Christian Grey é um homem atormentado por seu passado e que carrega a culpa pela morte de seus pais. Tendo apenas 28 anos, já acumulou uma fortuna imensurável, com seus vários negócios, no qual se dedica totalmente, pois dinheiro nunca é demais.
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Yuri continua dirigindo e resmungando, enquanto abstraio tudo que ele está falando e fico observando Christian apagado, sentindo os seus batimentos cardíacos e sua respiração, mas tento esquecer a preocupação e repasso os acontecimentos desde o momento que o encontrei no jardim do Hotel.
E, pergunto-me se realmente estou fazendo a coisa certa, quando eu deveria ter chamado uma ambulância ou no mínimo levá-lo até um Hospital, pois aparentemente ele estava bem, um pouco trêmulo e com as mãos frias, mas parecia bem.
– Você está me ouvindo, Ana!
– Desculpe-me, Yuri, mas o que você estava dizendo?
– Por que você está com o irmão da Elisa ainda mais embriagado desse jeito?
– O Christian não bebe nada alcoólico, Yuri. Ele não está... – Paro e penso, porque isso não faz sentido para ele estar nessa situação, ainda mais de repente. – Yuri, onde está a minha bolsa?
– O quê? – Ele me olha pelo retrovisor novamente, confuso, com a minha mudança de assunto.
– Eu preciso do meu celular, Yuri, onde ele está? – Ele volta a resmungar, que não faço questão de prestar muita atenção agora, mas pega a minha bolsa sobre o banco, entregando-me.
– O que você vai fazer? O que está acontecendo, Ana? – Ignoro as suas perguntas, por enquanto, e ligo para quem eu sei que pode e vai me ajudar.
– Oi, minha Princesa! – Sinto o alívio em ouvir a sua voz e quase tenho vontade de chorar de novo, o que é estranho esse sentimento que estou tendo em relação ao homem apagado no meu colo.
– Rafael, eu preciso da sua ajuda! Você ainda está no Hospital?
– Não! Eu já estou em casa. O que aconteceu, Ana? – Seu tom de voz divertido muda para preocupado e nego com a cabeça, como se ele pudesse me ver.
– Rafael, eu prometo que explico depois, mas você poderia me encontrar no Haras, por favor?
– O que você aprontou dessa vez, Anastásia? – Reviro os olhos, pois quantas vezes terei que ouvir isso no mesmo dia sem ter feito nada?
– Eu não aprontei nada, pelo menos não totalmente, mas eu preciso de um Médico, porque estou mesmo preocupada e não posso ir até um Hospital agora. – Volto a colocar a mão sobre o peito de Christian e sinto que os seus batimentos cardíacos estão um pouco mais lentos que normalmente deveriam estar.
– Se você me contar o que está acontecendo, poderei saber a melhor forma de te ajudar, mas você está bem? É alguma coisa com o Yuri?
Respiro fundo e começo a contar tudo o que aconteceu desde o momento que me encontrei com o Christian no jardim. A nossa curta conversa, pois ficamos mais tempo calados, encarando-nos, do que propriamente conversando. A hora que a Letícia chegou entregando a ele um copo com água e o frasco de remédios, dizendo que era para dor de cabeça, mas que ele pegou um comprimido, tomando-o depois de analisar o frasco, até o momento que saímos do Hotel e ele começou a se sentir mal, apagando em seguida.