Cap. 12

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Respiro fundo, me levanto sentindo o suor descendo pelo meu corpo.
Amarro o cabelo num coque, sinto seu olhar me devorando de cima a baixo. Dou um sorriso imperceptível e entro no banheiro. 
Depois de pelo menos uns 10 minutos saio do banheiro após estar devidamente lavada.
Ele continua deitado, fitando o teto. Enquanto me visto continuo olhando para ele.

–Foi tão ruim assim que você não dá nem uma palavra?

–Só foi a melhor transa da minha vida, tô tentando processar, só isso.

Tento disfarçar o contentamento quando escuto aquelas palavras. Ele se senta e olha para mim.

–Então pelo visto você não fez isso muitas vezes, né?

–Pode-se dizer que sim.

–Então que bom que gostou, podemos repetir mais vezes se você quiser.

Ele dá um sorriso e se levanta, indo para o banheiro.
Abro a porta e saio. Espero transparecer o mais normal possível. Olho para o celular e vejo que são 16h, nenhum sinal do tal sensei.
Como eu poderia esperar mais, meus pertences estavam todos em casa.
Andando por todo o corredor noto que há um... Sim, isso mesmo, um panda. No meio do pátio, com duas garotas.
Como eu já tinha presenciado e ouvido de tudo, não fiquei tão surpresa. Mas ao me aproximar fico sem reação porque escuto o mesmo falando, dialogando com as duas, como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Quando eles percebem minha presença murmuram algo entre si e logo se viram em minha direção.

–Olha, então essa deve ser a tal S/N de quem o Yuuji não parava de falar.

A que tinha o cabelo curto e mais claro falou. A outra usava óculos, era idêntica à Mai, conclui que eram irmãs.

–Já vi que não preciso me apresentar.

–Ah é, ouvimos falar sobre você. Disseram que você estava se acabando na...

A de óculos dá um empurrão nela a impossibilitando de terminar a frase.

–Não liga pra ela S/N, o que ela quis dizer é que...

Ela fica sem jeito e segura a risada.

–Ouvimos tudo. Sinto muito, mas da próxima vez tomem mais cuidado.

O panda conclui, sinto imediatamente meu rosto queimar feito brasa. Não consigo olhar para nenhum dos três.

–Não precisa ficar assim, até por quê agora você é uma de nós então vamos fingir que isso não aconteceu. Falando nisso, nós não nos apresentamos. Eu sou Panda, essas são Maki e Kugisaki.

–Desculpa, S/N, é que a gente nunca imaginava que o Yuuji tinha alguém sabe.

–Não, eu entendo, você tem déficit de atenção.
—Ela me olha com um olhar mortal, sorrio de canto.–Brincadeira, pensei que você tinha senso de humor, afinal. Não se preocupa, da próxima vez vou me certificar de te convidar.

Maki e o panda desviam os olhares, ambos segurando a risada enquanto sinto que ela tem vontade de me estapear ali mesmo.
Quebro o gelo puxando assunto.
Continuamos tendo uma conversa cheia de vários assuntos, eles vão me explicando sobre como funcionam as coisas por aqui e mais sobre feitiçaria e coisas relacionadas.

–Então quer dizer que vou ter que morar aqui, praticamente?

–Praticamente, sim.

Vamos trocando informações sobre nós e logo eu soube que Mai e Maki são irmãs e Mai não estudava aqui. Não acho que ela seja uma má pessoa, de acordo com o que eles a descreveram. Só acho ela mal compreendida, talvez?

–Eu acho que devíamos dar uma festa de boas vindas, já que somos seus anfitriões e fora que você também parece muito tensa.

Kugisaki dispara, já acalmamos os sentidos e agora estávamos relativamente bem.

–Sim, com certeza.—Maki concorda.–Inclusive hoje é o dia perfeito porque estamos oficialmente sozinhos.

𝕷 𝖚 𝖝 𝖚 𝖗 𝖞 Där berättelser lever. Upptäck nu