Capítulo - 08

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Continuo parada igual uma estátua no meio da sala, mesmo depois que Adrian subiu para o seu quarto e não acredito que ele vai mesmo me deixar de castigo como se eu fosse uma criança

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Continuo parada igual uma estátua no meio da sala, mesmo depois que Adrian subiu para o seu quarto e não acredito que ele vai mesmo me deixar de castigo como se eu fosse uma criança. Caramba! Eu sou uma mulher de 21 anos – meio atrapalhada às vezes, não posso negar – e não mais uma menininha que precisa ser privada do que gosta para aprender uma lição.

Olho para Yuri que respira fundo, muito aliviado, mesmo que ele tenha levado uma pequena advertência, não pelo o que ainda tenta fazer por sua mãe, mas sim pelo receio que o meu irmão tem, que ele possa se machucar com a possível frieza que receberá dela depois, porém assim como eu, Yuri respeita muito o Adrian, afinal, o meu irmão o adotou sem pensar duas vezes, tratando-o da mesma forma que me trata, cuidando e provendo a ele tudo que provém a mim, sem diferenças ou exceções.

Eu já falei o quanto amo o meu irmão e o quanto ele é uma pessoa maravilhosa, não é? Sem dúvida nenhuma ele é, mas nesse momento de maravilhoso ele está tendo só aquele rostinho lindo mesmo, porque está sendo um completo exagerado e muito malvado.

Isso por quê? Só porque queria poupá-lo de ter mais um de seus enfartos, apenas por eu ter ido a um Pub pela primeira vez... Sozinha com o Yuri e nossas amigas. Que mal há nisso? Por um acaso eu menti dizendo que fui a outro lugar e não a um Pub? Claro que não! Se ele tivesse me perguntando, eu contaria, mas eu apenas estava preocupada com o bem-estar e a saúde do meu amado irmão. Viu como eu sou injustiçada com tudo nessa vida?

– Ana?

– O quê? – Sobressalto-me com a voz de Yuri que me encara segurando um sorriso.

– Você está fazendo caretas para a escada. Está ficando doida? – Reviro os olhos, fazendo-o dar risada.

– Estou ficando doida sim! Mas doida com o Adrian. Onde já se viu tirar o meu carro? Só faltou ele me colocar de castigo, no canto da parede, para que eu possa pensar melhor nas minhas atitudes.

– Estou pensando seriamente em fazer isso.

– Caramba, Adrian! – Coloco a mão no peito, tentando acalmar as batidas do meu coração, pelo susto, ouvindo a sua voz atrás de mim, fazendo-me virar para encará-lo. – Está fazendo aulas de "Como ser um ninja para matar a minha irmã do coração", por um acaso? – Ele nega com a cabeça, sorrindo de lado, e segue para a cozinha, o que claro, eu vou atrás, deixando Yuri segurando uma risada, deitado no sofá.

– Onde está a Tia Marlene?

Ele abre a geladeira pegando uma garrafa de água, sentando-se a Bancada, enquanto eu abro o armário pegando um prato para colocar a comida, que a Tia Marlene deixou pronta, para ele.

– Ela já foi para o quarto, pois estava tarde, mas disse para eu não me esquecer de fazê-lo comer. – Ele sorri de lado, envergonhado, e bebe um pouco da sua água. – Você já comeu, não é?

– Astrid passou no Keiko, antes de ir para o Escritório, e levou comida japonesa para jantarmos. – Coloco o prato na mesa e as mãos na cintura, fazendo uma carranca.

O Preço da VerdadeWhere stories live. Discover now