Capítulo - 23

2K 192 127
                                    

Nervoso! É assim que Anastásia me faz sentir com a sua espontaneidade, com os seus toques e as suas carícias

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Nervoso! É assim que Anastásia me faz sentir com a sua espontaneidade, com os seus toques e as suas carícias. Mas devo confessar que a sua presença também me traz uma tranquilidade e uma calmaria que eu jamais pensei ser capaz de sentir, apenas por estar ao lado de uma mulher.

Ou não seja o fato de ser apenas uma mulher, mas sim por ser ela. Que mesmo quando ainda era uma menininha sendo tagarela e muito atrevida parecia me entender a ponto de não se incomodar com o meu silêncio. E hoje, essa linda mulher parece não apenas me entender, mas também me compreender, conseguindo penetrar a escuridão que permanece dentro de mim.

Ela conseguiu encontrar uma rachadura no breu que ninguém nunca conseguiu ultrapassar e ver além do que eu permito mostrar, não se importando com as várias camadas que precisa romper para alcançar o que deseja obter de mim. Sinceramente eu não sei o que sou capaz de oferecer a alguém como ela, que emana vida, leveza e uma luz que não sei ser suficiente para refletir a total opacidade que vivi durante todos esses anos.

E por mais absurdo que eu poderia achar a alguns dias, eu quero ver o quanto de luz Anastásia tem e se será o suficiente para clarear as sombras que não me abandonam. Porque agora eu quero voltar a sentir o que achei ter perdido quando os meus pais morreram e o que a maldade e a crueldade daqueles homens tentaram matar em mim, mantendo-me naquele cativeiro.

E talvez... Só talvez os meus irmãos estivessem certos quando diziam que eu estivesse com medo de tudo que Anastásia começou a me fazer voltar a sentir, porque por mais que eu não me lembrasse, por mais que a minha mente tentasse se recusar a aceitar, ela despertou algo em mim muito antes de saber quem ela era.

Muito antes de saber que a mulher que mexe não apenas com a minha cabeça, mas com alguma coisa dentro do meu peito, é a menininha tagarela que despertou em mim a vontade de voltar a falar e sair da inércia que me mantinha preso naquele silêncio que apenas me sufocava.

Então sim, eu quero sentir! Eu quero acreditar que alguém será capaz de estar comigo pelo o que sou e não pelo o que tenho. Se irei errar por confiar em alguém? Não posso afirmar. Mas eu quero e vou confiar que Anastásia possa ser esse alguém que eu não procurei, mas que muito me agrada em ter encontrado.

- Você sabia quem era a Anastásia, não sabia Taylor?

Encerro o silêncio que estava dentro do carro, o que agradeço, pois eu precisava colocar a minha cabeça no lugar, fazendo-o continuar sem falar nada por um momento, ainda concentrado no trânsito.

- A princípio não, mas no dia que você pediu que eu fizesse o levantamento sobre ela, depois daquele incidente no trânsito, eu soube sim, que ela era aquela menininha tagarela que você conheceu quando era um adolescente.

- Por isso você não quis me entregar o relatório quando eu pedi. - Afirmo, mesmo não entendendo o porquê, mas ele assente, respondendo a minha dúvida.

O Preço da VerdadeWhere stories live. Discover now