Eu sei que isso é errado, mas não consigo me impedir quando se trata dele.
Minha mãe merece ser feliz depois de perder meu pai há mais de uma década. Mas seu novo relacionamento feliz vem com um problema.
Seu nome é Alexander, meu novo meio-irmão, e...
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Magnus
1 mês depois
— Eu tenho algo para contar para você. — eu digo, tomando um gole da minha bebida e olhando para o meu melhor amigo, Simon.
Estamos no apartamento dele jogando videogame e bebendo vinho. Bem, Simon está bebendo vinho. Eu estou bebendo uma Vodka-Cola e sendo assassinado na tela.
Mais ou menos como meu coração se sentiu no mês passado. Mas isso é simplesmente patético porque foi tudo minha escolha. Achei que era o certo a fazer na época, mas à medida que os dias se transformam em semanas, não tenho mais certeza.
Repassei isso uma centena de vezes na minha mente, e não sei qual é a resposta certa. Tudo o que sei é que tenho essa sensação de que cometi um erro.
A sobrancelha de Simon se arqueia e ele se inclina para mim, seu controle de repente esquecido e descartado em seu colo.
— Oh, graças ao anjo. Você tem guardado um segredo e eu estou morrendo de vontade de saber o que é. Raphael me disse que eu precisava ser paciente, mas você sabe que eu não sou paciente.
Eu bufo e tomo outro longo gole da minha bebida e olho para ele.
— Onde está seu marido?
— No trabalho. Ele estará em casa em breve. Então, você tem algum tempo para colocar tudo para fora. Todos os detalhes sujos e suculentos. E deixe-me dizer a você, eu quero todos eles, Magnus.
Eu coloco meu controle para baixo e me inclino contra o sofá, passando minhas mãos pelo meu cabelo.
Porra, por onde eu começo? Este mês inteiro foi um show de merda. Eu sinto como se estivesse me arrastando em autodegradação. O tempo está se movendo muito devagar e estou tão confuso sobre tantas coisas.
— Então, você já meio que adivinhou... mas lembra quando Alexander e eu ficamos presos na neve...?
— Como eu poderia esquecer? Achei que você tinha morrido. E me deixe apenas te lembrar de que você demorou para me responder, o que eu nunca, nunca vou esquecer.
Eu olho para ele e ele acena com a mão como se dissesse vá em frente.
— Sim, bem... algo aconteceu lá...
— Ah, foda-se sim! Por favor, me diga que vocês dois dividiram um saco-cama. A proximidade forçada é fogo.
Simon está abanando o rosto, parecendo corado e eu reviro os olhos.
— Aguente firme, Si. Você não está transando o suficiente ou algo assim?
— Deus não. Raphael está com tesão o tempo todo, e minha bunda está dolorida, mas isso não é sobre mim. Eu preciso saber. Vocês ficaram pelados para sobreviver? — ele pergunta, se inclinando para mais perto de mim. — Me conte. Minta para mim. Apenas diga sim.
