Christian Grey é um homem atormentado por seu passado e que carrega a culpa pela morte de seus pais. Tendo apenas 28 anos, já acumulou uma fortuna imensurável, com seus vários negócios, no qual se dedica totalmente, pois dinheiro nunca é demais.
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Será se eu fingisse um desmaio ou uma amnésia temporária daria certo para eu me livrar dessa situação que eu me meti? Sinceramente eu acho que não, ainda mais vendo que o meu irmão, que deveria estar em New York, na inauguração de uma Filial do Coliseu, está me olhando como se pudesse me matar nesse momento.
Mas por outro lado, o que eu não posso fingir e muito menos controlar é a vontade de chorar que está tentando me sufocar e sem pensar duas vezes, corro e me jogo em seus braços, sendo recebida por seu instinto protetor, e permito que as lágrimas, que tentei segurar desde que desci do meu quarto, deem vazão ao sentimento sem sentido que esmaga o meu coração.
Adrian sempre será o meu porto seguro. O abraço que me envolverá quando eu estiver triste ou quando eu obtiver uma conquista. E, por mais que ele seja severo às vezes, não entendendo que eu já sou uma mulher, ele também tem o poder de me fazer sentir como aquela menininha que sempre precisará do calor protetor do irmão mais velho, o que talvez seja por essa razão que eu jamais serei capaz de mentir ou fingir para ele.
- O que aconteceu, Fadinha? - Dou um sorriso triste em meio às lágrimas, sabendo que agora a sua irritação está carregada de preocupação, ainda mais pela forma suave que mencionou o meu apelido.
- Se contentaria com a versão resumida?
Minha voz sai embargada e abafada, por eu estar com o rosto escondido em seu pescoço, enquanto sinto sua mão acariciar os meus cabelos, mas ele me afasta para encarar os seus olhos e percebo que apenas Yuri e Rafael estão na sala conosco.
- A Tia Marlene me ligou desesperada pela madrugada, enquanto estava com os nossos pais muito preocupados, dizendo que vocês não tinham voltado para casa e estavam com os celulares desligados. Então eu tenho certeza que a sua versão resumida não será suficiente para me explicar exatamente tudo o que eu preciso saber.
- Tia Marlene linguaruda. - Murmuro me afastando dos seus braços, enquanto seco os meus olhos, mas percebo que ele ouviu, fazendo-me sorrir envergonhada e respirar fundo. - Tudo bem, então eu acho melhor nos sentarmos, pois a história é longa.
- Você não tem permissão para sair da sala, Yuri! - Adrian o interrompe, no momento que ele iria subir as escadas, fazendo-o nos encarar com as bochechas vermelhas e os olhos arregalados, mas nego com a cabeça.
- Adrian, o Yuri e o Rafael apenas fizeram o que eu pedi, tentando me ajudar, então eles não têm culpa de nada, pois eu... - Ele me encara sério, fazendo-me calar.
- Se ele está aqui, Anastásia, sem avisar a tia Marlene de onde estava, é porque foi mais uma vez cúmplice em algum problema que você se meteu. - Ele fala tão sério, que até me encolho no lugar, mas volta a sua atenção para Yuri, que engole em seco. - Sente-se, Yuri! - Ele assente, sentando-se, mas meu irmão dá um suspiro e olha para o nosso primo. - Você também, Rafael, pois estou ansioso para ouvir a história que essa Mocinha irá me contar a ponto de lhe envolver e vir para o Haras também.
