Redenção - Jakob Toretto

CAPÍTULO 40

LOS ANGELES, ALGUNS ANOS ANTES

— É uma técnica diferente. — Jack explica com cuidado — Eu preciso que você a faça.

— Isso não parece certo, pai. — Jakob franziu o cenho

— Jakob, olha pra mim. — ele segurou o menino pelos ombros, fazendo-o encará-lo — Eu ferrei tudo, meu filho.

— Mas pai…

— Eu não queria estar recorrendo a você, eu sei que você é só um menino, mas eu preciso da sua ajuda, filho. — os olhos de Jack brilharam

— E se não for seguro? — Jakob insistiu, sentindo uma sensação esquisita

— Na vida, precisamos arriscar. Eu te prometo que vai dar tudo certo, meu garoto. — Jack sorriu para tentar confortá-lo — Eu vou perder essa corrida, vou ganhar o dinheiro que precisamos e vou manter você e seus irmãos em segurança de novo.

Os dois Toretto se encararam e o mais novo acabou cedendo, deixando de lado a sensação horrível que sentia em seu peito.
Enquanto mexiam sob o capô do Charger, Jakob suspirou se lembrando das palavras de Lucy, no dia em que ouviram parte da conversa entre Leda e Jack.

— No dia em que ouvimos parte da conversa, a Lu disse que… — Jakob suspirou — Não, deixa pra lá.

— Pode falar, filho.

— Ela… — ele parecia sem jeito — Ela pediu pra eu não te ajudar a fazer nada de estúpido.

— O amor e a estupidez caminham lado a lado, então quando temos uma família, estamos sempre expostos a situações estupidamente ridículas. — Jack explicou com calma e paciência — E arriscadas, é claro.

— Ela parece achar isso tudo muito esquisito.

— Sabe o que eu acho? — Jack encarou o filho, que regulava a válvula do motor com atenção — Eu acho que ela gosta de você. É isso o que eu acho.

Jakob franziu o cenho e parou o que fazia, encarando um ponto fixo no capô.
Gostar de mim? Depois de ter tentado me sufocar com a almofada do sofá?, os pensamentos de Jakob pareciam confusos.

— E acho que você gosta dela também. — Jack continuou

— Ela é uma criança chata, arrogante e muito tagarela. — Jakob fez careta, voltando a fazer o que fazia antes — Sinceramente, não sei como a Mia aguenta ela.

Jack sorriu.

— Não, eu definitivamente a odeio. — Jakob concluiu

— Sabe o que mais caminha lado a lado com o amor? — o pai instigou — O ódio. São duas faces da mesma moeda.

— Esse tal de amor anda muito mal acompanhado, então. — Jakob debochou — Estupidez, riscos, ridicularização, ódio. Não sei se gosto desse sentimento.

— Gostando ou não, estamos todos à mercê dele. Eu amo você e seus irmãos, você os ama, eles amam você. — Jack dá de ombros

— E são as únicas pessoas que eu pretendo amar na vida.

— Não quer aumentar essa família, daqui uns anos? — Jack encara o filho

Jakob parou pensativo e encarou o pai.

— Ok, talvez alguns filhos. — Jakob sorri — E uma esposa que seja leal e gente boa.

— Sabe se Lucinda pretende se casar, algum dia?

— Pai, que nojo. — Jakob fez careta — Casar com a Lucy seria um pesadelo. Ela vive me tirando do sério.

— Ok, não tá mais aqui quem falou. — Jack riu