9. Recepção em Casa

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Andei até a escola sem realmente prestar atenção no caminho. Lá e via de longe dois meninos duelando, um deles era o Bakura. Observei-o e notei o colar que ele usava. Alguma coisa nele chamava minha atenção, não sei por quê.

Peguei o jatinho e voltei até a ilha. Meu pai me esperava na porta do castelo com uma cesta em mãos, havia chocolates importados e um urso de pelúcia com a escrita "Feliz Aniversário" meu humor não era dos melhores, eu não significava nada para o meu pai realmente, sua fama e seus status estava me fazendo perceber que se eu não existisse não faria diferença, sua vida estava feita, eu ainda não tinha vida, mas iria ter. — Marina me desculpa eu tive que fazer uma visita de negociações sobre as ilusões industriais, mas eu sei que você se saiu muito bem.

— Eu vejo com meu olho que você está mentindo pai! Não se preocupe foi boa, eu irei pro meu quarto descansar, e você pai o que consegue enxergar?. Peguei a cesta de sua mão e sai em direção a entrada do castelo, meu pai ficou em pé e o seu olho do milênio brilhou. Passei o resto do dia pensativa em meu quarto, com uma caneta e um bloco de notas tentando escrever algo. A noite eu fui decidida e peguei meu celular e liguei para a Téa. — Alô?

-Oi! Téa, é a Marina tudo bem?

— Sim e com você?

— Estou bem, eu decidi que amanhã eu vou fazer o teste na gravadora daquele homem! É a chance de eu ter minha história, é a chance de Marina existir nesse mundo, o mundo que meu pai escondeu.

— Eu fico feliz amiga! Eu te dou apoio, amanhã depois da escola eu irei com você, só não deixa o Joey saber disso, ele vai pirar. Téa riu.

— Pode deixar, não vou contar para ele.

— Téa vou ir tomar banho e jantar, estou tentando dar um gelo no meu pai, mas parece que não adianta, beijos minha linda. Desliguei o telefone e fui me banhar, deitada na banheira só com a cabeça de fora tentando lembrar de tudo o que ocorreu até agora eu não conseguia tirar da minha cabeça o fato de Seto Kaiba estar sempre aparecendo nas horas improprias, meus pensamentos começaram a entrar em conflito, lembrei do beijo com o Joey e o aniversário.

Me troquei e desci para jantar, na vasta mesa na sala de jantar só estava eu sentada na típica ponta onde eu sentava, já meu pai não estava na mesa, o empregado colocou meu prato tampado em cima da mesa e retirou, sopa de legumes estava no cardápio. –Louis!. –Sim senhorita Marina?

— Onde está meu pai?

— O Sr. Pegasus saiu para um encontro de negócios com alguns administradores.

— Mas a essa hora? Pelo menos posso descansar em paz, Louis leve a sopa para o meu quarto, como o general não está aqui jantarei no meu recinto.

Me levantei e fui para o quarto, liguei a televisão e começou a passar uma novela; estranhamente o nome da protagonista era Marina, deixei para ver se as "Marinas" coincidiam a sofrer o mesmo destino amoroso, perai? Destino amoroso? Não poderia estar apaixonada por ele, afinal era o começo dos meus problemas.

— Senhorita Marina! Aqui está o seu jantar, permita-me informar seu pai mandou um recado, irá passar alguns dias fora.

— Tudo bem Louis! Louis se retirou e jantei vendo aquela novela, a Marina da novela tinha o mesmo drama que eu, seus pais nunca estavam em casa e vivia sozinha até que conheceu o homem da sua vida, clichê barato como sempre.

No dia seguinte acordei cedo e fui para a escola o jato pousou no terraço e pela primeira vez os olhos de todos se voltaram ao meu jato, todos correram até o local e quando eu sai todos me encaravam como lobos famintos ao perceber que era eu todos viraram as costas e desceram novamente, em meio a multidão reparei que até o Seto Kaiba estava junto, ele era um dos poucos em toda a escola a ser tão alto ficava evidente, desci e encontrei meus amigos antes que pudéssemos trocar alguma palavra o professor de física entra empolgado.

— Bom dia! Alunos, vocês estão animados para as férias escolares? Aproveitem bem essas 2 ultimas semanas, quando voltarem teremos muita tarefa pela frente.

Todos comemoraram exceto... sim... exceto Seto Kaiba, consegui observa-lo pelo meu espelho de maquiagem que coloquei em sua direção fingindo me olhar.

As aulas passaram normalmente e só tive contato com meus amigos no intervalo, todos se juntaram na cantina.

— Como está Marina?

— Estou bem Joey! E você como está?

— Melhor agora.

Téa me pegou pelo braço no exato momento que Joey iria me beijar e me levou para o banheiro. — Obrigada Téa não sabe como eu fico aliviada.

— Marina gravaram você saindo do jatinho e sabe o que é pior? Sabem que você é a garota do vídeo de música, acho melhor irmos logo na gravadora, pois você vai correr sérios problemas.

— Que problemas?

— Hã? Repórteres invadindo a escola para falarem sobre o sucesso do seu vídeo, quererem saber a sua história, acho bem melhor irmos à gravadora ver o que esse tal de Vlado ele pode te ajudar.

— Então vamos agora sair de fininho. Téa e eu tomamos muito cuidado ao passar pela cantina, Joey, Yugi e Tristan estavam duelando na sala, pois não estavam na cantina, rapidamente passamos pela secretaria em direção a porta, ao sairmos de longe vimos um balburdio perto dali.

O Diario de Marina PegasusWhere stories live. Discover now