30. Não deveria estar aqui, parte 2

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Derick

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Derick

Estou sendo muito cara de pau de parar na frente do seu quarto depois do que aconteceu, certo? Ela provavelmente nem quer ver a minha cara, foi clara que a distância foi o que nos levou aquele ponto, e eu tenho certeza de que meus instintos foram aqueles a ferrar com tudo.

Se eu não fosse tão movido por eles poderia ter sido diferente, mas somente em lembrar de como estávamos, como nossos corpos conseguiam se colar um no outro, sei que deveria apenas agradecer por conseguir sentir isso por alguém.

Obviamente fique surpreso com o que disse sobre a mordida na nuca, também não pude deixar de pensar sobre como seria transar dessa forma com alguém, e não me senti assustado por um único segundo, apenas consegui me focar no que estava sentindo naquele momento sem termos ido aos finalmente.

Eu deveria ir de verdade, ficar aqui pode fazer com que se sinta mal, que pense que a culpa é realmente sua, quando não é de modo algum é uma coisa que ambos queremos e culpo meu corpo por ser tão desinibido hoje. A lua pode mesmo me fazer agir desse modo?

— Consigo ouvir seus pensamentos se estilhaçando de dentro do quarto — fala ao abrir a porta do cômodo vestindo nada além de uma camisa que não cobre nem mesmo seu umbigo direito. Veste uma calcinha diferente agora, em um verde oliva que se destaca sobre sua pele. — Está sentindo alguma coisa além da influência por sexo?

— Acho que não preciso que a lua me mande transar com você.

— Não é o que quis dizer, apenas que a lua cheia é um momento propicio para procriação, por isso tudo no seu corpo implora para que descarregue todos os seus desejos — conta e mordo a parte de dentro da boca pensando no que devo dizer a seguir, o que for falado pode mudar a situação aqui. — Está com batimentos acelerados? — questiona ao se aproximar colocando a mão sobre meu peito sem nem piscar, só o faz e se eu não tinha um coração batendo com força antes não consigo evitar que tome essa ação agora que está tão perto.

Percebe o que está acontecendo, posso ver como está escrito por todo o seu rosto, incluindo no riso pequeno que deixa escapar ao levar a mão a cintura enquanto encara a minha alma sedenta pela sua.

— Acho que está tudo bem desde que eu fique longe — diz, e eu deveria agradecer por isso? É o que tem que ser feito desse dia em diante em cada lua cheia? Por quê? Para que eu não enlouqueça? — Posso ver um letreiro lotado de perguntas em seus olhos.

— Isso é mesmo preciso? Posso ser um perigo para você?

— É mais como se eu pudesse comer você inteiro — afirma. — Está te incomodando tanto assim? Eu sei que é estranho, mas acha que um humano apenas vive confortavelmente ao lado de um monstro?

— Não sou completamente humano, não é?

— Não muda os perigos que pode ocorrer — esclarece. Suspira pesadamente ao segurar a porta, por um segundo posso vê-la vindo na minha direção para amassar a minha cara. — Quer dormir comigo?

Lua sangrenta - Série Lobos de Ayvalle | Livro 1Where stories live. Discover now