Cap. 58

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Sim, eram realmente gritos, estavam pedindo ajuda.

–Q-que tipo de pendências?

–Não se preocupa. Te comprei flores.

A voz... Era Sukuna.

–Yuuji!!!

–Admito que você foi uma boa menina dessa vez, percebeu que havia alguma coisa com que se preocupar mas não fez nada. Merece meus parabéns.

A ligação cai. Em questão de segundos minha mente trabalha e traz a pior das hipóteses possível.
Não, não pode ter sido.
É o que minha mente quer acreditar, meu sistema trabalha para eu me conformar que não possa ser verdade porque em questão de segundos posso surtar, se isso que eu realmente estou pensando for verdade.

Ele estava... Onde acontecem os rituais para me expulsar da maldição?

Não... Impossível, não pode ser. Ando de um lado para o outro dentro do quarto. Não percebo o tempo passar, tomada pela enxurrada de pensamentos. Ouço batidas na porta e como se por instinto, me grudo na porta e tranco.

Eu realmente estava com medo. Medo do que viria a seguir.
Ouço sua risada soberba abafada.

–Vamos lá, S/N, abra a porta.

Engulo seco, minhas pernas tremiam como se eu estivesse no Alasca. Minhas mãos estão suando e todo meu corpo está recebendo uma onda de calafrios que vai e vem.

–Eu te trouxe flores, se eu fosse você não recusava esse lindo gesto. Aprendi com os humanos.

Permaneço em silêncio, lágrimas insistem em sair mas aperto os olhos com força.
Sou surpreendida com um soco do outro lado, meu coração começa a acelerar.

–S/N, abre a porra da porta!

Ele esbraveja, diante disso perco completamente a força corporal, só percebo que estou no chão depois de alguns segundos.

–Some daqui!

Não sei de onde, não sei como tirei coragem para formular alguma frase.

–Eu não vou falar outra vez.

Meu rosto estava enterrado nas minhas mãos. O celular toca, era Gojo-sensei.
Atendo imediatamente.

–S/N, acabei de ser informado. Houve...–ele hesita–uma chacina. O xamã e todos seus subordinado estão mortos, Sukuna passou por lá. Eu não estou na escola mas já tomamos providências, precisamos afastar Yuuji da sociedade imediatamente. Isso está saindo fora dos trilhos em níveis alarmantes. Se ele estiver aí, se esconda, dê seu jeito, mas não se encontre com ele em hipótese alguma.

–S-sim...

Minha voz sai muito inaudível.
A chamada é encerrada e logo sou surpreendida por outro golpe na porta, posso ouvir a madeira sendo rachada.

–Eu poderia facilmente explodir essa porta. Mas estou sendo educado, estou me segurando. Então abre logo essa porra!

Por algum instinto, eu me levanto e mesmo hesitando, acabo abrindo a porta.

𝕷 𝖚 𝖝 𝖚 𝖗 𝖞 On viuen les histories. Descobreix ara