Capítulo 38 - Confusa

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Camila Cabello  |  Point of View





Após férias maravilhosas, a rotina das aulas voltou, mas minha vida está diferente agora.

Minhas mães estão oficialmente casadas e só estamos esperando a justiça liberar a adoção. São muitos processos e como eu sou mais velha, as coisas complicaram um pouco.

— Está no mundo da lua hoje, bebê? Arrumou outra? – Lauren me perguntou após sentar no meu colo.

— Desculpa, só estou pensando nas coisas.

— Algum problema?

— Estranhamente não.

— Vai arrumar algum problema?

— Sim, estou com saudade de socar alguém. – Ela sorriu e me abraçou.

— Duvido que fizesse isso por vontade.

— Todos os socos que dei foram merecidos.

— Eu sei, mas agora não vai mais precisar.

— Será? – Falei enquanto divagava sobre o que o futuro me reservava.

— Não sei. Eu soco por você se for preciso. – Sorri beijando a testa dela. — Vamos na cantina, estou com fome.

— Claro, amor.

Ela me disse o que queria e eu fui para a fila, Ally e Dinah estavam esperando e logo as outras se juntaram a nós. Elas começaram a falar sobre o intercâmbio.

— Vou até o banheiro. – Falei assim que o assunto começou, não demorou muito para Lauren estar lá atras de mim.

— Camz…

— Estou bem, Lo. Só não gosto de ficar escutando sobre isso.

— Eu posso ficar aqui se você quiser.

— Não! Eu nunca faria isso com você.

— Eu não quero que as coisas fiquem estranhas.

— Não vão ficar, só estou me acostumando com o fato.

— Sabe que eu nunca faria nada...

— Não é por desconfiar, eu só vou ficar com saudade. Passamos o tempo todo juntas e sinto, imagina seis meses... – Falei enquanto lavava o rosto.

— Eu também vou sentir saudade. – Ela me abraçou por trás.

— Não sinta, só aproveita lá. – Me virei para abraçá-la.

Ela me puxou para o reservado e trancou a porta, me beijando com voracidade. Ficamos nos encarando por um tempo, ela tocou meu rosto e eu sorri.

— Eu te amo tanto, Camz. – Puxei ela pra perto e dei um selinho demorado nela.

— Eu também te amo demais. – Ela me puxou pela nuca e desta vez o beijou foi mais quente.

Levei minha mão até sua bunda e a apertei, ela impulsionou seu corpo para cima. Ela circulou minha cintura com as pernas e comecei a beijar seu pescoço, apertava seus seios de leve. A mão dela procurou por meu membro e quando encontrou, ela o massageou.

— Oh… – Ela me repreendeu. Lauren desceu e tirou o short, abri minha calça e tirei meu membro para fora, pegando uma camisinha no bolso e a desenrolando no meu pau.

Voltamos a posição que estávamos e a penetrei devagar, ela cravou as unhas em meus ombros e apertou os olhos, enquanto gemia baixo. Fiquei um pouco parada, depois de entrar por completo dentro dela, só aproveitando a sensação maravilhosa.

Comecei a me movimentar e ela me acompanhou rebolando gostosamente. Um tempo aproveitando isso.

— Mais rápido… – Ela sussurrou e prontamente atendi. Nossos ofêgos e gemidos eram abafados com beijos e chupões. Estava perto do ápice e aumentei meus movimentos para ela chegar comigo. Ouvimos batidas na porta.

— Parem de se comer...

— Sai daqui, Keana. – Lauren gritou e eu sorri, mas não parei de me mexer.

Me movimentei muito rápido quando estava chegando lá, Lauren gozou e eu cheguei junto com ela. Ela me abraçou forte e mordeu meu ombro. Ficamos assim por um tempo.

Até todas as meninas chegarem e começarem a nos zoar, Lauren estava bem à vontade com isso e minha única preocupação era ficar longe dela por todo esse tempo.


×××


Na frente do meu psicólogo, minhas dúvidas eram absorvidas por ele.

— Está ansiosa por sua adoção?

— Sim, mas elas são minhas mães, com papel ou não.

— O clima da sua casa é bom?

— Maravilhoso. Agora Mads tem chamado mais os pais para ficar conosco, os pais da Van também nos visitam e sempre vira uma grande festa. Eu nunca tinha convivido com tantas pessoas legais, felizes…

— Você é feliz? Como você descreveria esse momento em sua vida? – Jacob perguntou e eu fiquei pensando.

— Feliz… me sinto muito sortuda, mas estou confusa.

— Com o que?

— Lauren…

— O intercâmbio?

— Sim. São seis meses, pode acontecer muita coisa.

— Está com medo dela te trair?

— Não sei se é disso, mas já pensou que ela ou vai para França ou para o Japão, quanta coisa legal e pessoas interessantes ela vai conhecer, não vai curtir direito porque eu estou aqui. Eu estava pensando em terminar e se ela me quiser ainda quando voltar...

— Não acho que essa decisão tenha que partir de você, na verdade, isso pode prejudicar ela. Talvez ela não vá para te  agradar, já que ela ama você. Sabe o que você deve fazer? – Neguei. — Chegar para ela e perguntar. Simples assim. Lauren, estou confusa, não quero atrapalhar você, mas seu intercâmbio pode te proporcionar várias coisas e eu não quero atrapalhar. Aposto que a resposta dela vai te confortar e não tem com o que se preocupar. Alguns meses separadas pode ser bom para as duas, focarem nos estudos e nenhuma relação é saudável com a dependência total. Claro que queremos ficar juntos, mas relacionamentos podem resistir a distância.

— Você está certo. Vou falar com ela e deixar as coisas rolarem, não podemos controlar tudo mesmo.

— Exatamente. – Ele fechou o bloco. — Nos vemos semana que vem?

— Claro.

Peguei meu casaco, após um high five, saí da sala. Peguei minha camionete e dirigi até minha casa.

Coloquei o pé dentro de casa e meu celular tocou, era Mads.

— Oi, Mama.

— Como foi no psicologo, filha? Tudo bem? Falou sobre o intercâmbio de novo com ele?

— Sim, Mama. Fica tranquila, tá tudo bem, ele pediu para conversar com Lauren e que a distância não é o fim do mundo.

— Que bom, concordo com ele. Sua mãe não vai chegar a tempo do jantar, está com muito trabalho hoje. Pode vir jantar aqui e depois levar algo para ela.

— Tudo bem, Mama.

— Te amo.

— Também te amo.

Encerrei a chamada e sentei no sofá, Ally me enviou dez mensagens, ela está me importunando para ser uma Matleta, mas eu não estou com muita cabeça para isso no momento.

NÃO ESQUEÇAM!

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Lonely GirlWhere stories live. Discover now