Capítulo 52 - Territorial

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Lauren Jauregui  |  Point of View




Eu apertava a mão de Camila fortemente enquanto andávamos pelos corredores da escola. Ela cumpriu a promessa, até banho juntas para evitar ficar longe. Ela é um doce.

— Lauren! – Keana me chamou para um grupinho e puxei Camila, mas ela não andou.

— Vou pegar meu livro e encontrar Taylor, preciso ver um trabalho com ela.

— Tudo bem. – Selamos nossos lábios e a deixei no armário dela. Não deu tempo de chegar a rodinha e me virei, tinha uma menina escorada no armário dela. Voltei, sobre os protestos de Keana.

— Camila, onde Taylor está? – Falei me colocando entre elas.

— Vou procurar ela.

— Vai logo!

— Não vou! – Ela falou e meu queixo caiu tamanha minha indignação. — Porque a senhorita está a vinte segundos perto e não me beijou ainda. Não vou sair daqui até você fazer isso. – Bati no braço dela.

— Idiota! – Levei minha mão até a nuca dela e nos beijamos, nem sei o tempo que perdemos ali, mas ela se assustou quando o sinal soou e ela não tinha procurado Tay ainda.

— A Tay vai me matar, Lauren. – Eu ergui minhas mãos em rendição. — Te amo. Nos vemos no intervalo. – Ela beijou minha testa antes de sair correndo dali.

Entrei na sala de aula e as meninas estavam amontoadas em um canto, me juntei a elas.

— Já marcou território? – Mani perguntou.

— Vai transar com ela no corredor na próxima? – Dinah continuou.

— Se for preciso...

— Eca. – Revirei meus olhos. – Estou brincando. Já me acostumei com vocês juntas, agora não pode mais terminar com ela. Demorou muito para me acostumar e não vou fazer isso de novo.

— Eu não vou terminar com ela nunca.

— Acho bom mesmo. – Dinah disse e sentou na cadeira ao lado da minha.

— Todos os alunos que estão retornando do intercâmbio passar na sala da diretora para conversar sobre as avaliações.

Ouvimos o autofalante da escola e pegamos nossas coisas e fomos para a sala de Vanessa, mas demorou, ela chamou um por um lá dentro.

Na minha vez, ela me analisou por um tempo, depois começou as perguntas sobre o intercâmbio e me elogiou por ter me saído bem.

— Lauren, agora que estamos resolvidas pelo seu intercâmbio. – Ela fez a volta na mesa e sentou sobre a mesma ao meu lado. — Quero abusar do meu poder para perguntar algo a você.

— Claro, Van.

— A Camila falou sobre termos mais um membro na família?

— Sim.

— Ela foi... negativa?

— Ela está confusa, acho que não está à vontade com a ideia, mas eu sei que aquele coração lá o que tem de ferido tem de bondoso. Isso é só agora, depois que ela ver uma bolinha enrolada em lençóis, vai ficar uma babona.

— Estamos com medo de afastar ela.

— Camila nunca nos deixaria, só não a excluam de nenhuma conversa sobre isso.

— Foi um erro não ter contado de primeira, mas estávamos só pensando sobre.

— Eu sei que estavam, mas ela já foi deixada de lado uma vez e depois disso... ela nunca tinha citado a irmã, só uma vez.

— Eu sou louca pela Camila, Lauren. E a Mads então, nossa... morreria por ela. É incondicional, sabe? Diferente de tudo que já senti por qualquer pessoa que passou na minha vida. E eu sempre senti isso, fui muito julgada pelos outros pais por deixar ela aqui, mas eu não podia ir contra isso.

— Isso o que?

— Instinto. Eu queria a proteger e isso é tudo que vou fazer até o fim dos meus dias, e sei que a amo em uma intensidade que não vai diminuir por conta de A ou B.

— Já disse isso a ela?

— Já, mas se eu falar novamente depois disso ela vai achar que é balela. Eu só não quero que ela pense que vamos deixa-la de lado.

— Eu sei que não vão. Só vão aumentar a família, Camila vai se adaptar, vou ajudar vocês.

— É só isso que eu peço. Ela está distante, faz dias que não dorme lá em casa.

— Bom... isso não é por causa do bebê, é sobre estarmos matando a saudade. – Falei sentindo minhas bochechas corarem. — Mas eu devolvo ela inteira.

— Explique isso para Mads, então. Ela está um caco. Ela é muito protetora com a Camila, não que eu não seja, mas ela se abate quando fica muito longe, se sente insuficiente.

— Eu não! Mads é muito ciumenta, vou começar o dormir lá, sem exageros. Prometo. E eu entendo, era só elas antes
de aparecermos, e elas estavam sozinhas. Eu nunca quero passar o que elas passaram, por isso ficam naquela bolha quando estão juntas e eu amo essa relação delas. Quero ter isso com meus filhos.

— Filhos daqui há uns dez anos, okay? Até eu vou ser enforcada caso ocorra antes.

— Fique tranquila.

— Tudo bem. – Ela disse sorrindo. — Chame sua mãe para um jantar, os avós de Camila vão ir e eles podem se conhecer.

— Chamo sim!

Ela me abraçou e depois saí dali, pensando no quanto essas duas são doidas por esse meu bebê, que está se mordendo de ciúmes delas. Confusão!

— Pensei que tinha fugido para Itália novamente. – Escutei aquela voz meio rouca perto da minha nuca me fazendo arrepiar inteira.

— Estava matando a saudade da minha sogrinha.

— Faz uns dias que não durmo em casa. Hoje tem um jantar com meus avós. Mads pediu para sua mama ir lá conhecer eles.

— Nós vamos. E vamos dormir nas nossas casas umas noites, ou nossas mães vão nos proibir de namorar sozinhas.

— Você disse que não íamos desgrudar.

— Eu passo essa noite na sua casa e depois vamos nos comportar.

— Mas nos comportamos sozinhas.

— Você me entendeu. – Abracei o pescoço dela, mas nem começamos o beijo e nossos amigos nos rodearam, nos perturbando e Camila acabou pagando o lanche das meninas, acho que ela está ficando mais maleável quando o assunto é minhas amigas.

NÃO ESQUEÇAM!

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