botão de rosas.

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Macau acordou depois de ter dormido a noite inteiro, Kavin havia o dado um de seus remédios para dormir quando chegou. Ele sabia que estava horrível noite anterior, mas quem não estaria depois de tudo.

Sabia que conversario com Porchay, perguntaria mas também falaria pelo que estava passando, se futuramente teremos um relacionamento teria que ser limpo e verdadeiro, sem esconderem nada um do outro.

--- Finalmente acordou, pensei que tinha te matado.--- Kavin saiu do banheiro vestido com roupas largas, costumava ver ele assim apenas quando estavam em sua casa.--- Fiz café da manhã, pode esquentar.--- se sentou no lado vazio da cama pegando o celular.

Noite anterior, em vez do destino ser a mansão do senhor Tung, acabou indo para o apartamento secreto de Kavin onde o mesmo ficava na maioria do tempo.

--- Porchay não parou de ligar a noite inteira.--- jogou o celular de Macau ao lado dele.--- Tive que desligar o seu e o meu.--- bufou, já que agora tinha várias mensagens chegando.

--- Está muito tarde para ir a escola.--- voltou a se deitar na cama ao ver que se passava das 10h no celular.--- Vou conversar com ele, irei o buscar na escola.--- jogou o celular ao lado, respondeu apenas o irmão e ignorou o resto.

--- Você é quem sabe.--- deu de ombros, bloqueou o celular e se deitou do mesmo jeito que o amigo, de barriga para cima.--- Você realmente confia em Porchay, certo?--- perguntou curioso olhando o amigo pelo espelho do teto.

--- Confio, porque?--- Macau enrrugou a testa vendo a feição duvidosa de Kavin.

--- Eu respeito todos os seus relacionamentos, Macau, mas Porchay parece ser meio incerto ainda...--- respirou fundo sem desviar o olhar.--- Você pode dar a ele o céu e o mundo mas enquanto esse pouco de amor que ele sente pelo Kimhan existir, sempre haverá um incerteza.--- explicou baixo, tentando soar calmo para não irritar o amigo.

--- Eu me sinto bem inseguro, o que é uma merda...--- Macau riu amargo.--- Mais se eu não confiar, como podemos ter um relacionamento? Amor não salva tudo Kavin, todos sabemos, fomos ensinados desses jeito.--- apontou para eles dois.--- No mundo que a gente vive, o amor é uma jogada de mestre usada para enganar e subir nisso, é a coisa mais falsa que convivemos...--- respirou fundo.

--- Mais você reza que o amor de Porchay não seja uma cartada final.--- Kavin sorriu de leve.--- Eu também espero.--- revelou.--- Ele pode não ser um de nós, não ter sido criado como a gente mas a incerteza que ele carrega vai ser a cartada final...--- virou a cabeça para o lado esquerdo, fez com que o outro também o fizesse.--- Sua, ou a de Kimhan.--- falou sério.

--- Eu acho que não vou aguentar se a carta for minha, sabe...--- Kavin se deitou de lado, apoiou a cabeça na mão e encarou Macau.--- Eu o amo muito, amo ao ponto de abrir mão de Porchay para ele ter sua felicidade.--- revelou. --- Porque em uma escolha entre nós dois, eu sei que não teria chance.--- uma lágrima solitária caiu pela lateral do rosto de Macau, Kavin rapidamente a limpou.--- Mais se um dia isso acontecer, eu sumo, Kavin, eu vou embora e o deixar livre de mim e tudo que seja relacionado a mim.--- Kavin se aproximou e puxou Macau para perto o abraçando desajeitadamente.

--- Eu sempre estarei ao seu lado.--- beijou o topo da cabeça do menino que estava encolhido em seu peito chorando.

Macau era apenas uma crianças que tem responsabilidade demais, com uma infância que só não foi tão ruim porque tinha seu irmão ao seu lado.

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17h30m da tarde, escola.

Macau estacionou o carro em frente a escola, dessa vez não tinha nenhuma segurança com ele já que não tinha sequer voltado para casa e o carro que usava era o de Kavin. Ele pode avistar Porchay descendo a pequena escadaria juntos dos dois amigos, saiu do carro deixando o celular lá dentro e andou até o outro.

Família A Parte [Macau+Kim+Porchay] (Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora