08. Me desculpe

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Derick

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Derick

— Cai fora, Jeremy — ordena Luna ao olhar para o irmão como se fosse arrancar a pele dele pedaço por pedaço. — Te vejo em casa mais tarde.

— Nem queria estar aqui, então eu vou — diz, claramente irritado por a irmã estar o escorraçando sem lhe dar chance de se redimir.

— Não ligue para o que ele fala — pede e eu poderia dizer que não me incomoda que ela tenha uma relação estranha com seu irmão, mas envolveu a minha família de novo e pelo visto nossos parentes estão muito mais ligados do que só pelo relacionamento do meu irmão com o seu.

— Vai continuar escondendo coisas de mim como se eu não fosse capaz de entender o que podem me dizer? O que pode ser pior do que minha família ser uma alcateia de lobisomens?

— Quando meu pai morreu eu gritei aos quatro ventos que mataria a família de quem causou a sua morte, mesmo que tivesse que passar por cima de qualquer um — conta, posso ver como ironiza as palavras para tirar o fardo da morte de cima delas. — Meu pai morreu tentando tirar os seus daquele incêndio. Era responsabilidade dele manter sua família a salvo, e ele morreu tentando.

— Mesmo assim, matar o seu irmão, só para poder dar cabo do meu?

— Não sou uma pessoa boa Derick, pode não saber disso, mas meus familiares sabem e desconfiam que tenha perdido meu juízo quando descobri que meu luparck tinha achado seu Lumeny e que ele era o filho dos causadores da morte do meu pai.

— O jeito que você fala da situação não faz com que veja que sente raiva.

— Porque eu não sinto, disse isso de maneira impulsiva, tinha acabado de ver meu pai morto, em carne viva, com os ossos a mostra. Eu diria que mataria qualquer um naquele momento — discorre ligeiro. — E sobre Bob ser o lumeny do meu irmão eu já sabia há muito tempo, percebi antes do panaca lerdo.

— É possível?

— Como eu disse, luparcks são como yin e yang, uma forma de equilíbrio, um contrapeso para os instinto animais, e nada mais enjoativo que um lobo apaixonado — fala.

— Não te incomoda que a sua família continue achando que o matou?

— Enquanto eles perdem tempo com esse pensamento eu procuro o verdadeiro assassino — diz com segurança. — E você? Realmente não acha que possa ter matado o seu irmão?

— Se isto de luparck é tão impactante quanto acho que seja, duvido muito que tentaria, não quando sabia que machucaria seu irmão e se ele se machuca...

— Eu me machuco dez vezes mais — completa e de novo mostra um pouco dos seus sentimentos, a dor causada por não o ter com ela, e gostaria de que falasse disso, poderíamos nos entender, pelo menos na parte da dor, afinal, somos duas pessoas que perderam suas metades. — Está começando a entender Derick.

Lua sangrenta - Série Lobos de Ayvalle | Livro 1Where stories live. Discover now