Christian Grey é um homem atormentado por seu passado e que carrega a culpa pela morte de seus pais. Tendo apenas 28 anos, já acumulou uma fortuna imensurável, com seus vários negócios, no qual se dedica totalmente, pois dinheiro nunca é demais.
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Letícia continua com o seu teatro, mas olho para os meus irmãos que entendem que preciso conversar sozinho com ela, saindo do meu escritório e levando Elisa, que pelo visto não pretendia sair, mas antes, Taylor me mostra o resultado do exame toxicológico que estava em suas mãos, dizendo sem emitir som que levaria com ele, fazendo-me assentir.
Assim que eles fecham a porta, afasto-me ainda mais dessa mulher que me causa incômodo, simplesmente por tentar me tocar, bem diferente do toque da... Balanço a cabeça, tentando afastar esses pensamentos estranhos e foco no que preciso resolver agora, que são mais simples para que eu possa entender.
- Já pode parar com o seu teatro, Letícia! Não há mais ninguém aqui além de nós dois. - Dou a volta na mesa, mantendo uma distância segura, e ela me olha tentando parecer ofendida.
- Como você pode falar isso, Christian?! Você sabe que eu te amo e se nos der uma chance, poderemos ser felizes em nosso casamento.
- Não haverá casamento, Letícia.
- É isso que quero dizer, Christian! Nós poderíamos fazer desse contrato um casamento real, basta você me dar uma chance de mostrar que os meus sentimentos são...
- Já chega! - A interrompo, fazendo-a arregalar os olhos. - Não haverá contrato, noivado e muito menos casamento.
- Você não pode fazer isso, Christian! Nós temos um...
- Um acordo, Letícia! É isso que nós tínhamos e nada mais. Um acordo que apesar de estar assinado, só teria validade a partir do momento que estivéssemos casados. Com cláusulas a serem cumpridas pelo prazo de 12 meses e se houvesse quebra por alguma das partes, antes do término do prazo, haveria uma multa a ser paga. E como eu estou encerrando o contrato antes mesmo do início da vigência, você será reembolsada.
- Eu não aceito isso, Christian! Eu não aceito! - Ela bate as mãos na minha mesa, fixando o seu olhar em algo que há nela, encarando-me irritada em seguida. - É por causa dela que você está tentando se livrar de mim, não é Christian? - Fico confuso, enquanto ela dá uma risada forçada. - Agora eu entendo o porquê que aquela Empregadinha de quinta estava na minha festa de noivado e a sua irmã sabia muito bem disso, fazendo questão de esfregá-la em minha cara. Você está me traindo com ela, não é?
- Você só pode estar ficando louca, Letícia! - Massageio minhas têmporas, sentindo a minha cabeça voltar a doer, ficando ainda mais irritado do que eu estava. - Nunca tivemos nada para que eu pudesse traí-la e você sabe muito bem disso. Se eu aceitei essa ideia absurda de noivado, foi porque você inventou uma mentira de um relacionamento que nunca existiu, mas que no fim me beneficiária de alguma forma e nada mais do que isso. Da mesma forma que você sabe que tudo seria apenas um relacionamento de fachada baseado em um contrato com início e fim para encerrar.
- Então você vai negar? - Ela pega a folha sobre a minha mesa e agora eu vejo do que se trata, fazendo o meu coração acelerar. - Você vai negar que já conhecia essa mulherzinha? E que é por causa dela que está me dispensando? É por isso que estavam no jardim, sozinhos, quando eu cheguei, não era? - Ela vira o desenho para que eu possa ver, mas o pego rapidamente da sua mão, assustando-a.
