29. Não deveria estar aqui, parte 1

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Derick

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Derick

— Você está bem? —— pergunta-me Jonas ao me estender a mão para me erguer de onde acabou de me colocar após me derrubar. — Parece que está mais distante hoje.

— Não sei, apenas não consigo manter minha cabeça focada — falo e ele me olha preocupado, talvez tentando entender o que possa estar acontecendo comigo, mas se nem eu posso dizer o que tenho o que faria? Somos ambos estudantes de medicina que não confiam no próprio taco.

— Comeu alguma coisa estragada? Eu fico péssimo quando meu estômago não acompanha o que quero fazer. — Rio, pois entendo o que quer dizer, mas duvido que seja algo relacionado ao meu estômago, é como se houvesse mais, muito mais.

— Sou eu mesmo que preparo a maioria das refeições, está me acusando? Além disso, comeu aqui ontem, tinha alguma coisa de errada com a comida? — Apenas ri, porque não pode dizer se tinha ou não.

— Espere, essa é a primeira lua cheia desde que começou a dar uns pegas na Luna, certo? — O que? O que quer dizer com isso? Acha que alguma coisa pode estar me afetando dessa forma? — Por que está me olhando desse jeito?

— Porque não estou entendendo metade do que quer dizer — aclaro, mas devia compreender que não tenho muito conhecimento sobre tudo que os envolve e que eu ainda sou um humano que não deveria ser influenciado pela lua.

— A proximidade faz com que suas células lupinas fiquem muito ouriçadas, sentem o poder emanando dela, se elas ficam mais ativas podem ser influenciadas — conta, e é como se discorresse sobre uma receita de bolo simples que não pode ser prejudicada nem por alguém que não consegue botar seus pensamentos nos trilhos. — Por que acha que a Luna sempre insiste na distância? Te disse que ela exerce uma influência como eu nunca vi, e já conheci três grandes alfas.

— Então essa é uma noite perigosa para mim?

— Eu diria para ficar longe da Luna por alguns dias, mas não vai me ouvir — Claramente está zombando de mim enquanto se diverte. — Sente suas células chacoalhando? Como se estivesse prestes a entrar em ebulição?

— Não, eu deveria? — pergunto, mas parece bem mais satisfeito com a minha negativa, assim concluo que se começar a sentir algo semelhante a isso devo me preocupar, não somente por mim, mas por toda longa bronca que Luna dirá em seguida.

— É comum quando o lobo quer tomar posse de cada um dos instintos que o pertencem — esclarece. — Mas também tem quem diga que se sente como um drogado, leve, incapaz de compreender o que está acontecendo ao redor. Outros dizem que as células gelam, esse é o menos comum.

— Então devo evitar olhar para lua? Ficar preso dentro de casa? Preciso de algumas correntes? — inquiro, mas começa a rir, muito, alto e escandalosamente. Estou me preocupando seriamente e meu amigo está rindo de mim? não posso acreditar nisso.

— Não é como se você fosse se transformar, Der, se acalme — pede, depois de me dar possibilidades infinitas para os próximos dias. — Apenas fique de olho em como age perto da Luna, e eu diria para ela trancar a porta.

Lua sangrenta - Série Lobos de Ayvalle | Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora