19. A Despedida

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Todos começaram a conversar e eu me sentei na frente da fogueira, as horas se passaram e quando dei por mim o sol já estava amanhecendo, senti alguém atrás de mim.

-Parece que nossa ação teve uma reação. Era a voz de Ian –Sabe... parece que eu imaginava que algo assim aconteceria, quando eu fui pegar os papeis eu roubei isso do seu quarto para ler.

Ele se agachou atrás de mim e estendeu seu braço, nele estava o diário da minha mãe.

-O diário? Sorri e o agarrei agradecendo-o.

-Obrigado Marina por fazer isso pelo meu pai, eu nunca esquecerei o que você fez.

-Eu nunca esquecerei o que o tio Oliver fez pela minha mãe, sem ele meus pais não teriam se conhecido.

Nos abraçamos e o meu coração começou a acelerar, rapidamente nos afastamos, entramos na casa e vimos vovó chorando nos ombros do tio Oliver, a noite havia sido longa então fui para o quarto da vovó dormi um pouco.

Ao acordar desci para ver como estava o clima, Bella e Ethan estavam com suas malas e da parte de cima escutei a Sara falar.

-Obrigado Manami, iremos ficar aqui, sim, eu não sabia de nada, ele sempre estava fora de casa.

-Não precisa se desculpar, eu fui culpada de não ter visto antes, os meninos podem ficar no quarto que eram de Oliver e de James.

Desci as escadas e as atenções foram voltadas para mim, vovó me chamou e fui até ela.

-Seu pai tem razão, você puxou tudo da sua mãe, principalmente o senso de justiça. Vovó sorriu para mim

-Eu sei que fiz errado, mas gostaria de saber o que vai acontecer com o tio James, ele vai ficar preso?

-Sim! Oliver foi até a delegacia e explicou sobre a fogueira no quintal, Manami apenas ligou para a polícia avisando sobre perturbação da ordem. Disse Sara

-Sobre ele ter roubado e enganado a todos ele irá preso, só que antes irão investigar, por hora os bens dele estarão bloqueados, isso significa que eu e as crianças iremos morar aqui por um tempo.

-Por enquanto ele ficará atrás das grades até conseguir um habeas corpus. Disse vovó chateada.

Darwin apareceu com as suas roupas de trabalho e vovó pediu para ele não usar mais as roupas de empregado.

-Darwin não use mais essas roupas, por favor isso irá me envergonhar mais.

Eu fui até o quarto da minha mãe e lá só havia a cama e no closet a minha mala, me troquei e por mais estranho que parecesse eu senti alguém no quarto, uma vibração de acalanto, minha mala estava feita, o diário da minha mãe já estava na mala.

-Esse quarto me traz muitas memórias da minha filha, eu sempre eduquei ela para ser uma dama, e realmente ela foi, eu sempre amei Cecilia, eu apenas não gostei dela ter se casado jovem e gravida, era uma criança ainda.

Disse uma voz vindo da porta, ao me virar era a minha avó. –Sabe Marina, por mais que eu nunca tenha gostado do seu pai, eu realmente me orgulho do que ele fez, assumiu um filho, se casou e cuidou da minha filha e deu todo o amor que ela precisava, mas ele tem um outro lado, traiçoeiro, aquele tipo de pessoa que faria de tudo para conseguir tudo o que quer a qualquer custo.

Já não estava em condições de defender o meu pai, vovó insistiu que eu descesse para almoçar, ao descer o tio James se encontrara na sala cabisbaixo, ao me ver ele não disse nenhuma palavra, o silêncio ecoou até a empregada nos chamar para almoçar.

O clima havia mudado, todos ficaram de pé enquanto vovó dizia sobre os lugares. –Hoje terá mudanças onde nos sentamos, não quero mais que o James sente perto de mim, quero que Oliver se sente e do outro lado Darwin, e o resto continua no mesmo lugar.

-Mãe? Disse tio James com um olhar triste.

-Não fale comigo, James, por enquanto eu apenas te peço isso.

