Eu sei que isso é errado, mas não consigo me impedir quando se trata dele.
Minha mãe merece ser feliz depois de perder meu pai há mais de uma década. Mas seu novo relacionamento feliz vem com um problema.
Seu nome é Alexander, meu novo meio-irmão, e...
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4 meses depois
Alexander
— Você demorou. — eu digo, deslizando para dentro do carro preto imaculado que Magnus acabou de parar. Parece que ele acabou de lavá-lo, o que é um absurdo, já que vamos fazer uma viagem de oito horas para a cabana dos nossos pais recém-casados. Essa merda está prestes a ficar suja.
Mas é assim que ele é, perfeccionista até o extremo. Me deixa louco.
Ele parece perfeito e arrumado em seu moletom cinza da faculdade, jeans justos e óculos escuros de aviador.
Olho para minha camiseta levemente amassada dos Guns and Roses e jeans rasgados que não lavo provavelmente há mais de uma semana e me encolho.
Ele é areia demais para o meu caminhãozinho. A vida é injusta e cruel.
Eu suspiro e puxo meu pirulito de cereja da minha boca, antes de acenar para ele.
— Você disse que estaria aqui às dez.
Ele olha para mim e depois olha para o meu cinto de segurança desafivelado.
— Estou cinco minutos atrasado. Tinha que pegar gasolina. E desde quando você chega na hora?
— Estou fazendo um esforço. Pergunte ao meu terapeuta. Ele está orgulhoso de todos os avanços que fiz este ano. Você gostaria do número dele? Vocês dois podem conversar.
Magnus fecha os olhos e balança a cabeça lentamente, no que percebo ser uma irritação sutil, e então diz:
— Aperte o cinto, por favor.
Eu coloco o pirulito de volta na minha boca e rapidamente coloco o cinto. Então eu me inclino para frente e mexo em minha mochila cheia de roupas amarrotadas e lanches.
Merda. Jem roubou meus Kinder Bueno. Idiota. Ele sempre leva as coisas boas. Ele é um viciado em açúcar ainda maior do que eu. Uma vez, ele roubou meu saco enorme de Smarties e comeu tudo em questão de horas. Encontrei embalagens pelo apartamento por dias. Eu até encontrei um na minha meia. Não sei como foi parar lá. Realmente não quis saber.
— Quer um? — Eu sorrio amplamente, segurando um saco de Skittles. — Eu realmente não quero compartilhar, mas eu tenho que tentar ser legal. Meu terapeuta diz para fazer um esforço.
Estou tentando, Dr. Luke. Tentando.
Magnus olha para mim e balança a cabeça.
— Não. Eu tenho minhas próprias coisas.
Eu bufo. É uma merda para ele, mas isso significa mais para mim.
— Que tipo de coisa? Me deixe adivinhar... barras de granola? Abacates? Proteína em pó? Quinoa?
