CAPÍTULO 51

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LUKE HOBBS

Sentindo minha cabeça latejar, eu abri os olhos e gemi de dor. Meu corpo todo doía, minha cabeça estava sangrando e eu não faço a menor ideia de quanto tempo fiquei apagado. Só me lembro de começar a brigar com alguns caras, enquanto minha filha era arrastada daqui e de ver Lucy ser levada a nocaute, no chão da cozinha. Olho para onde o corpo dela estava, mas agora só há um rastro de sangue.

— Lucinda? — chamei me sentando no chão

Haviam vários pedaços de louça pro chão, vidro dos armários, o balcão estava partido. Um verdadeiro caos.

— Lucy? — chamei mais uma vez

Me coloquei de pé, sentindo minhas costas e ombros estalarem. Procurei pela cozinha, mas não havia sinal de alguém aqui. Eu estava sozinho.
Colado com sangue na porta, um bilhete me chamou atenção.

Elas são muito unidas, não pude deixar uma para trás. Você puxou o maldito gatilho contra ele, agora é a minha vez de fazer o mesmo contra ela

Rosnando, amassei o papel na minha mão e saí correndo de casa, pegando meu carro e acionando alguns contatos no meu celular.

— Toretto, pegaram a minha filha e a Lucy. — digo manobrando o carro

Pegaram a Letty e o Pequeno Brian. — ele responde — Tentaram levar a Mia também, mas não conseguiram.

— A gente tem que dar um jeito nisso, cara. — rosno dirigindo — Nós trouxemos esse filho da puta pra cá e agora nós temos que lidar com ele.

O Jakob acordou. — essas palavras me quebraram — Está perguntando pela Lucy.

Fecho os olhos por alguns segundos, parando em um sinal vermelho. Encosto minha testa no volante. É minha culpa.

Luke, você está aí? — Dominic pergunta

— Sim, eu estou. — suspiro — Escuta, eu tenho um lugar. A gente pode usar. Como estão os filhos da Lu e as crianças do Brian?

Verônica e Pilar estão dando conta.

— Ótimo. — respiro fundo — Vou te passar as coordenadas por mensagem, traz a galera.

Ótimo. — responde — Te vejo em breve.

Desliguei a ligação e abri o porta-luvas, pegando minha carteira. Havia uma foto ali onde Lucy, Sam e eu estávamos juntos, segurando a taça de um campeonato do time de futebol. A raiva esquentou o meu sangue e encheu meus olhos d'água.

— Eu vou encontrar vocês. — murmuro encarando a foto — E vou matar esse filho da puta.

Essa é a minha promessa.





JAKOB TORETTO

Eu estava em casa. Tudo parecia igual. Subi a rampa da garagem e observei o carro do meu pai. Estava tudo exatamente como vinte anos atrás.

— Mas o que…? — franzi o cenho

— Tem sido longos anos, filho.

Arregalei os olhos e olhei para o lado, vendo Jack Toretto parado e encarando o carro também. Levei as mãos à cabeça, em um sinal de desespero, finalmente entendendo o que estava acontecendo ali.

— Pai! — exclamei e ele me olhou — Eu tô morto?

Ele sorriu pra mim e se virou completamente, com as mãos nos bolsos.

Redenção - Jakob TorettoWhere stories live. Discover now