O almoço foi servido e todos comeram quietos, após o almoço todos se reuniram na sala e tio Oliver foi o primeiro que quebrou o gelo:-Marina, desde que você chegou tudo mudou nessa casa, o pedaço que faltava havia voltado, era como se sua mãe estivesse conosco, você me fez recordar muita coisa que eu havia esquecido. Tio Oliver me abraçou e em seguida sua esposa também.

Darwin me abraçou e disse:-Já que você está indo embora, eu não poderia deixar de tomar a coragem e dizer... VOCÊ É MUITO FODA.

Ian veio até mim e apertou minha mão e apenas disse tchau e se virou subindo as escadas, Bella me abraçou forte e com um sorriso não conseguiu dizer nada.

Diferente de Ethan que me abraçou fortemente e falou baixinho:-Eu sempre estarei aqui, se um dia quiser sair comigo para conversarmos ou namorarmos pode me chamar, dispensarei qualquer garota que eu estiver por você, boa viagem e desculpa pelo, o que meu pai fez.

No fim da sala estava o tio James, com a cabeça baixa encarando o chão com muito peso em sua consciência, antes de ir até a porta me dirigi até ele.

-Tio James.

Ele parou de encarar o chão e seu olhar subia lentamente, não me encarando totalmente.

-Eu lamento o que fiz, eu destruí a sua vida e a vida da sua família, me desculpe, enquanto a fogueira queimava ontem eu percebi que eu deveria não ter me metido...

-Marina! Fica quieta, eu errei, eu fiquei cego de ganância, destruí a vida do meu irmão, o maltratei e o humilhei, ele próprio me tirou da prisão e ainda me perdoou, por favor não vem se fazer de vítima e culpada comigo, eu que te devo desculpas, eu pisei e destruí as memórias da minha irmã, lamento muito tudo isso, tenha certeza se você não tivesse me parado, eu conseguiria fazer coisas muito piores.

Por impulso eu o abracei, ele logo correspondeu ao abraço e confesso que também derramei lagrimas, caminhei até a porta e vovó me abraçou e pediu para eu ter cuidado.

Como combinado há alguns dias o jatinho estava à minha espera em um hangar da família, Darwin me levou de carro, já não trajava mais seu uniforme de motorista, estava como um garoto que havia ganhado um carro de seus pais, ao chegarmos no hangar Darwin colocou minha mala no jatinho e me abraçou novamente, adentrei com um alivio na minha cabeça.

Liguei para o Vlado confirmando minha presença na gravadora, o piloto veio até mim e disse:-Boa tarde Senhorita Marina, como pediu eu não contei nada para o seu pai, iremos direto para a ilha?

-Não, iremos passar primeiro na cidade dominó, eu preciso ir para a gravadora.

Ele sorriu e deu partida no jatinho.

"Se prepare pai, eu estou chegando em poucas horas, o que você fez para o avô do Yugi para ele passar mal? Qual motivo oculto você teve para fazer esse torneio? Irei descobrir tudo, quem você é de verdade, pai?"

Na ilha

Yugi, Téa, Joey e Tristan acabam de sair da caverna onde Yugi e Joey enfrentaram Para e Dox.

No castelo, Pegasus assistia tudo de camarote até que uma vídeo conferência foi aberta em sua sala, ele estava paciente sentado em sua poltrona de luxo com uma taça de vinho em uma de suas mãos.

-Senhor Pegasus, como o senhor previa, sua filha já está a bordo do jatinho, quer que eu dê continuidade ao plano?

Pegasus olhou profundamente para a sua taça de vinho e após tomar um gole disse ironicamente:-Continue com o plano sim, minha filha não deve pisar na ilha enquanto seus amigos estiverem aqui, não enquanto eu não botar as mãos na empresa de Seto Kaiba.

Pegasus sorriu e tomou mais um gole de seu vinho, enquanto seu olho do milênio brilhara por alguns instantes.

O Diario de Marina PegasusWhere stories live. Discover now