Christian Grey é um homem atormentado por seu passado e que carrega a culpa pela morte de seus pais. Tendo apenas 28 anos, já acumulou uma fortuna imensurável, com seus vários negócios, no qual se dedica totalmente, pois dinheiro nunca é demais.
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Definitivamente o Christian não tem nada de Sapo como fez parecer em nossos primeiros encontros, mas se houvesse qualquer dúvida que pudesse me dizer o contrário, agora estou convencida que nele há cicatrizes que vão muito além das físicas que estão marcadas em seu rosto e em seus pulsos. E aquela postura arrogante e prepotente que quis tanto transparecer, não passa de uma fachada para esconder os seus sentimentos e como ele realmente possa ser.
A facilidade com que ele muda de comportamento, como se estivesse lutando contra algo que o machucasse muito, perturbando-o a ponto de se fechar em sua própria mente o levando para quilômetros de distância em frações de segundos, mexeu comigo de uma forma que eu não consigo explicar. E a única coisa que eu queria fazer era abraçá-lo e não soltar mais, até que ele conseguisse compreender o quanto era verdade e que eu não estava brincando quando disse que não desistiria dele.
E isso é tão surreal, justamente por conhecê-lo há pouco tempo - não considerando 14 anos atrás, é claro -, mas é como se existisse uma força maior do que fosse possível de encontrar alguma explicação, que simplesmente me diz que é o certo a se fazer. Talvez possa ser pelo fato de eu ter me interessado de verdade por alguém pela primeira vez, ou sendo sincera comigo mesma, por eu ter me apaixonado tão rápido quanto um raio, mas algo dentro de mim insiste em gritar quase que em desespero que ele precisa de mim.
Céus! É melhor que eu mantenha esses pensamentos apenas para mim, ou não haverá a menor dúvida que o Adrian seja mesmo capaz de me internar em uma ala psiquiátrica bem distante do restante dos "humanos comuns". Sem falar das promessas que a tia Marlene faria para todos os seus Santos conhecidos, enquanto um Padre me faria passar por uma sessão de purificação da minha alma safada e que está pegando fogo, ansiosa para começar a cair na tentação do pecado.
Certo! Estou exagerando muito agora, mas a situação do meu coração realmente é séria, pois enquanto eu me afastava com o carro, continuei o olhando pelo retrovisor interno e a única coisa que eu queria fazer era voltar e ficar mais algumas horas ao seu lado, mas não quero parecer uma pessoa grudenta e despudorada - para não dizer tarada mesmo -, porque ficar em sua companhia e não beijá-lo, é um verdadeiro teste de resistência à minha força de vontade.
Mas a culpa não é realmente minha, e sim única e totalmente dele! Quem manda ser um homem lindo, educado, gentil, cavalheiro como só um Príncipe conseguiria ser, e muito fofo, que fica envergonhado apenas por achar que está passando de algum limite comigo, quando tudo que eu quero é que ele não se contenha e comece a realmente querer passar dos limites? Minha nossa Senhora das virgens safadas, que pegada aquele homem tem, pelo amor de Afrodite?!
Agora eu entendo a Paula, quando me disse que assim que eu me apaixonasse por un hombre caliente que fosse capaz de tirar o meu ar, balançar o meu coração e me deixar tão excitada apenas com sua pegada e um beijo bem dado, que sem que eu percebesse estaria pronta para tirar as minhas roupas e deixá-lo completamente pelado. E que isso seria tão rápido quanto um piscar de olhos, então eu poderia ter certeza que ele sem dúvida seria capaz de me levar do céu ao inferno e me deixar viciada por mais.
