometo que irei respondê-las com sinceridade — disse Dylan, levantando sua xícara até os lábios rosados.

Senti um alívio tão grande preencher meu coração que, finalmente, eu poderia receber respostas.

— Por que vocês me trouxeram para este castelo? — perguntei, olhando no fundo dos seus olhos, tentando encontrar alguma reação, mas ele não demonstrou nenhuma.

— Você é bem direta — comentou ele, deixando a xícara sobre a mesa branca. — Trouxemos você para o castelo porque queremos protegê-la. Outros Homines Nocturnae estavam atrás de você, tentando encontrar alguma prova de sua existência.

— E como vocês sabiam da minha existência?

— Eleanor — disse ele, e um aperto surgiu em meu peito quando citou minha mãe. Tentei não parecer afetada por suas palavras. — Ela sabia que você estava correndo perigo extremo, mas não tinha pessoas confiáveis para cuidar de você.

— Até vocês aparecerem? — Dylan assentiu.

Não me sinto mais a mesma pessoa há tempos; no entanto, hoje me sinto pior, como se este não fosse o meu corpo. Minha mãe sabia que isso aconteceria e nem tentou me preparar antes?

— O que eu sou, realmente? — perguntar isso era estranho. A maior parte da minha vida, eu me via como Nora Schade, princesa de Elvira.

— A cada século, nasce uma criança especial, com uma força inigualável — ele revelou.

Engoli em seco. Senti minha garganta completamente seca; nem se eu bebesse litros de água, essa sensação desapareceria. Encostei minhas costas na cadeira e tentei absorver a informação que acabara de receber, mas não consegui.
— Se você quiser, podemos continuar amanhã — Dylan colocou sua mão sobre a minha, acariciando minha pele. — Eu...

— Continue — exigi. — Eu preciso que você me diga tudo.

Um suspiro alto veio dele.

— Os Homines Nocturnae querem você para absorver todo o seu poder, usá-la como um objeto. Eu sei que você odeia a gente e sequer gosta da nossa presença, mas estamos tentando ajudar.

— Por que vocês querem me ajudar? Ninguém faria isso por mim sem querer algo em troca.

— Você está certa, queremos sua ajuda — ele apoiou seus braços na mesa e me olhou profundamente. — Queremos que você nos ajude a deter Félix.

— Por quê?

— Ele já absorveu o poder de uma pessoa igual a você. Ele está forte como nunca e quer se tornar o dono deste mundo. Só você vai conseguir enfrentá-lo — suas palavras eram firmes.

— Não tenho poder, Dylan. Meu corpo é normal como o de um humano; não sinto nenhuma onda estranha atravessando meu corpo — tentei fazer ele perder todas as suas esperanças.