Capítulo 35: Mockingbird

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Marley

Foi súbito e repentino  o ar entrou em seus pulmões novamente e um raio de enérgico caminhou pelo corpo, dando em pulso para o ligamento inesperado de seu coração, trazendo o sangue para seu corpo que voltava aos poucos a temperatura normal.

—Ah—Um suspiro faz Anastásia abrir os olhos lacrimejados sentando na maca.

Reiner vai ao seus abraço, em um suspiro aliviada quase como se estivesse suplicando anteriormente por aquele suspiro.

—Você está bem...—Sorrir de forma aliviado passando então e segurando o rosto pálido da moça.

—Cadê meu bebê...?—Reiner segurou seu rosto a acalmando ao dizer que o bebezinho estava bem, é que era uma menina o que foi uma surpresa para ambos que esperava por um menino.

Talvez fosse o alívio de descobrir que estava tudo bem, e a tensão de descobrir que carregou uma menina em seu ventre, a trouxe a sessão de peso e alívio ao seu coração.

Recolheu o conselho do Braun, que a mandou descansar. Porém sua ficha ainda não tinha caído por completo, por alguns segundos ela só queria que o momento em que Reiner se preocupou com ela tivesse durando ainda.

[...]

Karina tocava a pele macia daquele pequeno ser. Os cabelinhos de pipoca dourados, é aquela mãozinha a deixa com nostalgia, de quando seu próprio filho era daquele tamanho.

Posiciona a cabecinha podendo sentir o cheiro, de bebê recém-nascido, era paziquante para Karina sentir que sua neta em seu braços pela primeira vez. Ela até poderia dizer e mostrar que não se importava, mas no fundo ela apenas estava em paz que o bebê e Anastásia estavam vivas, é não queria que nada de mal a partir naquele momento acontecesse sua neta, mesmo sabendo era inevitável, o que a cortava o coração.

—Eu quero dizer que você vai ser feliz, mas não posso te prometer isto—Balança para a acalmar.—Mas...prometo que você terá uma vida melhor que a do seu pai.—Diz baixinho perto da menininha.

—Oi...mãe?—Reiner entra no quarto onde estava sua mãe é sua filha.—O que veio fazer essa hora aqui! Já é tarde! Não precisava...vim.—Ele diz meio receoso pela desaprovação de sua mãe anteriormente.

—Hmm! Eu estava preocupada com a Anastásiam..—Fala baixo para não incomodar o bebê que começava a dormir.—É com ela também...—Gesticula mostrando a pequenina.—Foi tudo meio do nada, quando Pieck me contou eu tinha que vim trazer alguma coisa para elas.—Diz de modo mais relaxado, sem ao menos olhar para seu filho, podendo sentir a bebê em seu braço, segurando seu dedo.

—Pode ficar tranquila...é vai para casa, ambas já estão bem.—O Braun se senta cansado em uma cadeira meio despojado.

—Aish! Garoto horrível!–Se aproxima dando um tapa com sua mão livre na cabeça de seu filho.

—O que!  Aí mãe!—passa a mão no local

—Vem ao menos ver sua filha!

Reiner levanta resmungando para si mesmo, ele tinha passado a noite acordado, não tinha ao menos visto o bebê que sua mãe segurava.

Ele a via mais de perto pela primeira vez, ela era minúscula, tão pequena que tinha medo de esmagar, caso a pegasse.

—Olha, vem! Pega!—Karina o sinaliza com o olhar para ajeitar os braços.—Tá vendo como ela parece com você, parece que estou vendo você quando era bebê.

Ela tava xingando sua própria neta? Era sério? Como ela podia parecer com ele? Ele não se via nela, é mais tinha medo dela, como? Como? Pais conseguiam amar os filhos antes mesmo deles nascerem. Era isso que ele pensava enquanto a segurava sua própria filha, que era apenas um bebê, que ele ainda não imaginava que podia da a vida para que ela continuasse ali com ele.

No fundo Reiner nunca se viu em ninguém e nem em nada, muito menos se viu sendo o laço de alguém com a vida.

𝑭𝒊𝒏𝒂𝒍𝒍𝒚 𝑺𝒍𝒆𝒆𝒑𝒊𝒏𝒈   •Reiner Braun•Onde as histórias ganham vida. Descobre agora