Capítulo 72 - Conversa

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Lauren Jauregui  |  Point of View




Enquanto arrumava meu pequeno para irmos a Orlando, ele contava as milhares de coisas que iria fazer. Passaríamos quatro horas no carro, T irá conosco, minha mãe deveria ir, mas acabou ficando presa a um dos projetos dela. Isso mesmo, ela está longe das empresas, mas arrumou maneiras novas de se ocupar.

Ele se parece comigo e somos muito apegados, quase não tenho viajado a trabalho por causa desse pequeno.

— O que foi, Mama L? Está me olhando estranho.

— Admirando o garoto mais lindo do mundo. – Ele ficou vermelho e soltei um “aint” antes de enchê-lo de beijos.

— Mama... está me sufocando. – Ele falou, mas mantinha os braços em torno do meu pescoço, segurando forte ali.

— Eu amo você, pequeno.

— Também amo você, Mama.

— Vem. Vou arrumar seu cabelo de novo.

— Eu vou de boné, Mama.

— Mas tem que pentear igual.

— Sempre pentear. – Sorri e beijei sua testa, voltando a ajeitar seus cabelos.

Nunca imaginei que a vida poderia ser tão tranquila e que eu estaria em paz tão cedo. Acho que por acompanhar o turbulento casamento dos meus pais, armazenei aquilo como ideal e esperava o mesmo de todos.

~ Flashback On ~

Após um bom tempo na banheira, vesti um roupão, me ajeitei no sofá e coloquei meus pés para cima, com uma xícara de chá e um livro aleatório, com o celular desligado para os problemas do trabalho não me encontrarem rápido. Passei um bom tempo assim, mas repousei a cabeça na guarda do sofá para descansar os olhos.

— Senhora Cabello. – A voz de Camila me fez sorrir, mesmo que não tivesse a enxergado ali.

— Camz, pensei que dormiria no trabalho.

— Não quer me ensinar seus truques para não demorar por lá.

— Segredo de Jauregui.

— Então não reclame dos meus atrasos.

— Reclamo sim, deixar uma esposa carinhosa e carente, sozinha em casa é um delito grave.

— Carente?

— Muito carente. – Ela sorriu e se aproximou para selar nossos lábios.

— Segure esse raciocínio de carência que vou tomar um banho e já conversamos mais sobre isso.

— Vou pensar no seu caso.

Ela segurou minha nuca para selar nossos lábios várias vezes, isso me arrepiou, mordi seus lábios e ela gemeu.

— Não jogue baixo, Jauregui. Sabe que sou fraca quando o assunto é você. – Selei nossos lábios.

— Vá logo para o banho.

A empurrei e ela pegou a mochila do sofá, a colocando no ombro e subindo as escadas. Voltei para o meu livro e meu chá estava gelado. Gemi frustrada o colocando sobre a mesa de centro.

Depois de um tempo, Camila desceu as escadas, também de roupão e sentou ao meu lado, abraçando minha cintura e repousando a cabeça contra meu ombro.

— Chegou faz tempo?

— Um pouco.

— Detesto te deixar sozinha.

Lonely GirlWhere stories live. Discover now