Luna
Não deveria provocar quando sei que não se sente à vontade na minha presença, mas ao olhar para o seu rosto é tudo que tenho vontade de fazer, pois é como se mostrasse partes adormecidas de si mesmo quando para de pensar tanto.
Seus olhos possuem um tom de verde claro como uma flor tocada pelo orvalho em um dia que acabou de amanhecer fazendo com que toda a vida ao seu redor desperte também. Tem pelo menos 1,85 de altura, e é um pouco mais magro do que pensava quando Bob me falava sobre ele.
Pois o mais velho só faltava dar o seu irmão de bandeja. Isso sempre foi diferente do que havia entre mim e Alec, no entanto, meu irmão não se importava quando seu namorado empurrava seu irmão na minha direção.
Nem tinha ideia de porque fazia tal coisa considerando o quanto sabia da minha personalidade, deveria desejar que ele nunca chegasse perto de mim, porém, era exatamente o contrário e Alec se divertia com a situação, acho que por isso nunca fiquei irritada com ele sendo um vendedor tão bom.
Derick tem traços em mais finos do que seu irmão, com o queixo angulado e um nariz muito perfeito para o seu rosto. Seu cabelo é um tom de castanho tão claro que parece meio loiro ao sol, e os outros pelos em seu corpo seguem isso à risca, tanto é que um charme atípico se agarra aos olhos ovalados. Os fios são tão lisos que não pegam nenhuma curva mesmo depois de acordar desengonçadamente.
Por ser alto não é estranho que tenha mãos avantajadas, e pela Lua, a minha tara por veias visíveis apenas piora quando as vejo nele, entretanto, tenho os meus limites e e por esse motivo que não deveria estar o provocando, nem me aproximar tanto.
— Olhou o bastante? — devia saber que é do tipo que devolve na mesma moeda, e não guardei muitas as minhas palavras com ele. Sei bem quando um homem me olha e não me incomodo desde que não ultrapasse os limites.
Poderia apenas dar uma resposta genérica enquanto evito olhar os seus lábios, impedir-me de pensar o quanto seria simples fazer com que se arrependesse de tentar ser aquele que controla, mas apenas sorrio e recuo.
Brincar com um filhote não vai acabar bem para mim.
— Não vai responder? — Penso em ignorá-lo quando sinto uma de suas mãos em minha orelha e automaticamente meu corpo reclina-se na direção contraria enquanto minha mão para a sua. — Gostei bastante da sua argola — Fala e deixo sua mão livre. — Posso ou vai arrancar a minha mão?
— Estou decidindo — Ri ao continuar o seu avanço retirando a argola em minha orelha e me surpreendo ainda mais quando a coloca em sua orelha, nem tinha reparado que tinha uma perfuração. — Um Ayphle não pode comprar seus próprios brincos?
— Nunca vi um como esse — diz ao sorrir e acredito que quer me provocar, que quer que eu tome ações mais estranhas depois do que fez.
— A maioria das minhas joias são exclusivas — conto e me olha estranho. — Não está sentindo nada de diferente? Uma coceira? Uma queimação?
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Lua sangrenta - Série Lobos de Ayvalle | Livro 1
WerewolfQuando a vi pela primeira vez achei que estava sonhando. Afinal, o que uma mulher como ela viria procurar ao falar comigo, entretanto, tudo rolou ladeira abaixo quando me disse sem rodeios que meu irmão morreu, que alguém o assassinou e que a úni...