Capítulo - 15

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Eu nunca entendia o porquê o meu genitor havia ido embora, abandonando a sua família, ainda mais depois que a minha mãe ficou doente, deixando-nos a própria sorte

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Eu nunca entendia o porquê o meu genitor havia ido embora, abandonando a sua família, ainda mais depois que a minha mãe ficou doente, deixando-nos a própria sorte. Eu era apenas uma criança de 7 anos que não era capaz nem mesmo de conseguir dinheiro para comprar comida, o que dirá comprar os remédios que a minha mãe precisava. E se não fossem os vizinhos, eu não sei o que teria sido de nós.

Então como se fossem anjos, um casal apareceu - que até hoje não faço ideia de como ficaram sabendo da situação que estávamos vivendo -, e se tornaram pessoas tão especiais em nossas vidas, cuidando da minha mãe até o seu último suspiro, mas o mais importante viria depois, quando me deram a família que eu nunca tive, nem mesmo com a minha mãe, quando ainda era viva.

Não! Frida O'Neill não foi uma mãe ruim, muito pelo contrário, pois pelo pouco que me lembro, ela sempre foi dedicada, amorosa e cuidava muito bem de mim, até o momento que o meu genitor simplesmente saiu para "trabalhar" e não voltou mais, fazendo com que ela passasse a maior parte do tempo chorando, quando não estava dormindo.

Mas muito tempo depois, eu fui entender que a razão para ela estar sempre chorando, foi porque estava com câncer metastático de cólon e o homem que deveria cuidar dela e de seu único filho, simplesmente preferiu nos virar as costas, deixando com que ela sofresse a dor da doença sozinha e tendo que cuidar de uma criança pequena.

Lembro-me como se fosse hoje o dia que Grace e Carrick Grey chegaram a nossa casa, falando que iriam cuidar de nós e que nada nos faltariam, mas que teríamos que nos mudar para San Diego, na Califórnia. O que foi prontamente negado por minha mãe, pois ela queria ficar até o último minuto de sua vida em nosso País de origem, pois morávamos em Odense na Dinamarca.

Naquela época eu não entendia o que estava acontecendo, mas sei apenas que por dois anos, eles nunca nos abandonaram, mesmo que ficassem muitos dias sem nos visitar, por causa da distância e porque tinham dois filhos pequenos para cuidar. Mas contrataram uma Enfermeira e outra pessoa para cuidar da casa e de mim, quando não pudessem estar presentes.

Quando vi Grace pela primeira vez, ela estava grávida do Christian, seu segundo filho. E, confesso que a curiosidade de criança fez com que eu me aproximasse e a aceitasse mais facilmente na minha vida, pois eu gostava de tocar na barriga dela, principalmente quando o bebê se mexia, assustando-me às vezes, mas Grace dizia que ele gostava de ouvir a minha voz, porque sempre ficava agitado quando eu falava ou o tocava.

Nathan já tinha 3 anos e era um bebê gordinho de grandes olhos azuis turquesa e cabelos negros, bem diferente dos meus que eram loiros, além dos meus olhos serem azuis cristalinos, e sempre que possível, Grace e Carrick o levavam para que pudéssemos nos aproximar, o que não foi difícil de acontecer.

Eu só não sabia que eles já estavam me preparando para quando eu fosse fazer parte da família deles, quando a minha mãe partisse, facilitando a adaptação, pois eu havia me apegado ao Nathan e também ao Christian, quando ele nasceu. Oficializando assim a minha adoção, da qual minha mãe biológica, já havia passado a minha guarda a eles, pedindo apenas para não retirarem o O'Neill do meu sobrenome, sendo atendido por minha nova família.

O Preço da VerdadeWhere stories live. Discover now