Fugitivos

Capítulo 51 - Final Parte 3 - Demian e Vânia

Demian quando saiu da casa levando consigo todos menos Dom e sua mãe, não imaginava o rumo que as coisas tomariam. Só percebeu que sua mãe não estava com grupo tarde demais, não deu para voltar, porque pegaram Vânia desprevenida e ele nada pode fazer a não ser ia atras dela. Depois que despertou da pancada que Jenni deu em todos, se reuniu ao irmão e soube da tragedia, sua mãe estava morta, não teve muito tempo para digerir aquela informação, porque viu que sua amada Vânia estava pálida, sim agora ele sabia, ele a amava. O ferimento em seu ombro não estava curando, seu corpo estava todo marcado com feridas de guerra, e seus olhos estavam no fundo, ela não estava nada bem, pegou a no colo e a levou para seu quarto, então voltou para fora. Viu Dayana se despedir, iria atras de alguém, não sabia quem era, não conseguia prestar muita atenção, só conseguia pensar em Vânia

- Preciso ir.

Foi só o que conseguiu ouvir antes de Dayana virar as costas e entrar na floresta. Dom pediu para Demian ir ver sua amada, ele resolveria a situação com os vampiros, agora ele era o alfa, então se despediu de Dom e entrou. Os corpos de sua mãe e pai, já tinham se desintegrado, mas ao passar pela sala não pode evitar a dor que sentiu em seu peito, em um único dia havia perdido sua amada mãe e seu pai, mas em compensação ele estava com sua companheira, ainda não tinha marcado ela, mas faria o mais rápido possível não queria perder tempo. Deu ordens a alguns empregados para arrumar a bagunça e então subiu.

Abriu a porta do seu quarto e foi ate sua cama, onde Vânia estava deitada, sentou ao seu lado e tentou acorda-la. Depois de varias tentativas, finalmente abriu os olhos.

- Vânia! A finalmente, você está bem?

Vânia mal conseguia abrir os olhos, estava fraca, sua boca sem cor, seus ferimentos ainda estavam abertos.

- E-e-eu...

Então passou algo terrível pela cabeça de Demian, ele não tinha visto Vânia se alimentar nenhuma vez, está certo que não passava todo o tempo com ela, mas e se o motivo fosse esse de suas forças não voltarem? Ele não sabia quanto tempo um vampiro conseguia ficar sem sangue, mas sabia que isso poderia ser fatal.

- Vânia, Vânia, me escute, quando foi a ultima vez que se alimentou?

- umm... doisss.

- Dois dias.

- Semanaaaas.

- O que? Duas semanas? Você pode ficar tanto tempo sem... sangue?

- Não.

- Oh pelos céus!!! Onde vou conseguir sangue fresco pra você agora? Todos os animais dessa área fugiram por causa da batalha.

Demian olhou para o próprio pulso, com suas presas abriu um corte profundo e então levou a boca de Vânia.

- Não... Eu não... Você.... me odeia.

- Não seja ridícula, tome ou vai morrer.

Levou seu pulso a boca de Vânia, e forçou seus lábios, ela não tinha força para lutar, então quando sentiu o sangue espesso e delicioso de Demian tocar sua língua foi como ir ao paraíso. Depois disso não conseguiu mais controlar a fome, suas presas perfuraram a pele do lycan, uma força fantástica invadia seu corpo com cada sugada, o sangue de Demian corria pelas suas veias como lava, seus ferimentos curaram no mesmo instante, sua força foi restaurada, e um desejo incontrolável pelo lycan tomou o lugar da fome, ela o queria, ela deseja Demian mais do que tudo o que já quis na vida. Sentiu a umidade entre suas pernas aumentar, algo selvagem despertava dentro de seu peito, resolveu que não iria mais segurar seus sentimentos por Demian, se libertou, e assim que tirou suas presas do pulso do macho ao seu lado, não soube como, mas em seguida estava em seu colo, com seus lábios cheios de sangue colado nos dele.

Quando Demian empurrou seu pulso nos lábios de Vânia, não imaginou que a sensação seria a melhor que já tinha sentido, pensou que seria algo repulsivo, que o deixaria enojado, mas foi totalmente o oposto, sentia as sugadas e as lambidas de Vânia como algo sexual, que despertava todo o seu corpo, teve que segurar o impulso de toma-la ali, daquele jeito. Estava indo bem ate que sentiu o cheiro da excitação de Vânia, e seu controle foi para o espaço. Logo que Vânia largou seu pulso e o beijou, tudo o que conseguia pensar era que, ela nunca mais tomaria de outra fonte que não fosse suas próprias veias, ela era dele, e tudo nela lhe pertencia, ele lhe daria tudo, ate mesmo e principalmente, seu sangue seria dela.

Vânia rasgou as roupas ensanguentadas de Demian e as suas próprias, precisava dele. Demian a olhou faminto, nada mais no mundo importava, queria Vânia, ela era dele, e ele para sempre seria dela. Beijou cada centímetro de seu corpo, seus corpos se encaixavam perfeitamente, e quando finalmente enterrou seu corpo no dela, soube que jamais conseguiria ficar longe de Vânia. Então chegou o momento de marca-la, beijou seu ombro e então cravou suas presas ali, o que Demian não imaginava era que ele também seria marcado, enquanto ele mordia o ombro de Vânia, Vânia mordia o seu, e no final ambos ostentavam as marcas de seus companheiros.

Deitado em sua cama com Vânia descansando em seus braços, Demian sabia que nunca tinha sido tão feliz como naquelas últimas horas. Passou suas unhas pela lateral do corpo de Vânia, fazendo seu corpo se arrepiar inteiro.

- Acabou o descanso, preciso de você, e tem que ser agora.

- Tirou as palavras da minha boca.

- Ahhh minha querida, quero muito mais do que palavras na sua boca.

Fizeram amor novamente, antes de Demian levar Vânia para um banho.

- Depois do banho irei embora.

- Porque? Achei que ficaria comigo.

- Aqui não é minha casa.

- É sim, o que é meu é seu também. A não ser que você não me queira.

- Não fale besteiras. Eu o amo, desde o dia em que eu e a Dayana tiramos você da prisão.

- Se me lembro bem, você me atacou naquele mesmo dia.

- Sim, pra você ver o quanto te amo, é que você ainda está vivo.

- Hahah ah minha vampira deliciosa, você não vai a lugar algum, ficara comigo para sempre, não deixarei que parta.

- Mas essa casa era do seu pai, ele acabou...

- Shiii, por isso mesmo deve ficar, leve isso como uma compensação pela sua perda, sei que nada no mundo pode compensar o que o meu pai fez, mas aceite essa oferta como uma pequena parte dessa dívida, e me aceite também como seu, para fazer o que quiser.

- HUmmm eu aceito a proposta, só a parte de você ser meu para fazer o que quiser. Sobre a casa, não preciso de compensação Demian, só o fato de saber que ele está morto, já está de bom tamanho.

- Então você fica comigo.

- Sim, eu fico com você.

E enquanto a água do chuveiro lavava a sujeira de seu corpo, Vânia sabia que finalmente tinha encontrado um lar. Demian, ela só precisava dele e de mais ninguém.