13. Pessoas Inesperadas: parte 2

18 2 0
                                    


— Quem é essa ai? Disse ele olhando para mim.

— Sua prima Maria. Disse o tio James.

— Marina! Disse Sara o corrigindo com uma pequena tosse.

Ele estendeu sua mão e eu fiz o mesmo enquanto ele me encarava com um olhar maldoso. — Sou Ian, você parece ser boba e ingênua, quem olha para você pensa que está com medo de pessoas, você tem algum problema psicológico?.

— Não sou ingênua e nenhum pouco boba muito menos tenho problemas, pois eu percebo que você é um mimado arrogante que não sabe medir palavras para pessoas que se acabou de conhecer, como você pode ser irmão do Darwin? Pois, ele além de ser educado e saber tratar as pessoas bem é bonito. Larguei sua mão e minha avó adentrou a sala.

— Meus queridos a quanto tempo não nos reunimos não é? James meu querido filho, minhas noras Sara e Beth e meus netos Ian, Bella, Ethan e Marina.

Interrompi minha avó dizendo. — Faltou falar do tio Oliver e do seu neto Darwin. Falei cinicamente para ver sua resposta.

— Faltou? Bem... enfim vamos todos nos sentar juntos e almoçarmos.

-O Darwin não virá almoçar conosco? Afinal além de empregado corre sangue seu pelas suas veias, se você negar que ele se junte a nós, é como negar um pouco da nossa família.

Todos arregalaram os olhos em minha direção enquanto minha avó ficava do outro da mesa em pé sem falar nada, logo ela gritou o nome de Darwin que apareceu. — Sente-se ai para almoçarmos. Minha avó logo se sentou na grande mesa que estava dividida meus tios James e Sara com Ethan e Bella estavam de um lado da mesa, do outro lado, estava tio Oliver, Beth, Ian, Darwin e finalmente eu.

— Mãe desculpa não podermos ter vindo ontem aqui para a festa da Marina, eu estava trabalhando na empresa até tarde e os meninos dormiram cedo, ou seja, não podemos ter vindo. Disse tio James

— Não há problema querido, eu sei como é trabalhar muito para sustentar sua família e o cansaço que isso dá. Minha avó encarava tio Oliver dando indiretas.

— Nós não pudermos ter vindo Manami por conta... Antes que Beth pudesse continuar com sua voz tremula de medo, minha vó ressaltou o olhar para ela e disse. — Não se preocupe Beth de inventar respostas para encobrir seu marido, ele deveria estar muito ocupado com a vergonha de ter colocado seu nome na lama.

Todos o encararam enquanto ele permanecia de cabeça baixa, Beth ficou com vergonha e quieta enquanto Ian encarava Darwin quieto. Olhares tomaram conta e o almoço chegou e todos comeram calados, logo tentei puxar assunto,.

— Esse clima familiar eu nunca tive na vida, é bom almoçar com pessoas ao meu redor e vendo elas conversando, embora vocês estejam quietos e briguem no almoço ainda sim conta, vamos todos levantar e fazer um brinde a nossa família.

Todos se levantaram quase sem nenhuma animação.

— Que nossos laços sejam fortalecidos entre todos nós. Quando fui brindar todos se sentaram me deixando com vergonha.

Ethan permaneceu de pé brindando. — Que o laço entre nós dois seja fortalecido gata.

Ethan piscou para mim e me sentei fazendo-o ficar em pé, todos demos o almoço por acabado e não tendo mais nada para fazer subi para o quarto da minha mãe, peguei o celular e tentei ligar para Téa, mas não consegui mesmo tendo ligado várias vezes, a tarde se estendeu e dei uma passeada na piscina e encontrei a Bella e o Ethan.

-Oi! princesa. Disse o Ethan piscando para mim

— Fala Marina, gostando da casa da nossa avó? Disse Bella.

— Não muito, não tem quase nada para fazer aqui.

-Ué! mas diferente de onde você vivia, aqui você tem liberdade se quiser sair um pouco só falar para o motorista que ele te leva para qualquer lugar. Disse Ethan saindo da piscina.

Ele sentou-se do meu lado e Bella fez o mesmo. — Marina quer conhecer algum lugar aqui? Se quiser amanhã podemos ir eu e você.

— E eu? Disse Bella assustada.

— Será que não percebe que estou tentando conquistar ela? Você estragaria tudo desse jeito.

Ethan e Bella começaram a brigar enquanto eu me afastava deles voltando para dentro, como era uma mansão eu me perdi vagando por várias salas até passar por uma grande porta de madeira fechada onde escutei a voz de Ian e do tio James.

— Como está sua vida Ian?.

— Do mesmo jeito tio James se não fossem suas contribuições estaríamos na lama como porcos se alimentando de lavagem.

— O que seu pai anda fazendo? Algum emprego ele tem que ter não é?.

— Não, fica em casa deprimido é patético tio.

— Eu acho ótimo o que sua avó fez com o Darwin, ele tomou uma dívida e uma responsabilidade que deveria ter sido do seu pai, ele é muito esforçado e digno.

— Eu sei tio, se não fosse pelo Darwin nós morreríamos de fome, eu tenho raiva do meu pai por ter feito isso com nossa família.

— Não fale isso Ian, os problemas que seu pai está enfrentando já são fortes o suficiente.

— Você não entende tio se fosse você que tivesse envergonhado e com o nome na lama entenderia.

Tio James abraçou o Ian que estava de costas para a porta e pude perceber o sorriso de falsidade dele, sai lentamente de lá, era horrível perceber que meu tio estava jogando meu primo contra o meu tio, mas por quê?.

Fui para o quarto e tentei descansar um pouco, olhava para cima e ficava inquieta, até que comecei a desbravar as coisas da minha mãe, na penteadeira havia uma gaveta e abri. Vasculhando a gaveta achei fotos da minha mãe junto com seus irmãos quando eram pequenos parecia ter sido a mesma época que havia conhecido o meu pai, olhei atentamente para a gaveta e achei um livro de cara dura, eu o peguei e estava escrito

"Diário de Cecilia"

"Será que conhecerei um pouco da minha mãe? Como será que seria esse encontro de filha e mãe pelas páginas de um diário"

O Diario de Marina PegasusWhere stories live. Discover now