CAPÍTULO 30

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Dias depois…

LUCY GONZALEZ

Certo, voltar a fumar depois de três anos não era a minha escolha, mas eu estava exausta. Assim que Jakob saiu do meu apartamento, eu fui direto para um bar encher a cara e depois de tanto álcool, acabei acendendo um cigarro. A nicotina acabou comigo, deixou meu estômago totalmente enojado, além de me dar tremedeira, mas eu estava com muita coisa na cabeça.
Eu podia lidar com alguém me caçando e querendo me matar, mas Jakob de volta era demais pra mim.

Entrei na base cantando pneu, causando um rebuliço. Senhor Ninguém estava andando de um lado para o outro, gritando ordens e causando o caos na vida dos agentes.

— Ah, aqui está ela. — ele diz quando arrasto meus pés pra fora do carro — Onde é que você estava? — marcha até mim

— Fala baixo. — franzo o cenho — Minha cabeça está explodindo.

— Um grupo tenta te sequestrar e você sai pra encher a cara? — arranca os óculos escuros do meu rosto

— Merda. — cubro os olhos com as mãos, por causa da luz

— Escuta aqui, eu posso lidar com estresse pós traumático, mas se isso for você se auto sabotando pra me forçar a aceitar o seu pedido de demissão, saiba que o tiro saiu pela culatra. — me joga os óculos de novo — Aconteceu uma coisa.

— Eu não ligo. — murmuro — Descobriu quem tentou me pegar? — ponho os óculos de novo

— Estamos trabalhando pra isso, mas o cara é sofisticado. — me encara — Escuta, é algo sério…

— Eu não quero saber, Ninguém! — elevo a voz — Eu nem sei o seu nome, você apareceu na porra da minha vida e diz que eu tenho que confiar em você, mas agora como é que eu vou saber que não é você quem está atrás de mim? — o encaro

— Lucy, bota a sua cabeça pra funcionar. — diz sério — Pra que eu mataria você, se eu ainda preciso de você? Ainda mais agora.

— O que é que tem agora, cacete? — grito

— O Luke foi preso!

Arregalo os olhos.

— Como é que é? — o encaro — Isso é mais um truque pra me chantagear e me fazer ficar?

— Cura essa ressaca, para de paranóia e quando quiser falar sério, me procure. — tecla em seu celular e meu celular apita — As coordenadas estão no seu aparelho, te espero lá.

— Onde você vai? — o encaro

— Falar com algumas pessoas.

— Pronto pro trabalho, chefe. — um magrelo de estatura mediana se aproxima de nós terminando o nó de sua gravata

— Quem é esse? — franzo o cenho

— Olá, capitão Bravo. — ele sorri — Eu sou o…

— Cala a boca. — Ninguém o corta — Isso não interessa. — me olha — Ele é meu estagiário, você não quis assumir a equipe Alpha e eu preciso de alguém.

— Aí foi numa creche e encontrou esse cara? — ergo uma sobrancelha

— Com licença, eu…

— Cala a boca. — Ninguém o interrompe de novo — Vamos.

Começo a caminhar de um lado pro outro, tentando me acalmar. Pego os arquivos da missão atual e descubro que minha família estava em uma missão importante na Alemanha, atrás de uma arma eletromagnética. Eles deveriam entrar na surdina, roubar a arma e trazê-la de volta, porém Dominic traiu todos, causou um acidente com Luke e fugiu do local, deixando todos para trás.
Isso não faz o menor sentido.

Redenção - Jakob TorettoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora