Capítulo 20 - Responsável legal

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Lauren Jauregui  |  Point of View




Olhar para meu pai no café da manhã era quase intragável, minha mãe não falava com ele também, acho que eles brigaram por algo. Será que ela sabia? Acho que ela não compactuava com isso.

— Minha filha, está melhor?

— Não.

— Acho muito nobre da parte dela fazer isso. Ela viu que não era suficiente e caiu fora. Ela o faria de qualquer maneira, ela não tem culhão para compromissos sérios.

— Mike, ela não quer falar sobre isso, não vê que ela gosta dessa menina, pode respeitar o momento dela uma vez na vida? Isso não é sobre você e seu jeito de pensar, é sobre os sentimentos da sua filha, pode respeitá-la?

— Obrigada, Mama. – Limpei minha boca e peguei meus cadernos ao lado do meu prato. – Vou indo, Vero vai me pegar aqui.

Vero deu uma big festa de dezessete anos, ganhou um carro e já nos leva todos os dias para o colégio. Meu pai fez uma festa, mas ficou me cercando, como se eu fosse me agarrar com todos os convidados, me senti muito invadida, ele é muito opressor.


×××


— Alguém aqui já amou? – Um silêncio ficou pairando após minha pergunta.

— Eu achava que amava o Paul, mas depois da competição senti tanto nojo. – Dinah falou e eu assenti.

— Eu achei que Ian era o cara.

— Mesmo com a marcação do Jauregui, cê beijou o bando todo. Namorou só o Ian.

— Eu realmente pensei que de todos, eles valiam a pena.

— Ele é o mais gato também, eles não valem nada, mas não dá pra negar que eles são muito lindos. Acho que vale a pena um remember, Laur. Eu pego o Paul e você o Ian… andamos de casal e você vai esquecer a outra lá em dois segundos. – Eu não posso criticar elas, Camila não me deu motivos sólidos para o término e isso as enfureceu, como me magoou. Depois que tudo for esclarecido, voltaremos a programação normal.

— Chega de erros. Já sei que são lindos, gostosos e beijam bem, mas não compensa a dor de cabeça, o machismo e a arrogância. Eles são uma cópia do meu pai.

— Esse aí é muito louco, ele que devia ser testado psicologicamente, não os bandidos. – Nós gargalhamos com a tirada da Dinah. — Eu amei Jonathan Hein. Meu colega de sexta série, era horrível, ele nunca me olhou, era platônico, eu era desengonçada… ah se ele esbarra nessa deusa que eu virei, se apaixona na hora, aquele filho da puta. – Novamente gargalhamos e ela negou.

— Acho que amar é muito forte para nossa idade. Vai demorar para entendermos sobre, temos paixões e ataques de ciúmes… disso entendemos muito. – Vero disse e nós respondemos um amém bem alto.

Ainda bem que Camila abriu o jogo comigo, pois o primeiro rosto que cruzou por mim quando abri a porta do carro foi o de Camila.

— Bom dia. – Ela disse, as amigas dela também e respondemos, mas ficamos ali, pois não nos juntamos mais a elas. Era chato, pois estávamos nos entrosando muito bem, espero que Mads seja rápida.

— Vou ao banheiro, meninas. – Elas assentiram e caminharam comigo até lá, ficando na porta. Depois que saí do reservado, Jennifer estava ali, escorada me olhando.

— Ei, minha garota. Ouviu meus conselhos?

— Nunca faria isso.

— Eu pensei em outro cenário ruim para o romance de vocês, mas nem precisei usar. Isso não é legal?

— Que cenário?

— Bom… vocês namoram, ano que vem são o casalzinho pica e tals, mas você vai ir para faculdade e pelo que conheço do seu papaizinho mala, vai ser bem longe. Então… você vai deixar uma garota aqui, com fama de pegada gostosa e com uma namorada universitária… e sabemos o que isso significa. Não vai ter uma franguinha que não vai jogar as asinhas para ela. E fora que na universidade vai ter cada gata... e gato, pois você curte de tudo. Acho bem válido vocês terem terminado e agora que está solteira… porque não se junta com a gente? Eu quero mesmo deixar um legado, você e as suas amigas são perfeitas para isso. Agora que não precisam mais andar com aquela turminha renegada.

— Obrigada, mas eu não quero legado. Aquela turminha é ótima, você que não entende muito bem as coisas, mas não
importa, faça sua proposta a outra.

— Pense com carinho, depois continuamos.

Ela saiu e as meninas nem notaram minha demora, estavam conversando sobre Camila, pois quando me viram ficaram assustadas.



Camila Cabello  |  Point of View



Uma semana se passou, onde Mads corria como louca para cima e para baixo e não me dizia nada, Lauren e eu estávamos nos controlando o máximo para a história do término colar, era muito difícil.

— Camila… esses dias eu estava batalhando e finalmente consegui. Você está sobre minha guarda oficialmente, essas são as folhas que comprovam isso e aqui tem um termo escrito a mão, registrado em cartório que sua mãe fez para mim. Ela nos facilitou muito me tornando apta para isso.

— Minha mãe?

— Sim, eu conversei com ela, pedi para ela assinar um termos.

— Ela aceitou bem isso?

— Sim. – Poxa… ela não liga mesmo para mim. Eu devo ser muito lixo mesmo.

— Então… você é…

— Não. Eu não registrei você no meu nome, pois essa decisão tem que partir de você. Eu não iria te impor isso, mas quando você se sentir preparada, eu vou ser a mulher mais feliz deste mundo, mas por agora, isso resolve nossos problemas, perante a lei, eu respondo por você. Já deixei as cópias com Vanessa e está tudo certo. Agora pode voltar com Lauren e vamos deixar o Jauregui nos prender… e dar lindamente com os burros n'água.

Pulei nela enchendo ela de beijos, foda-se, eu amo essa mulher, espero um dia poder dizer isso alto e tudo mais. Ela gargalhava, tentou retribuir, mas eu era mais rápida. Mandei mensagem para Lauren e falei que estava tudo certo, mas que ela não falasse nada com o pai dela, pois estragaria o plano de Mads.

Lolo: Amanhã vou te encher de beijos na frente da escola toda!

Foi a resposta dela, que me fez rir como idiota para tela do celular.

NÃO ESQUEÇAM!

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