CAPÍTULO TRINTA

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   Vou seguindo a loira pelos corredores do seu prédio, ela me ligou a algumas horas e me disse que já tinha acabado o último desenho, eu achei rápido, já que só tem dois dias que ela mandou o outro, que é o mesmo tempo que eu ensinei ela a jogar ...

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Vou seguindo a loira pelos corredores do seu prédio, ela me ligou a algumas horas e me disse que já tinha acabado o último desenho, eu achei rápido, já que só tem dois dias que ela mandou o outro, que é o mesmo tempo que eu ensinei ela a jogar basquete, bem ensinar é uma palavra forte.

Mas era bom que ela já tivesse acabado, assim eu poderia mandar para a mãe de Sam costurar e logo teríamos as roupas, o jogo ficou marcado para o final do semestre, isso seria perfeito, já que todos teríamos um pequeno recesso.

A loira na minha frente parou na frente de uma porta de madeira, parecia antiga, e ela estava no porão desse enorme prédio, isso em si já era para se preocupar. Ela tira uma chave do bolso e abre a porta, deixo que entre primeiro, e então a sigo. Meus olhos se passam por todo aquele lugar, os quadros, as tintas, o cheiro forte delas, os cavaletes, pincéis, quatros ainda não pintados, aquilo era um estúdio de pintura, e pelo desenho que estava pendurado em destaque, era de Olivia aquele lugar, ou pelo menos era ela que usava.

- Tem uma coisa que eu quero mostrar a você mas não agora, porque agora nós iremos pintar - Vejo um sorriso crescer em seu rosto e eu olho tenso.

- Tem certeza disso? Porque quando o assunto é arte eu sou a pior pessoa que você poderia querer falar - Me ignorando, ela vai em direção as suas tintas e eu vou olhando tudo.

Me aproximo do quadro onde posso ver seus quatro irmãos, e ao lado deste um onde posso ver os seus pais, tudo feito por ela, com a sua assinatura no final. As cores, os desenhos, a precisão com que ela fez esses quadros eram simplesmente impressionantes. Olivia tinha um talento incrível, era de se emocionar vendo esses quadros, acho que eu choraria se ela me desenhasse com tamanho amor, alegria e verdade, era como ela via eles, e isso era... Maravilhoso e super talentoso.

- O que você achou? - Sinto os seus braços se passarem ao meu redor, dou um sorriso me virando e beijando a ponta do seu nariz.

- Que você é uma das pessoas mais talentosas que existem, e que com certeza eu ficaria extremamente grato e feliz, se um dia você me pintasse - Os olhos dela brilham.

- Dean Laken, as vezes eu acho que você não existe, de tão perfeito - Ela se separa de mim - Mas vinhemos aqui para pintar - Suas mãos vão para a cintura - Aconselho que tire a camisa - Encaro ela que sorri. Safada. - Para não sujar, sabe, de tinta.

- Claro, não porque você quer me ver sem camisa - Puxo a minha blusa por cima da cabeça, e depois arrumo meus óculos.

Não demora para a loira entrar em uma porta que tinha aqui dentro, ela sai de lá com uma garrafa de vinho, e duas taças, em uma parte tinha uma pia, ela lavou as taças, depois voltou-se para mim.

- Pensando em me embebedar? - Vejo um sorriso brincar em seu rosto enquanto ela começa a abrir o vinho.

Quando a garrafa já está aberta, ela coloca um pouco nas duas taças, deixando um pouco de lado a bebida, ela vem para a minha direção, mas desvia de mim, indo em direção aos seus materiais.

- Pronto, vamos lá - Colocando um cavalete na minha frente, e o outro na frente dela, a mesma pega dois banquinhos, colocando para nos sentarmos, além disso também coloca duas mesinhas.

Olho para a estante de tinta dela, os potes eram iguais, tinha uma pequena etiqueta em frente ao lugar de cada um, onde tem a cor da tinta pintada, dou um sorriso vendo toda a sua arrumação, ela amava aquele lugar, e dava para perceber.

Peguei uma paleta oval, onde se colocava as tintas, e comecei a pôr um pouco de cada cor, e mais das cores primas. Não era expert mas sabia quais cores misturar para fazer o que eu queria.

- Estou achando - Parei de falar - Não eu tenho certeza que eu sou péssimo nisso - Olho para a tela em branco, sem nenhuma ideia do que pintar - Eu nem sei o que fazer.

Olivia coloca a taça de vinho em uma mesinha que ela coloca ao meu lado.

- Pare de pensar tanto, só vá pintando - Respiro fundo, e penso em algo.

Nunca iria ficar igual, mas lembrei da cena de Olivia no meu jogo, com seu vestido de seda, pego um lápis e tento fazer um rascunho dela de costas com uma bola de basquete embaixo do braço.

Depois que fiz um desenho que eu achei aceitável, então eu comecei a pintar de pouco em pouco.

Sinto algo gelado na minha barriga e quando vejo, Olivia está desenhando um coração com a tinta vermelha no meu abdômen, encaro ela, chocado e a mesma só dá risada. Dando um gole no vinho, ela troca o pincel e pega outra cor de tinta, simplesmente ignorando meu resmungo, Olivia vai pintando a minha pele, sem nem se dar ao luxo de me ouvir.

Quando ela acaba eu olho para baixo, vendo vários desenhos, coração, sol, mar e tem a sua assinatura em tinta branca, dou uma risada rouca olhando meu abdômen.

Onde estava o meu coração, ela escreveu seu nome, eu não sabia por que mas eu achei fofo.

Meu pincel ainda estava na minha mão, com tinta roxa, olho dele para Olivia, e não demora para na minha mente brilhar uma ideia.

- Direito iguais - Pinto a sua bochecha e ela dá uma risada nervosa - Estamos quites por todas as vezes que você me fez ficar vermelho - Segurando seu pescoço eu viro seu rosto, pingando sua outra bochecha.

- Eu não acredito - Olho para o seu rosto, ela se aproximou, colando seu rosto com o meu.

- Eu achei que já estava bom de tinta em mim.

- Eu acho que... - Sua voz é interrompida quando o banco que eu estou sentado quebra, me fazendo cair no chão.

- Dean?! - Ela exclamou preocupada - Você está bem?

- Sim, porque eu sempre caio quando estou ao seu lado? - Tentando segurar a risada, ela se senta ao meu lado no chão.

- Porque você está caidinho por mim - Dou uma gargalhada alta, enquanto ela sorri.

- Piada ruim - Resmunguei, e ela concordou.

Ainda estou sorrindo quando ela me encara, o sorriso dela começa a diminuir.

Ela parou de rir totalmente, seu rosto se tornou sério, então ela me olhou com carinho, me senti estranho com isso, tinha algo que fazia minha coluna suar.

- Dean - Olhei para ela - Tenho que contar algo a você - Franzi meu cenho, a mesma me deu um sorriso triste.

Perdendo - Irmãos De'Lucca 1Onde histórias criam vida. Descubra agora