Prévia - Eterno

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Olá... \o/

Como estão vocês, meu amores? Espero que muuuuuito bem.

O motivo da minha aparição por aqui é simples: muitos de vocês têm nos mandado e-mails e mensagens (tanto por aqui quanto pela página do livro no face) nos pedindo uma cena extra ou qualquer coisa relacionada ao segundo livro da série "Imortal". Então, para essas pessoas lindas (e para todos que acompanharam Imortal até o final) deixo para vocês uma parte importante de "Eterno". Espero que gostem.

Amamos vocês e não deixem de passar em "Amores Imortais" que já está no segundo capítulo e o terceiro está quase pronto.

Beijos!!!

[...]

Dois Comuns aguardavam na entrada enquanto os meus homens, aqueles fieis a mim, seguiam em minha frente. Victor disse que a reunião deveria ser apenas para os líderes e aqueles que achávamos que necessitariam estar ali. Por isso apenas levei Annabelle, Ian e Caleb. Depois da morte do Theodore, eles se tornaram o meu braço direito.

Mal entramos no casarão e já encontramos Victor, conversando com o lobisomem Lonel e alguns outros membros de sua matilha. Sean, Ethan e Tricia foram os escolhidos de meu irmão e estavam confortavelmente sentados em um sofá surrado, um pouco mais ao fundo. Era óbvio que a escolha dele seria o conselho.

— Arthur, não estou com um bom pressentimento — me comunicou Ian em mente. — Não deveríamos ter vindo.

— Ainda temos um acordo com os comuns, meu amigo. Acalma-te. Não quero mais briga — paramos de frente para o meu irmão e lhe estendi o braço em um cumprimento. Victor me olhou por um instante, com os olhos claros, antes de apertar minha mão com força.

— Agradeço por ter vindo, Arthur — respondeu de modo sério.

— Não deixaria de vir, especialmente se os boatos forem verdadeiros — respondi quando ele me indicou um balcão e eu segui até lá. Victor nos serviu dois copos de Whisky, um para mim e um para ele. Os que vieram comigo emplacaram uma conversa estranhamente confortável com os cães.

— Infelizmente devo dizer que sim, os boatos são verdadeiros — confirmou Victor e apertei o copo involuntariamente antes de tomar um gole. — Dave me ligou há algumas horas e me disse que sim.

— O que vamos fazer? Se isso começar a se espalhar, tudo vai se transformar em um pandemônio.

— Não vamos nos precipitar, Arthur. Já enviei um alerta a todos os clãs, informando para redobrar a proteção e para não transformar mais ninguém. Sugiro que faça o mesmo — alertou-me Victor.

— Assim que concluirmos essa reunião, tomarei as providências cabíveis. Já podemos começar? — Perguntei.

— Não, ainda falta um clã — meu irmão entornou a bebida ao terminar aquela frase. Olhei em volta, rapidamente, e me voltei a ele.

— Modificados, Comuns e os Licantropos. Estão todos aqui.

— Nem todos — concluiu Victor assim que a porta do casarão se abriu novamente. Todos os olhares recaíram sobre ela e as três pessoas que a acompanhava. Não parecia ser a mesma e definitivamente não era. Os três anos longe a tornaram diferente.

Os cabelos estavam negros e não passava do pescoço. O olhar estava rude e frio. Parecia preferir uma bala de prata no coração a estar ali. As três pessoas que estavam com ela era Dave, Susan e Rochelly e, ao nos ver, os olhos assumiram cores da mescla. Exceto a comum daquele trio. Os olhos dela tornaram-se extremamente claros.

— Sanguessuga, achei que não viesse — falou Lonel sorridente. Abrindo os braços e a apertando entre eles.

— E perder as notícias, em primeira mão? Jamais — respondeu Alice. A voz, antes fina e rápida, havia assumido um tom mais grave e fala segura, aproveitando cada palavra que deixava escapar.

Olhei para Victor, ao meu lado, e ele parecia inquieto. A feição era tão rude como a minha. Havia muita magoa naquele lugar.

Alice sorriu para Lonel, mas imediatamente ficou séria quando seus olhos azuis nos encontraram. Primeiramente pude jurar ver surpresa neles, talvez não esperasse nos encontrar debaixo do mesmo teto, depois de tudo o que aconteceu, mas depois da surpresa ela tomou uma posição séria e caminhou até nós. Os passos estavam firmes e precisos. O salto fazia um barulho rouco enquanto chocava-se com o piso de madeira polida.

Parou diante de nós dois e respirou de forma profunda, antes de abrir um sorriso largo. Aquilo foi o suficiente para que a sala inteira relaxasse. Até o momento, todos estavam tensos esperando o desfecho de toda aquela história, mas isso não impediu que Victor colocasse o copo no balcão e desse as costas para ela. Ele estava magoado e eu não podia culpá-lo.

Alice segurou-lhe a mão, antes que ele se afastasse, e o puxou. Abraçando-o em seguida. Senti meu coração partir em pedaços. Eu havia dito que sabia exatamente quem ela escolheria no final e vê-la nos braços de Victor só me deu a confirmação. Isso até ela soltá-lo e me envolver também em um abraço apertado.

— Senti sua falta — sussurrou em meu ouvido.

— Também senti a sua — respondi da mesma forma.

[...]


ImortalWhere stories live. Discover now