Throne Of Love (Duologia Broken Hearts, Livro 01)

✨ CAPÍTULO 22 ✨

Serena Clausony

Naquela manhã eu acordei com meu marido acariciando meus cabelos. Antes mesmo de abrir os olhos eu sabia que ele estava acordado. Sua respiração estava calma e seu peito quente, que se tornou meu lugar favorito para dormir, subia e descia em um ritmo constante e convidativo.

Gael parecia distraído brincando com meu cabelo, ele nem reparou que eu o estava observando. Seu olhar brilhava e quando ele notou que eu tinha acordado, abriu um sorriso preguiçoso tão indescritivelmente lindo que achei que teria um ataque cardíaco. Esse homem ainda ia me matar.

— Bom dia, linda — murmurou, o sorriso se alargando.

— Bom dia, lindo — murmurei de volta, escondendo o rosto em seu peito exposto.

Seu peito vibrou com uma risada e ele beijou meu cabelo.

— Gatinha manhosa — brincou ele, abraçando-me e aconchegando-se em mim no processo.

— Você é que é um gatinho manhoso — devolvi, sentindo-o sorrir contra meu pescoço.

— Só com você — provocou, beijando minha pele e sua respiração me deixou toda arrepiada.

Eu sorri, deixando um beijo suave em seu peito.

— Você vai comigo ao vilarejo hoje? — perguntei.

Se tornou parte da minha rotina as visitas ao povo e confesso, era o melhor dia da minha semana. Hoje eu planejei fazer uma visita ao sapateiro para pegar as encomendas que fiz e também na modista. Eu encomendei sapatos e roupas em grande quantidade porque o inverno estava chegando e era muito importante todos estar bem agasalhados e calçados.

Gael recuou para encontrar meu olhar e encolheu os ombros.

— Sinto muito, Sunshine — ele se desculpou, o olhar culpado — Tenho uma coisa muito importante para fazer hoje e não posso cancelar.

Eu hesitei, mas depois abri um sorriso, tentando mascarar minha decepção.

— Tudo bem — concordei suavemente.

Eu sabia que ele era importante, o rei, e realmente tem coisas mais importantes para fazer. Eu entendia, só estava meio decepcionada porque me acostumei com nossas visitas ao vilarejo. Gostava de passar esse tempo com ele, de vê-lo com as crianças e como todos ao redor gostavam dele.

— Dá próxima vez eu vou, prometo — ele disse rapidamente, beijando minha testa.

Sorri para ele, assentindo.

— Eu vou me lembrar disso — brinquei e ele riu.

— Estou contando com isso — beijou a pontinha do meu nariz.

Com uma risadinha, eu me preparei para sair da cama, mas Gael segurou meu braço e me puxou de volta. Minhas costas colidiram com o colchão e meu marido apareceu no meu campo de visão. Sorrindo preguiçosamente.

— O que foi? — perguntei, rindo.

— Onde pensa que vai? — devolveu ele e enterrou a cabeça na curva do meu pescoço.

— Estava pensando em levantar, começar meu dia, fazer alguma coisa da minha vida... — murmurei de brincadeira e ele mordiscou a parte onde meu pescoço e o ombro se encontravam, e eu fiquei toda arrepiada.

— Você não precisa fazer nada se não quiser — ofereceu ele, sua voz rouca abafada por minha pele — Aliás, nós não precisamos fazer nada. Podemos passar o dia na cama.

Um frio se instalou na minha barriga e eu abracei seus ombros, sorrindo feito uma idiota.

— Isso não é verdade — argumentei, meu polegar acariciando sua pele — Você tem coisas importantes para fazer, se lembra?