16. Novo Aliado

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Dia seguinte acordei com um sino tocando do meu lado, com os olhos ainda fechados escutei uma voz. –Acorda Marina, temos que ir à fábrica agora enquanto o Darwin saiu.

-Ele não iria nos levar até lá?

-Ia, mas rolou um problema na faculdade, vamos logo antes que a vovó ou ele chegue aqui. Ian falou tirando a coberta de cima de mim e me puxou para o banheiro e fechou a porta, por pouco não cai no chão.

Em pouco tempo estava pronta, mal tive tempo de trocar de roupa, Ian já foi me arrastando para o carro.

-Você é tão apressado, espere um pouco. Disse cansada

-Temos pouco tempo, vamos tirar fotos e quero que você se fantasie para entrar lá dentro. Ian disse me entregando uma peruca preta e um uniforme de bandeirantes.

-Você está de brincadeira? Disse pasma

-Não! Estou falando serio. Entramos no carro e fomos em direção a tal empresa.

Ao chegarmos perto, Ian mandou estacionar no outro lado da rua.

-Pronto Marina coloca a peruca e essa fantasia e finge que vai vender biscoitos.

-Ian você por acaso acha que somos do FBI? Ou as panteras? Embora isso seja uma investigação seria, somos apenas dois adolescentes, não pire demais nisso. Disse tentando coloca-lo em seu lugar.

-Você não estraga o meu barato, enquanto isso vou tentar tirar fotos, mais tarde irei à empresa da vovó fazer uma visita ao tio James, vou te dar um microfone e uma escuta, a frase secreta é "tenho bolinhos de coco também".

-Chega! Você é louco, vou me vestir e vou só isso. Abri a porta do carro com a roupa e me troquei ali mesmo, ele se vestiu como um motorista, colocou uma mini barba, um óculos escuros e um keep e abriu o porta malas pegando várias caixas de biscoitos e de bolinhos, me entregou num carrinho de mão americano e fui até o outro lado da rua.

O medo em meus olhos expressava que algo estava errado, a cada passo que eu me aproximava daquele grande terreno o meu coração acelerava, cheguei perto daquele grande lugar e um segurança colocou o braço em minha frente.

-Vai á algum lugar?. Disse o segurança olhando para mim

-Sim, sou das bandeirantes, a minha escola irá fazer um passeio para o Japão e tenho que vender essas caixas de biscoitos e bolinhos para eu poder ir, o senhor gostaria de algum? Olhei com grandes olhos de animes para impressionar.

-Se eu comprar 3 caixas você vai embora? Disse ele educadamente

-Só três caixas? Eu estava pensando em entrar e vender para os outros homens que tem ai.

-Aqui é um lugar restrito, não posso deixar você entrar.

-Por quê? Que lugar é esse?

-Um lugar de diversão para adultos. Disse ele me virando e empurrando.

-Você não vai comprar as caixas? Disse implorando

Ele olhou o sabor dos biscoitos, quando um operário saiu e chamou o guarda, ele me deu o dinheiro, quando estava arrumando as caixas, escutei ele dizer. –Diga para o patrão que está faltando só as tintas para acabar, os caça niqueis já estão funcionando. Fingi que não escutei e o agradeci atravessando a rua.

Ian olhou para mim e tirou uma foto espontânea.

-Essa vai para o mural vergonhoso. Disse ele sorrindo

Dei o dedo do meio para ele e bateu outra foto. –E essa para o meu arquivo pessoal. Disse ele dando risada. –O que você descobriu lá?.

-Sim ao que parece é um cassino, mas não sei quem é o proprietário, se estiver certo é o tio James.

-Vamos para a casa, eu irei à empresa enquanto isso tenta achar algo mais no computador.

Entramos no carro e o motorista nos levou para a casa, tirei a roupa de bandeirantes no carro e sai como se nada tivesse acontecido.

Fui para o quarto e olhei para o diário de minha mãe, meu celular estava morto sem nenhum sinal, escutei batidas na porta e abri.

-Oi Marina. Era Ethan bronzeado parecendo uma cenoura.

-Oi Ethan, você está diferente. Falei estranhamente

-Você notou? Eu sabia que notaria, quer almoçar?

-Claro.

Sai do quarto e nos dirigimos até a sala de jantar e não havia nada, Ethan não parou de caminhar e fiz o mesmo olhando até onde ele iria, ao chegarmos na piscina observei uma mesa com comidas típicas latino americanas e uma mesa para nos sentarmos, estranhamente só haviam dois lugares.

-Ethan por que só existem dois lugares?

-Só nós dois iremos almoçar aqui. Ethan levantou sua sobrancelha direita.

-Ethan, desculpa eu te falar isso, eu sei que nos conhecemos a pouco tempo e isso está me deixando constrangida, você bronzeado assim todo laranja e suas sobrancelhas assim... você está parecendo um Oompa-Loompa, eu não quero te magoar, mas não estou afim de você, além disso, somos primos. Falei com um pouco de medo.

Falei isso em pensamento, com medo dele me achar a pior pessoa do mundo, apenas me sentei á mesa com ele enquanto nos serviam.

-Você é encantadora Marina. Disse Ethan a cada garfada que eu dava em minha comida, fiquei sem graça.

-Ethan seu pai trabalha na empresa da nossa família?

-Sim, meu pai é o atual presidente dela, nossa avó só vai fazer algumas vistorias por lá.

-Seu pai já tentou abrir alguma outra empresa?

-Claro que não! Meu pai mal tem tempo com a empresa da família, imagine abrir outra.

Ethan terminou o almoço com o seu rosto todo sujo, naquele momento perdi o resto de fome que eu tinha, Ethan me levou até o meu quarto e fechou os olhos e fez um biquinho de beijo, rapidamente disse tchau e bati a porta em sua cara.

Olhei meu celular e haviam 6 ligações do Ian, depois chegou uma mensagem do próprio Ian. "Marina, eu achei os arquivos do meu pai e você não vai acreditar... a assinatura do seu pai está nele como um dos sócios e dono principal".

Não podia acreditar no que li, meu chão naquele momento desmoronou.

O Diario de Marina PegasusWhere stories live. Discover now