Capítulo 11 - Guerreiro

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Dom saiu de casa porque queria falar com sua mãe. Ela tinha lhe feito prometer que passaria o dia com ela, Dayana tinha comentado sobre o favor que ele havia pedido então era claro que sua mãe estava curiosa. Mas não era só por isso que Dom estava indo encontra-la, ele estava com saudades e queria que sua mãe fosse a primeira a saber da novidade. Sim agora ele assumia para si mesmo que era verdade, ele tinha encontrado sua soulmater, sua alma gêmea. Dom sempre duvidou que isso existia, até mesmo seus pais ele duvidava, achava mesmo que se tratava de algo carnal, mesmo vários lycans já terem encontrado, ele achou que era conversa, como isso seria possível, um lycan saber de imediato que a fêmea em questão era para sua vida toda? Até que Jennica apareceu. A princípio achou que era só sentimento de cuidado por tê-la achado na floresta sozinha e ferida, mas agora ele sabia em seu coração que ela era sua soulmater, ela era sua fêmea, e ele não via a hora de marca-la. Depois que ela carregasse sua marca ninguém mais poderia fazer nada de mal sem pagar as consequências. Ele sempre a defenderia com sua própria vida, não que ele já não fizesse isso, mas depois que a fêmea tem a marca tudo se torna mais forte e eterno.

Chegou no local onde tinha marcado com sua mãe, ela queria que ele fosse para casa, mas ele não queria ver seu pai, então marcou em uma cafeteria na cidadezinha que ficava entre os locais que cada um deles morava.

Dom desceu do carro e foi o estabelecimento, era um lugarzinho pequeno e simples, mas era aconchegante, Jen iria adorar aquele lugar. Prometeu em silencio que a traria ali assim que possível.

- Oi mãe.

Dom foi até a mulher loira alta e esbelta que estava sentada em uma mesa. Ela era muito parecida com Dom, só os olhos que eram de cor diferentes, os dela eram de um tom de verde escuro, ela era tão linda quanto os filhos.

- Oi meu filho amado, quanto tempo. Estava morrendo de saudades.

A mulher foi até ele e o abraçou.

- Cadê minha nora?

- A Day andou falando demais pelo visto.

- É mentira?

- Não necessariamente.

- Então tem uma mulher?

- Tem sim mãe.

- Espera aí filho, você já me conta tudo. Garçom, me traz um capuccino e pra você querido?

- Quero um chá, por favor.

- Algo para comer?

- Não obrigada.

- Pra mim também não.

- Ja trago.

- Obrigada.

Alguns minutos depois o pedido foi servido e os dois voltaram para o assunto que tanto estava empolgando sua mãe.

- Então meu bem, me conta como a conheceu? Ela é sua soulmater? Ja a marcou?

- Ela é sim mãe, mas ainda não marquei ela.

- E o que está te impedindo?

- Quero conquista-la primeiro.

- Ela Não o ama?

- Ama sim mãe, pelo menos acho que sim, mas tenho que ter certeza.

- Entendo.

Dom contou toda a história para sua mãe, desde a floresta até o dia atual, ele estava animado em falar tão abertamente de seus verdadeiros sentimentos com alguém, sua mãe era uma boa ouvinte.

Os dois passaram o dia todo juntos, quando Dom se despediu já estava escurecendo.

- Tchau mãe se cuide. Amo você.

- Tchau meu querido, por favor promete que vai pensar sobre meu aniversário?

- Prometo mãe.

- Ótimo!!

- Manda um beijo para Day e um oi para o Demian.

- Pode deixar. Te amo meu anjo. Se cuide ta. E ve se aparece logo com a minha nora, não vejo a hora de conhecê-la.

- Pode deixar mãe. Mas mãe me promete que não vai falar para ninguém por enquanto, até eu marca-la pelo menos.

- Ta bom querido. Não contarei para o seu pai se é esse o problema.

- É sim.

- Pode ficar tranquilo.

- Te amo.

- Também te amo.

Dom tinha passado um dia ótimo com sua mãe, não sabia que sentiria tantas saudades dela até vê-la. Estava feliz porque além de ver sua querida mãe tinha falado finalmente sobre sua amada, e agora estava indo encontra-la, tinha sentido falta daqueles olhos castanhos o dia todo.

Quando chegou em casa antes de entrar já sentiu que algo estava errado, era noite e a cabana estava silenciosa. Entrou correndo e não tinha nenhum sinal de Jennica, o que tinha acontecido? Farejou o ar e encontrou o cheiro dela indo em direção a floresta. Não fazia sentido, ele não tinha deixado bem claro que não era para ela ir na floresta? Seguiu seu faro e viu a cena que gelou seus ossos. Jen estava parada no meio da clareira, tremendo de medo, ele conseguia sentir o cheiro do medo dela e ao seu redor vários carniceiros, criaturas carnívoras, mistura de lobo e demônio. Tinha veneno em suas presas, eram muito violentas e sanguinárias, eram letais. Dom saltou de onde estava, se transformando em pleno voo, aterrissou bem em frente a Jennica.

FugitivosWhere stories live. Discover now