Como um sonho, como a última noite

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De madrugada concretizava-se a intimidade como se de um sonho se tratasse, como um segredo onde duas almas que se amavam profundamente se uniam pelo prazer, abafavam os gemidos e intervalam os beijos com copos de vinho, misturavam-se os sabores do corpo com os sabores do vinho robusto, as respirações sonoras de ambas eram quase que uma harmonia.

 Francisca agarrava com as duas mãos as nádegas suaves de pele branca de Raquel, já rosadas da pressão suas mãos,  sorvia o seu sexo como se de um fruto maduro e sumarento se tratasse, Raquel sentia-se quente, não conseguia esconder o suor e o tom róseo da sua face, tinha dificuldade em conter os gemidos e desafazia-se em sons fragmentados cada vez mais desesperados à medida que Francisca continuava o exercício-amor, já perto do abismo segurou a cabeça da amante com as mãos, não conseguiu conter o último gemido preso na garganta e desmanchou-se libertando o mais doce suco do amor nos lábios da mulher que amava. 

"És deliciosa!" a voz grave de Francisca soou já meio embriagada pela excitação e pelo álcool.  

Depois posicionou o seu corpo em cima do da amante de maneira desesperada e entrelaçou as pernas com as suas, deixou que o seu sexo se unisse ao de Raquel e nele escorregasse até ao êxtase, libertando um gemido grave a anunciar o fim.

Como se fosse a última noite, como um sonho lindo. 




A Liberdade de amarWhere stories live. Discover now